20 de junho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO:  AÇÕES PROMOTORAS DE QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

ESPECIALIZAÇAOKENIA DEL CARMEN CESPEDES SANCHEZ

ORIENTADOR: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA

COLABORADORENFERMEIRA: ANTONIA ROMILLA FILGUEIRA

               As Doenças crônicas não transmissíveis representam a maior carga de morbimortalidade no Brasil. Em 2011, o Ministério da Saúde lançou seu Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis, enfatizando ações populacionais para controlar as doenças Cardiovasculares, Diabetes, Câncer e Doenças respiratórias crônicas, predominantemente pelo controle do fumo, inatividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool. A pesar da produção cientifica significativa sobre essas doenças e seus fatores de risco no Brasil, pouco são os estudos de corte nessa temática. Nesse contexto, o estudo longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA- Brasil) acompanha 15.105 servidores públicos do País. Seus dados espelham a realidade brasileira de altas prevalências de Diabetes e Hipertensão e dos fatores de risco (DUNCAN et al, 2012).

            A Unidade de Saúde Dr. Pedro Diógenes Junior se encontra situada no município Pau Dos Ferros, do Estado Rio Grande do Norte, tem uma população muito extensa com mais de 3000 habitantes. Entre os problemas de saúde que mais prevalecem na área de abrangência estão as Doenças Crônicas não Transmissíveis, delas as mais frequentes são: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Doenças Cardiovasculares, Doenças Respiratórias Crônicas e as Doenças Hiperlipidêmicas.

           Dessa forma, a micro intervenção é uma atividade importante, com ela alcançamos um maior conhecimento e desenvolvimento na abordagem dessas doenças, além de chamar atenção da população acerca dos fatores de risco, fornecendo informações necessárias que os ajudem a modificar seu estilo de vida.

         Portanto a primeira reunião aconteceu numa quarta -feira, às 04 horas da tarde com toda a equipe de saúde, para fazer a autoavaliação das ações, para isso utilizamos a Autoavaliação de Melhoria do Acesso e Qualidade (AMAQ), é um instrumento de autoavaliação que auxilia no planejamento de ações da equipe, mediante um conjunto de padrões de qualidade a partir dos quais são  revelados os padrões com maiores problemas que devem ser enfrentados pela equipe. O grupo fez uma análise real de cada um dos problemas avaliados com o objetivo de identificar as potencialidades e as fragilidades. Cada problema avaliado teve uma pontuação com o máximo 10 pontos, foram escolhidos os problemas com nota igual o menor a 5 pontos. Entre eles está, a deficiência no apoio e autocuidado de portadores de doenças crônicas, a insuficiência de materiais e equipamento necessários ao primeiro atendimento de urgência, inexistência de materiais e insumos necessários para o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde entre outros. Considerando que a população da UBS tem uma alta prevalência de pacientes portadores de Doenças crônicas, este tema foi o escolhido pelos membros da equipe para aplicar a matriz de intervenção, onde se fez a descrição do  padrão L – Atenção Integral à Saúde, para isso foi delineado  como objetivo e meta melhorar  o atendimento e autocuidado dos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e nessa perspectiva foram traçadas estratégias e ações de enfrentamento.

Descrição do padrão: L- ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE
Descrição da situação – problema para o alcance do padrão: 4.31 – DEFICIÊNCIA NO APOIO E AUTOCUIDADO DE PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS
Objetivos \Metas:  MELHORAR O ATENDIMENTO E AUTOCUIDADO DOS PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
 

Estratégias para alcançar os objetivos \ metas

 

Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução) 

 

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades

 

 

Resultados esperados

 

 

Responsáveis

 

 

 

 

Prazos

 

Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados

CRIAÇÃO DE GRUPOS DE HIPERDIA REALIZAR RODAS DE CONVERSAS, PALESTRAS, EXERCÍCIOS FÍSICOS, DINÂMICA DE GRUPOS, ATIVIDADES DE LAZER E QUALIDADE DE VIDA. MATERIAIS EXPLICATIVOS, DATA SHOW. MAIOR PARTICIPAÇÃO DE PACIENTES COM HAS E DM NO GRUPO, PROMOVER UM MELHOR CONHECIMENTO DOS PACIENTES ACERCA DOS FATORES DE RISCO E COMPLICAÇÕES DAS DOENÇAS SUPRAMENCIONADAS, ASSIM COMO A MODIFICAÇÃO DOS ESTILOS DE VIDA. EQUIPE DE SAÚDE E NASF. 1 ANO FREQUÊNCIA DOS PARTICIPANTES E REUNIÕES MENSAIS.

