CAPÍTULO I: DESAFIO DE ESTRATÉGIAS AOS PACIENTES PORTADORES DE DIABETES E/OU HIPERTENSÃO
ESPECIALIZANDO: KARLLA KARYNA TEOTONIO FOLLI
ORIENTADORA: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES: ACS ANTONIO EVANDRO
ACS ANTONIO JOSÉ
ACS ANTONIA MADALENA
ACS ANTONIA VIANA
ENFERMEIRA ISADORA
Diabetes Mellitus é um transtorno metabólico a qual o paciente tem uma elevação dos níveis de açúcares e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, ocorrendo uma alteração na secreção e/ou ação da insulina no corpo. (BRASIL, 2013). O DM vem tomando importância em nosso meio por estar associado a dislipidemias, à hipertensão arterial, à disfunção endotelial. (BRASIL, 2013). Um problema de saúde sensível para os Profissionais do SUS, por isso é importância o manejo nas UBS, evitando hospitalizações e até mesmo a morte.
A hipertensão arterial (HA) é um grave problema de saúde no Brasil, tem-se que HA é uma condição que leva a sustentação dos níveis pressóricos, associada diretamente a disfunção de órgãos alvos (coração, encéfalo, rins, vasos sanguíneos), podendo agravar-se com a dislipidemia, obesidade abdominal, e a intolerância à glicose. (BRASIL, 2013)
No Brasil, hipertensão arterial (HA) atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). Junto com DM, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar, estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015. (MALACHIAS et al, 2016).
De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica, instituída pela Portaria MS/GM nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, a atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assumem a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e nas necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, toda necessidade de saúde ou todo sofrimento devem ser acolhidos. (BRASIL, 2017).
Médicos que atuam em unidade básica de saúde tende a lidar com diferentes quadros, diferentes doenças/patologias, então, foi realizada uma primeira reunião com a equipe, para destrinchar com mais propriedade esta avaliação. Após identificarmos as falhas de estratégia, foram instituídas reuniões (quinzenais e mensais) com a equipe. Como tinha alguns meses, a equipe estava, sem a presença de um médico na estratégia, levando assim, uma má organização. Na reunião, na qual fez-se presente (médica, enfermeira, 3 dos quatro ACS), foram realizados cronogramas de Atendimento a Zona Rural e de visitas domiciliares de cuidado continuado, uma tabela para ser preenchida (Figura 1), atualizando os números da tabela antiga aonde consta todas as estratégias. (Figura 2).
Visando então a abordagem de pacientes portadores de Diabetes Mellitus(DM) e/ou Hipertensão Arterial (HA), o cuidado continuado e de qualidade pela equipe de saúde; foi realizado um estudo das Unidades de Análise, das dimensões do Autoavaliação para Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (AMAQ-AB), tomamos por base, a Subdimensão: B– Organização e integração da rede de Atenção à Saúde; F- Educação permanente; – Parte I: Equipe de Atenção Básica. (BRASIL, 2017), para dar início a micro intervenção.
B – SUBDIMENSÃO: ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE. (A organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) é uma estratégia que visa ao cuidado integral direcionado às necessidades de saúde da população. A RAS constitui-se por ações e serviços de saúde articulados de forma complementar e com base territorial, seguindo alguns atributos: a AB estruturada como porta de entrada “preferencial” do sistema, constituída de equipes multiprofissionais que atuam próximo aos territórios de vida das pessoas, coordenando o cuidado e articulando-se com outros pontos de atenção). (BRASIL, 2017);
F – SUB-DIMENSÃO: EDUCAÇÃO PERMANENTE. (Para o redirecionamento do modelo de atenção, há a necessidade de transformação permanente do funcionamento dos serviços e do processo de trabalho das equipes, exigindo de seus atores (trabalhadores, gestores e usuários) maior capacidade de análise, intervenção e autonomia para o estabelecimento de práticas transformadoras, bem como a gestão das mudanças e o estreitamento dos elos entre concepão e execução do trabalho. A educação permanente entra nesse contexto com a finalidade de colocar em análise tanto as práticas dos profissionais quanto a organização do trabalho com o intuito de promover transformação). (BRASIL, 2017);
Nesta matriz de intervenção (Figura 3), consta de estratégias para alcançar o objetivo como:
1- Implementação do “meu caderno de atividades continuada”
2- Rodas de conversa
3- Consultas individuais médico/enfermagem
As atividades a serem desenvolvidas, como:
1- Meu caderno de cuidado continuada e prontuário.
2- Campanhas áudio visuais
3- Atividades em conjunto com NASF.
Detalhamos também em nossa matriz de intervenção, “recursos necessário”, “resultado esperado”, “os prazos”, “os responsáveis pela intervenção” e alguns dos indicadores, que são:
1- Consultas com a equipe
2- Exames laboratoriais
3- Visita domiciliar
A unidade básica de saúde apresenta indicadores de monitoramento via folha impressa, o qual após o preenchimento é lançado na ficha de atendimento individual, e no sistema por um digitador, assim dando o percentual mensal de atendimento médico e enfermagem. Porém tem-se objetivo de realizar um indicador estratégico, uma ficha específica de forma virtual, para que todos da equipe tenham acesso, e para o melhor desfecho nas reuniões realizadas.
A realização da matriz de intervenção teve como eixo principal para o despertar da equipe; mediante isso a equipe está empenhada a se profissionalizar mais na área da saúde da família e comunidade. Ao realizar a primeira reunião (primeiro com os hipertensos, segundo com os Diabéticos); tivemos grande perspectiva, em um olhar geral dos pacientes. O primeiro passo já foi implantado por nossa equipe, o que importa agora, é como agirão os pacientes.
Referência
Ponto(s)