RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: AÇÕES DE SAÚDE PARA MELHORAR A ATENÇÃO MEDICA DOS PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UBS MAE ALMERINDA, INDIAROBA, SERGIPE.
ESPECIALIZANDO: SUSLEY TRIGUERO OSORIO
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
A situação de saúde no Brasil se caracteriza por uma transição demográfica acelerada e por um perfil epidemiológico que inclui doenças infecciosas e carenciais, causas externas e presença das condições crônicas. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são representadas pelas doenças cerebrovasculares, cardiovasculares, dislipidemias, diabetes mellitus, doenças respiratórias obstrutivas e neoplasias, responsáveis pelas maiores taxas de mortalidade no mundo. As DCNT atingem pessoas de todas as classes sociais, principalmente os grupos vulneráveis, de baixa escolaridade e renda (CARVALHO et al., 2018).
Essas doenças possuem diversos fatores de risco, como hereditariedade, raça, sexo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, dislipidemias, consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras e sedentarismo. A vigilância epidemiológica dessas doenças é um grande desafio para as equipes de atenção básica, pois são doenças muito prevalentes, multifatoriais e influenciadas por determinantes biológicos e socioculturais, exigindo o protagonismo dos usuários, de suas famílias e da comunidade. (BRASIL, 2014).
Na minha área de saúde há uma prevalência muito alta de doenças crônicas nao transmissiveis , principalmente Hipertensão arterial e Diabetes mellitus, com 200 e 88 casos, respectivamente, por isso foi necessário realizar uma ação de promoção da saúde para tentar diminuir a incidência dessas doenças, aumentar a percepção de risco, modificar fatores de risco, aumentar o nível de conhecimento sobre essas doenças e buscar estratégias de trabalho para melhorar e aumentar o atendimento médico desse grupo populacional. Para realizar essa microintervenção, foi feita uma reunião de equipe com a participação de todos os seus membros para discutir questões básicas e fundamentais como conceitos, sinais e sintomas, tratamento e prevenção das principais DCNT em nossa área da saúde.
Todas as propostas dos membros da equipe foram expostas para melhorar nosso sistema de trabalho com esse grupo populacional e as seguintes medidas foram adotadas: atualizar corretamente o banco de dados da UBS aumentando a investigação de todos os casos na área; melhorar a organização do plano de trabalho mensal para aumentar o atendimento médico desses pacientes; fazer palestras sobre temas relacionados a essas doenças nos dias de consulta de hiperdia na UBS; outras medidas foram propostas para a secretaria de saúde a fim de aumentar a cobertura de exames laboratoriais e assim melhorar o diagnóstico principalmente das complicações; aumentar a disponibilidade de especialistas no município especialmente cardiologistas e nutricionistas, até agora inexistente; aumentar a disponibilidade de fármacos nas farmácias principalmente hipotensiva e hipoglicêmica; e aumentar a cobertura do serviço de fisioterapia para pacientes com sequelas, especialmente de doenças cerebrovasculares.
Com a realização desta microintervenção, foi possível aumentar o nível de conhecimento dos membros da equipe de saúde, aumentar a percepção de risco e identificar as principais deficiências existentes no município para realizar o atendimento médico desse grupo populacional. o que se traduz em uma maior qualidade dos serviços médicos, redução de sintomas, complicações e sequelas nesses pacientes e melhora dos indicadores de saúde.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35)
CARVALHO, S.P.S. et al. Doenças crônicas não transmissíveis e fatores associados em adultos numa área urbana de pobreza do Nordeste Brasileiro.. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2018/Fev). [Citado em 30/09/2018]. Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/doencas-cronicas-nao-transmissiveis-e-fatores-associados-em-adultos-numa-area-urbana-de-pobreza-do-nordeste-brasileiro/16587?id=16587
QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO |
Em relação às pessoas com Hipertensão Arterial |
Em relação às pessoas com Diabetes Mellitus |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus? |
x |
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X |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde? |
30 dias |
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30 dias |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão? |
X |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos? |
x |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade? |
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus? |
x |
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x |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial? |
x |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
x |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade? |
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção? |
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x |
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x |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção? |
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x |
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
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x |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários? |
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x |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus? |
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x |
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EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
x |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
x |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
x |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
x |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
x |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
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x |
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Encaminha para serviço especializado |
x |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
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x |
Ponto(s)