TÍTULO: COMPORTAMENTO E AVALIAÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UNIDADE BASICA SANTA LUZIA, NOVA CRUZ/RN.
ESPECIALIZANDO: YAMILET FERNANDEZ FERNANDEZ
ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIERA DE MELO.
Nas últimas décadas,as doenças e os agravos crônicos não transmissíveis passaram a ocupar progressivamente posição de maior destaque nas estatísticas de morbimortalidade. Dados do Ministério da Saúdeapontam que 52% dos homens e 44,7% das mulheres com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. A Organização Mundial da Saúde estima que o excesso de peso é responsável por 58% da Diabetes Mellitus tipo II, 39% da doença hipertensiva, 21% do infarto do miocárdio, 125 do câncer de cólon e reto e 8% do câncer de mama e responde diretamente por uma parcela significativa do custo do sistema de saúde nos países(1; 2).
Frente a essa problemática, nossa equipe realiza ações de prevenção e promoção para os usuários com sobre peso, a fim de evitar que esses usuários adquiram alguma DCNT no futuro. Além disso, realizamos orientações e consultas para os usuários que já tenham algum patologia instalada como hipertensão e/ou diabetes mellitus. Nosso objetivo é focar em um melhor estilo de vida e prevenindo complicações destas doenças.
Normalmente o tempo de espera para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde é de uma semana,temos um dia da semana destinado a essas consultas de forma planejada. Nossa equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão e avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos, para poder trabalhar com esse paciente como um todo. No começo a equipe não possuía o registro de usuários diabéticos com maior risco/gravidade, mas com a reunião identificamos a necessidade de criá-lo, como um importante instrumento.
Nós utilizamos a ficha de cadastro e acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e ou diabetes mellitus. Realizamos acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca e para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, temos registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade.
Nossa equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção, nos casos da marcação dos exames laboratoriais e exames de raios x se coordenam pela equipe e nos casos das consultas especializadas e ultrassonografia ou exames de alta complexidade, são encaminhados para a Secretaria de Saúde que tem um pessoal dedicado a esse trabalho com um cadastro municipal. Neste caso o documento comprobatório é um caderno que a enfermeira do posto de saúde faz.
A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários. Não realizamos exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus, pois não existe suporte para essa atividade e no município não têm oftalmologista pela gestão.
A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos. Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe encaminha o paciente para o nutricionista que contamos no município e dependendo de cada paciente se realizam as ações de promoção de realização de atividades físicas na unidade por grupos de risco. Além disso também promovemos ações encaminhadas a melhorar a alimentação e estilos de vida da população. A equipe de Apoio Matricial (NASF) atua para apoiar o acompanhamento dos pacientes com obesidade.
Com a microintervenção a equipe aprendeu mais sobre o manejo dos pacientes com Doenças Crônicas da nossa área, foi o momento de trocar conhecimentos e experiências de cada profissional e membro da equipe, fortalecendo os dados e protocolos estabelecidos e adaptando novas estratégias. Por exemplo, com a ficha de cadastro conseguimos obter um guia para melhor acompanhamento de nossos pacientes. Dentro das potencialidades podemos dizer que nossa equipe se esforça para incrementar a preparação de cada um, contamos com um NASF, que não cobre todas as necessidades do município mas programa atividades e apoia com estratégias de sua competência. E que desde o inicio, conseguimos estabelecer um dia da semana para os atendimentos programados para os pacientes com DCNT.
Como fragilidades identificamos uma cobertura de população muito grande da UBS,onde existem outras doenças com manifestações agudas que são motivo de atendimentos de urgência na unidade e limitam muitas vezes o maior tempo para aumentar as atividades dedicadas a prevenção e promoção. Outra situação que dificulta um melhor cadastro destas doenças é que temos áreas descobertas sem agentes de saúde,situação que sempre menciono e ainda é difícil uma solução.
BIBLIOGRAFÍA:
Ponto(s)