26 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: Um desafio para a equipe de saúde

 

As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se caracterizam como um grande problema de saúde dos brasileiros, conforme comprova a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). São importante causa de mortalidade no país, além causarem outras enfermidades que afetam a capacidade e a qualidade de vida da população adulta (BRASIL, 2014).

Cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas, possui pelo menos uma DCNT. O levantamento realizado pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (44,5%) – são 34,4 milhões de mulheres e 23 milhões de homens (33,4%) portadores de enfermidades crônicas (BRASIL, 2014).

Segundo estudos divulgados pelo IBGE, as doenças crônicas não transmissíveis no geral são caracterizadas basicamente por serem doenças que possuem um lento desenvolvimento e uma longa duração e representam 70% das mortes no Brasil sendo este um por cento significativo (BIOSOM, 2018)

Entre as doenças mais frequentes, temos a hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo (BRASIL, 2014; MAXIEDUCA, 2018).

 

MICROINTERVENÇÃO

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) José Alves Meireles, no Município de Tartarugalzinho, a maioria das consultas são por doenças crônicas, onde se nota a falta de conhecimentos a respeito das complicações que podem desenvolver pelo incorreto estilo de vida dos pacientes, assim como o mal-uso dos tratamentos onde a maioria quando se encontram compensados, descontinuam o mesmo ou tomam só quando sentem algum sintoma. Isso se complica ainda mais na zona rural onde o número de pessoas tem um nível baixo de escolaridade o que prejudica no uso inadequado dos medicamentos.

Desde o início dos trabalhos na UBS, notei que grande era o número de pacientes que não faziam o uso correto dos medicamentos, com o passar dois meses foi notório que a falta de informação era o maior problema. Por essa razão nós temos como objetivo fundamental para esta microintervenção aumentar o nível de conhecimento da população em nossa comunidade e promover um estilo de vida saudável para diminuir os fatores de risco das doenças crônicas.

Foi realizado uma lista dos principais problemas e foi dada uma nota a cada ponto mencionado. Todo aquele que obteve uma nota igual ou inferior que cinco foi discutido para estabelecer qual teria maior prioridade e que pudesse sofrer modificações para melhoria.

Com esta microintervenção aprendemos a importância da comunicação direta nas ações de saúde com os pacientes da área, já que quando a comunidade tem conhecimento sempre é possível modificar as situações determinadas pela falta do mesmo.

Durante a microintervenção nossa maior dificuldade foi repassar aos pacientes as principais complicações das Doenças Crónicas não transmissíveis já que uma grande maioria possuía baixo nível de estudos.

Foi observado a boa preparação do pessoal com uma alta qualificação nas temática a serem tratadas, desde o primeiro momento contamos com a  disposição do NASF para participar das atividades, contamos com os materiais explicativos e didáticos.

Esperasse que com a continuidade da microintervenção possa haver uma melhoria e diminuição da incidência das doenças crônicas e manter a população alerta sobre a importância do diálogo com a equipe e do uso correto dos medicamentos atribuído a uma vida saudável.

 

 

QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO

 

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

            X

 

 

 

           X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

Preencher em dias

 

 

        1 dia

 

Preencher em dias

 

 

       1 dia

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

 

 

        X

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

 

 

        X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

 

       

 

 

 

   X

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

 

           X

 

 

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

 

 

 

         X

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

 

        X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

   X

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

 

 

 

        

           X

 

 

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

 

 

     

          

 

 

 

 

      X

 

 

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

 

       X

 

 

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

       X

 

 

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

 

 

      X

 

 

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

 

           X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

 

            X

Academia de saúde

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

 

X

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

 

 

X

 

Encaminha para serviço especializado

X

 

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

 

X

 

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