RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: MELHORIAS NA ATENÇÃO PRIMARIA DE SAÚDE PARA O CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UBS GETÚLIO SAVIO SOBRAL (SE)
ESPECIALIZANDO: ROSA MARLIE JARROSAY FROMETA
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam elevada carga de doença no Brasil. Tendências recentes indicam que a mortalidade de algumas DCNT (as doenças cardiovasculares e as doenças respiratórias crônicas) estão diminuindo, o que sugere que o enfrentamento está ocorrendo na direção certa. Por consequência, o número de portadores de DCNT que requerem atendimento tende a aumentar. As longas filas no Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas, exames especializados e cirurgias mostram o ônus que essas doenças causam ao sistema público de saúde e ilustram a necessidade de organizar, qualificar e ampliar o atendimento. O aumento da obesidade, se não controlado, ameaça os avanços recentes no controle das DCNT (PEREIRA et al., 2016).
Dentro dos objetivos específicos da Estratégia Saúde da Família (ESF), destaca-se a educação em saúde como uma prática prevista e atribuída a todos os profissionais envolvidos. Nossa equipe está capacitada para assistência integral e contínua das famílias da área, desenvolvemos ações voltadas à melhoria do autocuidado dos indivíduos: identificamos situações de risco à saúde na comunidade. Em nossa área temos um elevado índice de DCNT fundamentalmente pessoas com Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e Obesidade, tratando-se de uma zona rural com baixo nível cultural a equipe faz palestras educativa sobre como trabalhar em fatores de riscos que desencadeiam ou descompensem essas doenças.
A equipe faz reunião no final de cada mês, onde um dos temas avaliados são as DCNT. Planejamos atividades de educação em saúde abordando os seguintes assuntos: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e obesidade. Temos em nossa agenda de trabalho um dia na semana só para consulta destes pacientes, para ofertar a melhor atenção possível, dando as orientações necessárias em cada consulta e, sobretudo, recomendando a assistência a cada uma das consultas programadas para a melhor avaliação da saúde. As informações dos usuários são registradas em uma folha espelho para um melhor controle e temos grupos de tabagismo e de obesidade, sendo estes alguns dos fatores de riscos mais comuns que descompensam os pacientes com estas doenças. Alguns casos, dependendo da gravidade, exigem acompanhamento com a equipe do NASF.
Como estratégia para chamar a atenção dos frequentadores nas atividades de educação que nossa equipe faz, definimos realizar em cada encontro: aferição da pressão arterial sistêmica, teste rápido da glicemia capilar e avaliação antropométrica. Para isso, os agentes comunitários de saúde foram devidamente treinados e supervisionados pelo profissional de Enfermagem e pela médica. Para a avaliação das atividades, adotou-se a dinâmica de perguntas e respostas no final das conversas. Os frequentadores eram indagados sobre a importância dessa atividade em saúde, para si e para a população em geral, qual atividade do dia mais tinha lhe chamado atenção, se suas dúvidas teriam sido esclarecidas e, por fim, foram questionados sobre um tema pertinente para ser levado à uma próxima atividade.
Vale ressaltar que a educação em saúde que nossa equipe faz não se baseia somente em orientações que tenham relação principalmente com doenças, como prevenção dos agravos destas, mas também esclarecer a população, sobretudo quanto ao que pode estar associado às doenças e quais podem ser seus possíveis determinantes. Orientamos sobre as enfermidades que a pessoa já adquiriu, o entendimento das causas e das suas consequências, o quanto ela pode influenciar no seu dia a dia, qual o prognóstico e como lidar com ele, são pilares essenciais da educação em saúde que vêm a colaborar para uma melhor qualidade de vida daquela população, por isso é interessante que os profissionais possam estimular os cidadãos sobre a importância do cuidado com a saúde, do quanto é valoroso cuidar de si e compreender como fazer isso e entender qual o curso que a doença pode tomar.
Referencias
PEREIRA C. B. M. et al. Relato de experiência: educação em saúde sobre doenças crônicas não transmissíveis em um comércio popular. Revista UFG. Ano XVI, n.18, p.5-22. junho, 2016.
QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO |
Em relação às pessoas com Hipertensão Arterial |
Em relação às pessoas com Diabetes Mellitus |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus? |
x |
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x |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde? |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão? |
x |
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x |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos? |
x |
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x |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade? |
x |
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus? |
x |
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x |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial? |
x |
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x |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
x |
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x |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade? |
x |
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção? |
x |
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x |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção? |
x |
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
x |
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x |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários? |
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x |
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x |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus? |
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x |
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x |
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EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
X |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
X |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
X |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
X |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Encaminha para serviço especializado |
X |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
X |
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Ponto(s)