AÇÕES DE MELHORIA NO CUIDADO AOS USUÁRIOS COM DOENÇAS CRÕNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
ESPECIALIZANDA: LILIANA PÉREZ PÉREZ
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) representam importantes números de casos no mundo todo, com custos para a sociedade e alto índice de complicações, com períodos de piora (episódios agudos) e de melhora, capaz de modificar o estilo de vida da pessoa e da família e levar a morte. Como exemplos dessas doenças tem-se Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), problemas cardiovasculares, câncer, Acidente Vascular Encefálico (AVE), artrite, depressão, doença respiratória e outras.
Por tanto é inegável a importância, para a sociedade e para o Sistema de Saúde, de conhecer os fatores de risco não modificáveis (idade, hereditariedade, sexo e raça) e modificáveis (ingestão de álcool em grandes quantidades, tabagismo, sedentarismo, estresse, inadequação alimentar e o colesterol elevado) para atuar na prevenção das DCNT e suas consequências.
A Unidade Básica de Saúde Manoel Vieira, conta com altos índices de doenças não transmissível, com maiores incidências de HAS, DM, transtornos depressivos e obesidades. Neste sentido, como objetivo desta microintervenção tem-se traçar estratégias simples e acessíveis que tragam benefícios para modificação do estilo de vidadas pessoas com DCNT.
Para tanto, realizou-se reunião com a equipe de saúde procurando novas estratégias de intervenção com objetivo de melhorar a atenção aos grupos de risco e pacientes com algum diagnóstico de DCNT. Os profissionais fizeram uma avaliação para intervir e identificar as principais situações que afetam a atenção à saúde da população, participando deste momento enfermeiro, técnicas em enfermagem, médica e Agentes Comunitários de Saúde. Além disso, realizou-se identificação das dificuldades da equipe no acompanhamento dos usuários com DCNT mediante um questionário, com finalidade de traçar ações que beneficie e facilite o atendimento e resultados satisfatórios na saúde da população.
Como maiores fatores de risco, identificou-se o hábito de fumar, ingestão de bebida alcoólica e de alimentos gordurosos, abandono da medicação e pratica exercícios físicos irregulares.
Depois de analisadas as principais dificuldades, traçou-se a estratégia de realizar grupos de usuários com estas doenças, a fim de promover palestras educativas para sensibilização sobre o envolvimento no tratamento pelo usuário enquanto sujeito ativo e o autocuidado que leve a estilo vida mais saudável, ambos apoiados pela equipe e família. Para aplicação dessa estratégia, foi preciso capacitar os profissionais de saúde para que colaborem com os usuários no estabelecimento de metas.
Realizaram-se palestras com educadores físicos e nutricionista para melhor orientação dos usuários sobre a importância dos exercícios físicos como caminhadas, de dieta saudável, reduzida em sal, ressaltando os principais alimentos a serem consumidos, de evitar estresse, álcool, cigarro e sedentarismo, da adesão ao tratamento.
Além disso, determinou-se uma mudança do modelo de atenção à saúde programando, passando a consulta médica ser a cada três meses para o usuário compensado, fortalecendo e garantindo o cuidado às pessoas; providenciou-se com o gestor e a secretaria da saúde o prontuário eletrônico, uma vez que fornece subsídios precisos para a estratificação de risco da população, planejamento e acompanhamento do cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS), favorecendo também a comunicação entre a atenção básica e os diferentes pontos de atenção; orientou-se, aos agentes comunitários da saúde, a busca ativa dos usuários com riscos de DCNT, para seres diagnosticados precocemente e evitar complicações no futuro.
É de responsabilidade de nossa equipe continuar trabalhando na realização de ações de promoção e de proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde para os usuários com Doenças Crônicas Não transmissíveis.
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