ACESSO E ADESÃO
ESPECIALIZANDO: RANIEL XAVIER DA CUNHA BEZERRA
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
Em setembro de 2018, na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Igapó, a temática central de discussão foi o controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na atenção básica, tendo como foco principal a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Em nosso país, a HAS acomete 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV) (SCALA; MAGALHÃES; MACHADO, 2015) Dessa forma, como há grande prevalência e relação com DCV, a HAS é um dos nossos principais focos na atenção básica.
Esta microintervenção iniciou-se com a resposta do questionário a seguir por nossa equipe e evidencia a forma como acompanhamos nossos pacientes com HAS, Diabetes Mellitus (DM) e obesidade. Ele contém as prioridades do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).
QUESTÕES |
Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus? |
X |
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X |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde? |
3 |
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3 |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão? |
X |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos? |
X |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade? |
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X |
A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus? |
X |
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X |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial? |
X |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
X |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade? |
|
X |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção? |
X |
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X |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção? |
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X |
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X |
A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
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X |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários? |
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X |
A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus? |
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X |
EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
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X |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
X |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
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X |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
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X |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
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X |
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Encaminha para serviço especializado |
X |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
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X |
Com base nessas respostas podemos observar que em nossa unidade, apesar de estratificarmos o risco dos nossos pacientes com HAS e DM, não possuímos registro dos casos mais graves, de modo que não temos noção da proporção de hipertensos e diabéticos com maior e menor risco. A partir dessa perspectiva, então, consideramos que é imprescindível elaborarmos um instrumento com a finalidade de documentarmos a proporção de hipertensos e diabéticos conforme o risco, algo que certamente faremos posteriormente.
Como estratégia exitosa temos a do acesso dos pacientes hipertensos que costumam não esperar nem três dias para consulta médica, boa parte consegue consulta no dia em que procura a Unidade. Todos, independentemente do risco cardiovascular, são avaliados pelo menos semestralmente para renovação da prescrição dos medicamentos anti-hipertensivos e avaliação do controle pressórico. Isso, associado à tentativa de prescrever formulações de longa duração, tem ajudado na adesão terapêutica dos pacientes.
REFERÊNCIAS
SCALA L. C.; MAGALHÃES, L. B.; MACHADO, A. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica. In: MOREIRA, S. M.; PAOLA, A. V. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Livro Texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2ª. ed. São Paulo: Manole, 2015. p. 780-5.
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