12 de Maio de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO: A PUERICULTURA , DESAFIO DA ESTRATEGIA DE SAUDE DA FAMILIA.

ESPECIALIZANDO: LEYMIS RAMIREZ MONTANO.

ORIENTADOR: CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA.

     A taxa de mortalidade infantil tem reduzido nos últimos anos no Brasil, resultado de diversas políticas de saúde como a ampliação de cobertura da Estratégia da Saúde da Família que contribuiu para a melhora do aceso a saúde e outros programas com ações voltadas para a saúde das crianças. (VITÓRIA,2017).

       No contexto atual o Ministério da Saúde organizou uma grande estratégia, a fim de qualificar as Redes de Atenção Materno-Infantil em todo o pais com o objetivo de reduzir as taxas ainda elevadas de morbimortalidade materna e infantil no Brasil, trata-se da Rede Cegonha. A prioridade da atenção as crianças até dois anos prevista na Rede Cegonha veio se a somar ao lançamento feito pelo governo federal do “Brasil Carinhoso” que é um conjunto de ações interministeriais. A proposta é a proteção e o fomento ao desenvolvimento integral as crianças neste período crítico e sensível da primeira infância (BRASIL,2012).

      A puericultura consiste na realização de um conjunto de ações que visam garantir a criança um bom desenvolvimento mental, físico e moral dando ênfases por tanto, a sua integridade e exerce um papel primordial na promoção da saúde infantil. (SAVIER, 2003).

     O acompanhamento e desenvolvimento da criança é de fundamental importância porque conferem ao puericultor um parâmetro global acerca da situação da saúde, funcionando como eixo fundamentais para todas as atividades de atenção a crianças sob aos aspectos biológicos, afetivo, psíquico e social. (SOUZA FF, BRANDÃO ICA, MARCOLINO EC, LIMA AEF, BRENO L. P. de SOUZA DINIZ. BLPS, DIAZ FRGC, MEDEIROS AF, MARTIANO CS, 2013)

     Na Atenção Primária à Saúde continua uma forte preocupação com as primeiras semanas de vida das crianças donde a captação precoce é concebida como uma ação prioritária na Equipe de Saúde da Família já que a primeira consulta deve de ser feita nessa primeira semana de vida porque constitui o momento propicio para estimular e auxiliar a família nas dificuldades do aleitamento materno exclusivo, para verificar a realização de triagem neonatal (teste do pezinho), orientar e realizar imunizações, e importante a verificação da Caderneta de Saúde da Criança, a identificação de risco e vulnerabilidade ao nascer e da avaliação da saúde da puérpera.

      O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primer ano de vida (na primeira semana de vida, no 1º mês,2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês, 12º mês) além de duas consultas no segundo ano de vida (no 18º mês e no 24º mês) e a partir do segundo ano de vida as consultas são anuais perto do mês do aniversário. (BRASIL.2012).

      A captação de recém-nascido nas primeiras semanas de vida e o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento assim como o acompanhamento odontológico das crianças até dois anos de vida e um desafio para a Equipe de Saúde da Família 029 da Unidade Básica Saúde Antônio Sirieiro do Município Santana, Estado Amapá devido  que  não se consegue a captação dos recém nascido na primeira semana de vida, além disso não existe um bom acompanhamento e seguimento das crianças até dois anos de vida pela existências de crianças faltosas as consultas de puericultura e as consultas odontológicas, que as vezes ocorre pelo desconhecimento dos pais sobre a importância da odontologia nesta etapa da vida das crianças.

      O objetivo desta microintervenção é conseguir o acompanhamento integral do 100% das crianças até dois anos de vida do território de abrangência da Equipe de Saúde da Família 029. Como minha equipe e eu fizemos? Vamos lá!

      Primeiramente fizemos uma reunião com todo a equipe (Anexo1) utilizando o instrumento de Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) onde avaliamos um conjunto de patrões de qualidade dando uma pontuação a cada um deles em uma escala de 0 até 10 sendo (0-2 muito insatisfatório,3-5 insatifactorio,6 e 7 regular,8 e 9 satisfatório,10 muito satisfatório) (BRASIL,2016). Muitos foram os patrões que ficaram na escala 3-5 insatisfatórios, o patrão que equipe considero de maior importância foi: A equipe de atenção Básica acompanha o crescimento e desenvolvimento das crianças de dois anos da sua área de abrangência, neste padrão encontrasse ademais as captações de recém-nascido na primeira semana, o acompanhamento odontológico nesta primeira etapa da vida que foram os problemas prioritários que devem ser enfrentados com urgência pela equipe.

