Micro intervenção:
Nome: Yamisel González Zamora
Orientador: Tulio Felipe Vieira de Melo
Título: Intervenção educativa para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com hipertensão arterial na UBS Radir Pereira.
O controle das doenças crônicas não transmissíveis na atenção primaria de saúde é de muita importância para todos os profissionais de saúde pelo fato de ser muito frequentes na prática de atenção básica, sendo que as doenças crônicas passaram a ocupar progressivamente posição de maior destaque nas estatísticas de morbimortalidade. Na prevalência das doenças crônicas podemos dizer que os determinantes sociais tem um impacto muito forte como por exemplo as desigualdades sociais, baixa escolaridade, diferenças no acesso aos bens e os serviços (SCHMIDT et al., 2011) .
Durante a microintervenção a equipe identificou a hipertensão arterial como uma das doenças crônicas de maior incidência na nossa unidade, sendo os pacientes idosos o grupo mais afetado, apresentando-se também alguns pacientes assintomáticos com a pressão arterial elevada.
A hipertensão arterial é uma das doenças crônicas que mais afeta a população, considerasse uma condição clínica e multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial superiores a 140 com 90 mg pelo menos em três ocasiões separadas (WHO, 1999).
Na minha unidade básica de saúde, conjuntamente com todos os integrantes da equipe, fizemos uma reunião com o objetivo de responder o questionário (Anexo 1) e identificar as principais dificuldades na equipe, para isto foi utilizado o programa de melhoria de acesso e qualidade (PMAQ).
Temos uma linha de cuidado referente aos pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, na UBS, nas terças ferias pela manhã, há um espaço para atendimento a demanda programada com agenda para 12 pacientes, permitindo o seguimento desses usuários, determinando a frequência de consultas, grupo de exames indicados baseados nas necessidades individuais, assim como orientar os intervalos recomendados de seguimento.
Foi identificado como principal dificuldade a alta prevalência de pessoas com HAS, as quais referindo que não cumprem com o tratamento regularmente e a questão da alimentação, já que referem que não fazem uma dieta adequada o qual interfere no controle da doença. Foi realizado um trabalho de intervenção a través de palestras e rodas de conversas com o objetivo de modificar os fatores de riscos que influenciam negativamente.
As principais dificuldades na realização do questionário foram que a equipe não possui registro de usuários com maior risco de gravidade nem para hipertensão nem para diabetes mellitus. A equipe não realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários, pelo fato que foi preciso levar esses registros para ter um melhor controle destes pacientes. A equipe acordou fazer o exame de avaliação de pé diabético de seis em seis meses e identificar aqueles pacientes com maior risco e gravidade para serem encaminhados para outras especialidades diminuindo o risco de complicações.
Como potencialidades na realização do questionário a equipe conseguiu que os pacientes com doenças crônicas não transmissíveis conheçam a importância de modificar seu estilo de vida e cumprir com o tratamento das doenças, o qual muito referirem que não faziam corretamente, tendo um impacto muito positivo na incidência de pacientes com hipertensão arterial os quais compreenderam a importância que tem um modo e estilo de vida saudável para o controle. Consideramos que foi de muita importância a realização da microintervenção para melhorar a qualidade da atenção das DCNT na unidade.
Anexo 1. Questionário para micro intervenção
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Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus? |
X |
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X |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde? |
7 DIAS |
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7 DIAS |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão? |
X |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos? |
X |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?
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X |
Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?
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X |
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X |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial? |
X |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
X |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade? |
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X |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção? |
X |
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X |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?
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X |
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X |
Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
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X |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários? |
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X |
A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus? |
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X |
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EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
X |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
X |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
X |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
X |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Encaminha para serviço especializado |
X |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
X |
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SCHMIDT, M. I. et al. The Lancet, London, v. 377, n. 11, Issue 9781, p. 1.949- 1.961, 4 June 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Report of a Joint WHO/FAO Expert Consultation. Geneva, 2003. (WHO Technical Report Series, 916).
Ponto(s)