 

 MUDANÇA DE HÁBITOS DE VIDA REALIZAR ATIVIDADES EDUCATIVAS DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO ATRAVÉS DE PALESTRAS, DINÂMICAS DE GRUPOS. MURAIS, DATA SHOW, MATERIAIS EXPLICATIVOS. DESPERTAR NA POPULAÇÃO UMA MAIOR CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE VIDA. EQUIPE DE SAÚDE, NASF 1 ANO FREQUÊNCIA DOS PARTICIPANTES E RELATOS SOBRE AS MUDANÇA NOS HÁBITOS VIDA
PROMOÇÃO DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PALESTRAS E RODAS DE CONVERSAS COM A NUTRICIONISTA ACERCA DO CUIDADO DOS HÁBITOS ALIMENTARES E COMIDAS SAUDÁVEIS MATERIAL EXPLICATIVO, DATA SHOW, MURAIS DE PROMOÇÃO. PROMOVER A MUDANÇA DOS MAUS HÁBITOS ALIMENTARES E CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SOBRE ALIMENTOS SAUDÁVEIS. EQUIPE DE SAÚDE, NUTRICIONISTA E NASF. 1 ANO FREQUÊNCIA DOS PARTICIPANTES, MUDANÇA DOS HÁBITOS DE VIDA.

Com a micro intervenção planejada a equipe de saúde e a comunidade em geral ganhará em conhecimento. Nessa direção se realizará uma reunião mensal com toda a equipe, ao mesmo tempo, que serão planejadas as ações do próximo mês, se realizarão palestras uma vez ao mês para todos os usuários que chegarão na UBS. O acolhimento está sendo feito pelos Agentes Comunitários de Saúde, técnicos de enfermagem e odontólogo.

         Aspectos positivos que repercutem em melhores qualidades no atendimento já foram percebidos, como por exemplo, a adesão da comunidade que vem demonstrando parceria e colaboração. No entanto, para alcançar os objetivos com excelência é preciso contar com mobilização de todos os setores possíveis na perspectiva da intersetorialidade, rompendo as fronteiras das instituições em benefício da população.

         Existem algumas dificuldades, entre as quais destacam-se a necessidade de capacitar os membros da equipe para conseguir um grau maior de conhecimento no enfrentamento dessas doenças, trabalhar com as lideranças das comunidades para que assim tenha-se um engajamento maior.

         Vale destacar, que as atividades educativas são de extrema importância nesse processo, e são realizadas por todos os membros da equipe que participam diretamente no acompanhamento dos usuários, como médico, enfermeira, técnica de enfermagem, odontólogo, técnico da saúde bucal e nutricionista.

         Com relação as formas de monitoramento dos indicadores do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção (PMAQ), são ilustradas no instrumento utilizado. Nesse instrumento são avaliados o índice de atendimento por condição de saúde avaliada, que seria o número médio de atendimento de médicos e de enfermeiros na Atenção Básica por condição de saúde avaliada, multiplicado pela prevalência da condição no território, no período de janeiro à março. As condições de saúde avaliada consideradas são: (1) Hipertensão Arterial Sistêmica; (2) Diabetes Mellitus; (3) Obesidade.

       O prontuário eletrônico já é uma realidade no posto de saúde, assim como as fichas de CDS para a elaboração dos dados, desse modo, foi construída uma tabela com as doenças, as quais foram expostas no mural. O acompanhamento se faz mensalmente.

       De forma geral toda a equipe compreendeu e incorporou novas atitudes rumo a organização do processo de trabalho. A confiança e o carinho da comunidade com certeza irão corroborar para promover saúde e prevenir doenças e agravos prevalentes no território, fomentando e cultivando hábitos e estilos de vida mais saudáveis.

REFERÊNCIAS

DUNCAN, Bruce Bartholow et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Revista de saúde pública, v. 46, p. 126-134, 2012.

 ___ Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ)- Manual instrutivo terceiro ciclo (2015-2016). Brasília, 2015.

 ____Ministério da Saúde. Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica – AMAQ. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: Acesso em: 20 nov. 2016.

_____Ministério da Saúde. Tutorial para preenchimento da autoavaliação. Disponível em: Acesso em: 12 jan. 2017. ______. Ministério da Saúde. Manual Instrutivo: Sistema de Ampliação. Disponível em: Acesso em: 20 jan. 2017.

_____Presidência da República. Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Acessibilidade em Unidades Básicas de Saúde. Disponível em: Acesso em: 20 dez. 2016.

_____ Programa de Educação permanente em Saúde da Família

_____ Prontuario Electrónico

_____ Fichas de CDS

 

 

 

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