24 de Janeiro de 2019 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ENSINO DE TÉCNICA DE RESSUSCITAÇÃO CARDIO-PULMONAR PARA LEIGOS E USO DE REUNIÕES DE HIPERDIA PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE

ESPECIALIZANDO: ANDRÉ GEORGE FERREIRA E CÂNDIDO

ORIENTADORA: MARIA HELENA PIRES ARAUJO BARBOSA

            As doenças crônicas não transmissíveis, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes, principalmente a tipo II (DM), têm hoje papeis importantes no cenário das taxas de prevalência das doenças que mais acometem nossa sociedade. Por estarem relacionadas a várias doenças que impactam fortemente na mortalidade e morbidade, as consequências de sua falta de controle têm reflexos econômicos importantes. Exemplo disso são os riscos de evoluírem como doenças cardiovasculares como infartos, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e amputações de membros por causas não traumáticas. Estas consequências demandam maiores custos por parte do Estado, além de prejudicar a permanência destes usuários no grupo da população economicamente ativa. Mas não é somente questão econômica, e sim principalmente de qualidade de vida, pois gera limitações aos indivíduos.

            Com base neste cenário, existem políticas de saúde públicas voltadas para a o controle de tais doenças crônicas e incentivos às equipes básicas de saúde para que haja melhor atendimento destes usuários. Em nossa equipe realizamos reuniões mensais em grupo, com indivíduos com doenças crônicas não transmissíveis: HAS, DM e asma. Elas ocorrem na primeira quarta-feira de cada mês. Nelas abordamos várias atividades como medição e registro de pressão arterial, atividades educativas e de promoção de saúde, renovação de receitas e identificação de indivíduos que ainda não tiveram consulta médica recente.

            Para as escolhas dos temas das atividades educativas procurei observar quais as queixas mais comuns e orientações que sempre fazia durante as consultas aos usuários que tem o diagnóstico destas doenças. Dentre elas estão: dorsalgia, sintomas de insuficiência venosa crônica periférica em membros inferiores, maus hábitos alimentares, falta de exercícios físicos diários, dentre outros. Em cada reunião deste grupo procurei abordar um tema, instruindo medidas não farmacológicas para prevenção e melhoria, além de desenvolver ensino sobre identificação de sinais clínicos, para leigos, em indivíduos sofrendo infartos ou AVC.

Numa outra reunião, em parceria com alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), confeccionamos dois modelos com garrafas tipo PET, para ensino de práticas de Ressuscitação Cardio-pulmonar (RCP) e foi ensinada tal técnica para os usuários presentes.

            Temos conosco um registro de cada reunião, na qual estão anotadas as informações sobre os usuários que frequentam. Com isso temos um melhor controle de como está o estado atual de doença desses indivíduos. Em comparação aos que não costumam ir, os frequentadores apresentam melhor controle da HAS e DM, além de melhor aceitarem e introduzirem hábitos saudáveis e desenvolverem a relação médico-paciente comigo de modo mais forte.

            Com base no questionário desenvolvido para esta microintervenção, percebemos que é preciso desenvolver ferramentas para acompanhamento de indivíduos com diagnóstico de obesidade e realizar periodicamente avaliação do pé diabético. Pactuamos refletir sobre o tema e utilizar a última reunião de equipe do mês de setembro com o objetivo de criar tais ferramentas, para assim, aplicar na reunião dos usuários no próximo mês.

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