2 de dezembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO VOLTADAS PARA ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA

 

ESPECIALIZANDO: FRANCISCO NOLACIO DE AQUINO FILHO

ORIENTADOR: ISAC ALENCAR PINTO

 

Na Unidade de Saúde Básica (UBS) Cristalino Leite, localizada na zona rural, Sítio Merejo, do município de Doutor Severiano, foi a instituição efetivamos a maior parte da nossa experiência prática de trabalho diário e, portanto, a teremos como ambiente elegido para narrar o andamento das etapas efetivadas neste estudo.

A experiência que realizamos trata-se do acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) das crianças e adolescentes do nosso território de atuação, onde organizamos o agendamento mensal de consultas que contam com o envolvimento dos profissionais das mais diversas especificidades da grande área da saúde, conforme questionário abaixo:

 

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

X

 

Crescimento e desenvolvimento

X

 

Estado nutricional

X

 

Teste do pezinho

X

 

Violência familiar

 

X

Acidentes

 

X

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

X

 

A equipe realiza busca ativa das crianças:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

 

X

Com baixo peso

X

 

Com consulta de puericultura atrasada

X

 

Com calendário vacinal atrasado

X

 

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças de ate seis meses?

X

 

A equipe desenvolve ações de estimulo a introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuando a partir dos seis meses da criança?

X

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/ desenvolvimento)?

X

 

A equipe utiliza protocolos voltados para a atenção a crianças menores de dois anos?

X

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos no território?

X

 

A equipe utiliza caderneta de saúde da criança para o se acompanhamento?

X

 

Há espelho de cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes?

X

 

 

Dessa forma, cada profissional (médico, nutricionista, dentista e fonoaudiólogo) realizou acompanhamento de duas formas; primeiramente, explorando o coletivo através de sensibilizações, realizadas pelas agentes comunitárias de saúde nas visitas domiciliares, assim como também na própria (UBS) após cada consulta. Ademais, palestras descrevendo a importância de manter a caderneta de vacinação em dia; frequentar as consultas regularmente; a importância de manter o aleitamento materno até, no mínimo, dois (2) anos; a progressão alimentar conforme a faixa etária; orientações sobre cuidados gerais para evitar acidentes domésticos (não deixar fios a mostra nas partes acessíveis da casa, utilizar sempre as bocas da parte de trás do fogão para cozinhar na presença de crianças, etc.); incentivar brincadeiras que promovam a estimulação precoce desde a infância, possibilitando o aprimoramento de aquisição do controle motor, bem como a capacidade de esperar, de falar e de procurar soluções aos problemas (TREMBLAY, 2008).

Por outro lado, surge a ação individual, onde cada profissional (médico e enfermeiro) atende o paciente nas consultas de CD, as quais realizamos: anamnese e exame físico–peso, comprimento e/ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos); informações sobre hábitos alimentares; informações sobre vacinas (se está em dia e quando será a próxima); prevenção de acidentes; identificação de problemas ou sinais de perigo segundo idade, vulnerabilidade familiar e de políticas de atenção; outros cuidados para uma boa saúde, marcando retorno de forma imediata ou agendada.

Obtivemos um grande aliado em nossas ações, a implantação do prontuário eletrônico, facilitando a inclusão de dados e evitando a perca deles, tendo em vista serem fundamentais no seguimento do processo de avaliação. Com isso, objetivamos manter a saúde das crianças e adolescentes através de ações preventivas, controle de danos, como também nos agravos já instalados mediante ações individuais e coletivas.

Apesar dos avanços constatados a cada etapa realizada, sem tirar o mérito das experiências exitosas que aqui descrevemos, destacamos algumas dificuldades na execução do (CD) na prática médica, por exemplo: a enfermeira responsável pela criação da agenda, que deveria ser mediante à avaliação do médico, tem retardado essa transferência das consultas médicas, pré-natal e CD, por falta de determinação e organização na definição do agendamento. Além disso, existe uma falha que tem se repetido na aferição das medidas antropométricas, que comprometem o diagnóstico médico e, consequentemente, seu acompanhamento.

Dessa forma, mediante as experiências narradas e as parcerias estabelecidas, notamos o quão se torna importante a realização de mais atividades que obedeçam a uma sequência cronológica e a rotinas organizadas por meio do agendamento, as quais se mostraram muito mais eficaz, pois resultou na satisfação profissional e também dos pacientes que sentem os benefícios alcançados com mais praticidade e rapidez, o que é essencial para quem está à espera de atendimento. Desse modo, com a continuidade dessa microintervenção, esperamos uma afinidade maior entre pais e filhos, prevenção de violência contra menores, e futuras gerações mais saudáveis e atentas aos cuidados básicos com a saúde. Como proposta de melhoramento, sugerimos a redução do número de pacientes por consulta, o que possibilitaria a realização de um trabalho realizado com maior atenção, assim como, a disponibilização de cursos de formação continuada, pensando em evitar erros básicos e essenciais na definição da prática médica e do sistema de atendimento à saúde pública, no geral.

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