2 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

RELATO DE EXPERIÊNCIA

 

TÍTULO: AÇÕES DE SAÚDE PARA MELHORAR A ATENÇÃO MEDICA DOS PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UBS MAE ALMERINDA, INDIAROBA, SERGIPE.

ESPECIALIZANDO: SUSLEY TRIGUERO OSORIO

ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO

 

A situação de saúde no Brasil se caracteriza por uma transição demográfica acelerada e por um perfil epidemiológico que inclui doenças infecciosas e carenciais, causas externas e presença das condições crônicas. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são representadas pelas doenças cerebrovasculares, cardiovasculares, dislipidemias, diabetes mellitus, doenças respiratórias obstrutivas e neoplasias, responsáveis pelas maiores taxas de mortalidade no mundo. As DCNT atingem pessoas de todas as classes sociais, principalmente os grupos vulneráveis, de baixa escolaridade e renda (CARVALHO et al., 2018).

Essas doenças possuem diversos fatores de risco, como hereditariedade, raça, sexo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, dislipidemias, consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras e sedentarismo. A vigilância epidemiológica dessas doenças é um grande desafio para as equipes de atenção básica, pois são doenças muito prevalentes, multifatoriais e influenciadas por determinantes biológicos e socioculturais, exigindo o protagonismo dos usuários, de suas famílias e da comunidade. (BRASIL, 2014).

        Na minha área de saúde há uma prevalência muito alta de doenças crônicas nao  transmissiveis , principalmente Hipertensão arterial  e Diabetes mellitus, com 200 e 88 casos, respectivamente, por isso foi necessário realizar uma ação de promoção da saúde para tentar diminuir a incidência dessas doenças, aumentar a percepção de risco, modificar fatores de risco, aumentar o nível de conhecimento sobre essas doenças e  buscar estratégias de trabalho para melhorar e aumentar o atendimento médico desse grupo populacional. Para realizar essa microintervenção, foi feita uma reunião de equipe com a participação de todos os seus membros para discutir questões básicas e fundamentais como conceitos, sinais e sintomas, tratamento e prevenção das principais DCNT em nossa área da saúde.

Todas as propostas dos membros da equipe foram expostas para melhorar nosso sistema de trabalho com esse grupo populacional e as seguintes medidas foram adotadas:  atualizar corretamente o banco de dados da UBS  aumentando a investigação de todos os casos na área; melhorar a organização do plano de trabalho mensal para aumentar o atendimento médico desses pacientes; fazer palestras sobre temas relacionados a essas doenças nos dias de consulta de  hiperdia na UBS; outras medidas foram propostas para a secretaria de saúde a fim de aumentar a cobertura de exames laboratoriais e assim melhorar o diagnóstico principalmente das complicações; aumentar a disponibilidade de especialistas no município especialmente cardiologistas e nutricionistas, até agora inexistente; aumentar a disponibilidade de fármacos nas farmácias principalmente hipotensiva e hipoglicêmica; e  aumentar a cobertura do serviço de fisioterapia para pacientes com sequelas, especialmente de doenças cerebrovasculares.

Com a realização desta microintervenção, foi possível aumentar o nível de conhecimento dos membros da equipe de saúde, aumentar a percepção de risco e identificar as principais deficiências existentes no município para realizar o atendimento médico desse grupo populacional. o que se traduz em uma maior qualidade dos serviços médicos, redução de sintomas, complicações e sequelas nesses pacientes e melhora dos indicadores de saúde.

 

Referências

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35)

 

CARVALHO, S.P.S. et al. Doenças crônicas não transmissíveis e fatores associados em adultos numa área urbana de pobreza do Nordeste Brasileiro.. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2018/Fev). [Citado em 30/09/2018]. Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/doencas-cronicas-nao-transmissiveis-e-fatores-associados-em-adultos-numa-area-urbana-de-pobreza-do-nordeste-brasileiro/16587?id=16587

 

 

QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO

Em relação às pessoas com Hipertensão Arterial

Em relação às pessoas com Diabetes Mellitus

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

x

 

X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

30 dias

 

30 dias

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

X

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

x

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

x

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

x

 

x

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

x

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

x

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

x

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

x

 

x

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

x

 

x

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

x

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

x

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

x

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

x

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

x

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

x

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

x

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

 

x

Encaminha para serviço especializado

x

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

 

x

 

 

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