20 de Março de 2019 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Acolhimento na atenção básica

    Atenção Básica (AB), ou Atenção Primária em Saúde (APS), é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde, ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos casos mais simples aos mais complexos (MS-FIOCRUZ, 2017).

    Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde (BRASIL, 2011).

    O acolhimento à demanda espontânea e a demanda programada, se tornou um tema importante nas discussões e projetos desenvolvidos dentro das equipes, com a principal finalidade de melhoria nos atendimentos da UBS, pois é ela que define o fluxo diário dentro da atenção básica para cada profissional de saúde.

    Pensando nessa melhoria, a UBS tem um cronograma para atender toda a população de sua área, onde foram criadas as demandas espontâneas, que atende os casos rotineiros e as demandas programadas, para atender aqueles pacientes que fazem seu acompanhamento semanal ou mensal, tais como: diabéticos, hipertensos, controles pré-natais, puericultura, planejamento familiar e etc.

    Tipos de proposta de Intervenção:

1)    Aperfeiçoamento da equipe para implantar o acolhimento;

2)    Divulgação/empoderamento da população em relação as mudanças;

3)    Estudos do perfil da demanda espontânea e programada da sua área;

4)    Primeiros dias de implantação do acolhimento.

     A UBS implementou o sistema de Demanda Programada há poucos anos, então não foi necessário realizar uma microintervenção para aderir a esse plano de atendimento visando melhorar o serviço prestado e reorganizar os agendamentos dos pacientes. 

    O tema escolhido trata-se de uma proposta de ação para o aperfeiçoamento e melhoria de um problema observado  na organização do serviço prestado a população, com o título: Aperfeiçoamento da equipe para implantar o acolhimento, o qual foi realizado através de reuniões e conversas sobre o que estava ocorrendo de inapropriado.

Alguns ajustes foram realizados com médicos anteriores, como por exemplo: os médicos que realizavam apenas atendimentos de pré-natal e puericulturas em dois dias da semana iniciaram os atendimentos das demandas espontâneas juntamente com os atendimentos programados, vindo a ser redefinido  somente a quantidade de fichas distribuídas para cada equipe, tendo como finalidade a diminuição do fluxo de pacientes.

    Assim, vimos a necessidade de elaborar esse projeto e propor medidas de reorganização da assistência e do fluxo dos usuários, com o objetivo de acolher a comunidade de forma qualificada, organizar o processo de trabalho da equipe e facilitar o acesso dos usuários que procuram a unidade.

    Conversamos e entramos em acordo para diminuir o tempo de espera daqueles pacientes que necessitam de um cuidado maior e de uma consulta com rápido diagnostico para a resolução do caso, já para os pacientes com quadros agudos, ficarão para as consultas programadas. Como resultado, tivemos os seguintes pontos:

    Pontos positivos:

  • Controle nas demandas espontâneas e controle nas demandas programadas;
  • Melhoria no tempo de atendimento para cada paciente;
  • Organização nos agendamentos;

    Pontos negativos:

  • Pacientes oriundos das comunidades distantes da Unidade Básica de Saúde tiveram problemas nas marcações de consultas.

     Cada equipe da ESF ficará responsável pela continuidade na organização e melhoria do acolhimento a cada paciente. Os pacientes que residem nas áreas rurais com maior dificuldade ao acesso a UBS, no momento que procurarem esta, terão prioridades nos atendimentos, pois geralmente o transporte usado na locomoção é escolar ou até mesmo alugado, tendo assim preferência na consulta

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