      Neste sentido realizou-se uma reflexão e discussão sobre o papel que desempenha cada um dos integrantes da equipe, e as ações que possam reverter essa situação e as possibilidades de mudanças na estratégia do trabalho. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) possuem um papel fundamental devido a que seu trabalho é a ponte entre a comunidade e a equipe de saúde.

      Na rotina diária os ACS têm uma ficha da criança onde fazem o cadastro das crianças, mas a equipe toda concordaram em fazer uma ficha anexa para ter um melhor controle do seguimento das crianças, em ela apareceram os seguintes dados: Nome e Sobrenome da criança, nome da mãe, endereço, data de nascimento, datas das consultas da captação, no 1º mês,2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês, 12º mês, no 18º mês e no 24º mês assim como as consultas de odontologia, esta ficha anexa permitirá medir o porcentual de recém-nascido atendido na primeira semana de vida, além do seguimento das crianças até dois anos de vida. Anexo (2). Desta forma surgiu a ideia de fazer uma matriz de intervenção donde se traçaram estratégias para alcançar os objetivos, responsáveis assim como a data de cumprimento. Anexo (3)

      Esta intervenção foi de muita importância para mim e para minha equipe porque adquirimos um maior conhecimento sobre a puericultura, que não é só a consulta medica o a visita do ACS, sino que é conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento físico e mental das crianças, ainda falta muito por melhorar em nosso trabalho diário pero com esta microintervenção estamos logrando um trabalho melhor e mais organizado em quanto a saúde das crianças.  

      Como potencialidade temos uma equipe mais preparada, conscientizada e com muitos desejos de conseguir um acompanhamento de qualidade que é muito importante nesta etapa da vida, mas temos uma grande debilidade, não contamos com a presencia do médico pediatra na equipe, que é muito importante para avaliar algumas situações de saúde das crianças e trocar experiências com o médico clinico geral, além disso temos uma área descoberta por ACS pelo que o trabalho desta área  será feita com ajuda dos outros ACS e será mais lento o processo de cadastramento das crianças.

      Com esta microintervenção nossa equipe há logrado aumentar o número de puericultura feita as crianças, se realizou o controle de crianças faltosas com mais de 30 dias, donde as mães foram acionadas pelo agente de saúde para o comparecimento na unidade e se isso não ocorre estas mães receberam a visita pela equipe toda para lograr um adequado acompanhamento das crianças. Com a continuidade desta microintervenção eu espero lograr: Ter o 100% das crianças cadastrada, realizar cada vez mais precoce a captação de recém-nascido, aumentar o índice de consultas de puericultura, lograr o 100% de acompanhamento odontológico nesta etapa da vida das crianças e lograr o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil de qualidade que é fundamental para a manutenção da saúde da criança dentro da Estratégia de Saúde da Família.

       REFERÊNCIAS  BIBLIOGRAFICAS

 -BRASIL. Caderno de atenção básica. Saúde da criança: Crescimento e desenvolvimento. Brasília. D-F 2012.

-Governo no estado do espirito santo. Secretaria da saúde. Atenção à saúde da criança. VITORORIA,2017.

-Marcondes E. Ser puericultor. In: Pediatria Básica 9aEd. São Paulo: SAVIER, 2003.

-BRASIL. Ministério de Saúde, Secretaria de Atenção Básica a Saúde, Departamento de Atenção Básica. Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade. AMAQ. Manual instrutivo. Brasília 2016.

-SOUZA FF, Brandão ICA, Marcolino EC, Lima AEF, Breno L. P. de Souza Diniz. BLPS, Dias FRGC, Medeiros AF, Martiano CS. Impasses da puericultura de enfermagem: uma revista de literatura. Em: XIV Encontro latino-americano de iniciação cientifica, 2013, Universidade Estadual da Paraíba. 

     ANEXOS

Anexo 1. Foto da reunião com a equipe

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