13 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO:ACOMPANHAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISVEL NA UBS REMÉDIOS

ESPECIALIZANDO: SILENAYS VILLALON BATISTA

ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIEIRA DE MELO

 

            As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um problema de saúde global e uma ameaça à saúde e ao desenvolvimento humano. Tornaram-se a principal prioridade na área da saúde no Brasil pela alta morbimortalidade atribuídas a elas. São grupos de doenças que se caracterizam por terem uma etiologia incerta, múltiplos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado e por estarem associadas a deficiências e incapacidades funcionais. São as maiores causas de morbimortalidade no mundo. Os principais grupos de DCNT são as doenças do aparelho circulatório, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes. Essas doenças têm em comum um conjunto de fatores de risco modificáveis, passíveis de ações de prevenção. Esses fatores são principalmente: tabagismo, inatividade física, consumo excessivo de álcool e outras drogas, obesidade e dislipidemias (SCHMIDT, et al., 2011).

            Em nossa UBS, observei que existe uma alta incidência de DCNT, principalmente a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus acompanhada de obesidade e dislipidemia como fatores de risco mais frequente. Propusemos-nos fazer ações de saúde voltadas a diminuir tal incidência com ajuda da nutricionista e da educadora física da equipe do NASF, criamos o grupo “Viver Bem” onde os participantes foram convocados pela equipe para participar do grupo todas as quartas-feiras principalmente para as pessoas hipertensas, diabéticas e obesas. No grupo fazemos palestras sobre alimentação saudável, importância das atividades físicas, fitoterápicos que ajudam a combater as diferentes doenças, entre outros temas de interesse para os usuários, além das atividades físicas propostas pela educadora física. A população gostou muito de participar e aumentar seus conhecimentos sobre saúde e de como viver melhor com uma doença crônica. Tivemos resultados favoráveis, pois diminuiu os pacientes com doenças descompensadas, os obesos conseguiram diminuir o peso, assim como redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos nos exames de controle.

            No mês de setembro fizemos uma reunião de equipe onde discutimos o questionário indicado para esta microintervenção, participamos toda a equipe, a enfermeira, a técnica de enfermagem, a dentista, auxiliar de dentista, os três agentes de saúde, o gerente e a médica.

 

QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO

 

Em relação às pessoas com Hipertensão Arterial

Em relação às pessoas com Diabetes Mellitus

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

x

 

x

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

  1 Dia

 

 1 Dia

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 x

 

 x

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 x

 

    x

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

x

 

x

 

 

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

x

 

x

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

x

 

x

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

x

 

x

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

x

 

x

 

 

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

                x

 

             x

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

x

 

x

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

x

 

x

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

x

 

x

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

x

 

x

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Oferta ações voltadas à atividade física

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Encaminha para serviço especializado

x

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

 

 

   Depois de discutir e responder o questionário agendamos a data para fazer nosso dia de Hiperdia e grupo Viver Bem, com frequência trimestral, que precisamente é destinado aos pacientes com doenças crônicas, onde são avaliadas as medidas antropométricas, assim como o cálculo de índice de massa corporal (IMC), aferimos pressão arterial e glicemia capilar, são indicados os exames de controle, incluindo fundo de olho. Também fazemos a estratificação de risco de cada paciente. Durante a realização da microintervenção não apresentamos dificuldade relevante e como potencialidade principal foi a participação de todos, pois aumentaram seus conhecimentos e interesse em continuar ajudando no controle das DCNT, além de contribuir para que sejam desenvolvidas novas ações voltadas aos pacientes com estas doenças e assim elevar a qualidade de vida da nossa população de abrangência.

 Foto (1): Grupo Viver Bem.

 Foto( 2): Hiperdia

 

 Referências:

SCHMIDT, M.I. et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. Saúde no Brasil 4. 2011. Disponível em: http://www.idec.org.br/pdf/schmidtetal_lancet2011.pdf.

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