6 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

RELATO DE EXPERIÊNCIA

                                                    

TÍTULO: O CONTROLE DASDOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM TOBIAS BERRETO (SE)

ESPECIALIZANDO: RAFAEL SANDRIN

ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO

 

Do total de óbitos que ocorrem no mundo, em média 60% são relacionados a doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil foi criado um sistema de cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus que são atendidos na rede pública de saúde. Tanto o diabetes quanto a hipertensão são os principais fatores das doenças cardiovasculares e primeira causa de hospitalização no sistema público. O ministério da saúde elaborou várias ações e programas estratégicos com intuito de reduzir o número de hospitalizações e ajudar no acompanhamento e tratamento das doenças através da rede de atenção básica (BRASIL, 2014).

No município de Tobias Barreto também foi implantado através do Sistema Único de Saúde (SUS) o programa HIPERDIA (Controle e Tratamento da Hipertensão e do Diabetes). Mensalmente, há um dia agendado para o atendimento e acompanhamento dos Hipertensos e Diabéticos de cinco povoados do município, porém atende-se diariamente a livre demanda. Através deste acompanhamento é gerado informações dos pacientes ao CadSUS para que possa haver aquisição e distribuição de medicamentos de forma regular a todos os pacientes cadastrados.

Existem alguns determinantes que fazem o paciente não aderir ao tratamento anti-hipertensivo: a falta de conhecimento sobre a doença ou falta de motivação para tratar uma doença assintomática e crônica; o baixo nível socioeconômico; os aspectos culturais e crenças erradas adquiridas em comunidade e baixa autoestima; o relacionamento inadequado com a equipe de saúde; e a interferência nos hábitos de vida durante o tratamento.

 Cada paciente possui uma ficha cadastral e, em cada consulta, são orientados pela equipe de saúde sobre os benefícios dos tratamentos incluindo mudanças em hábitos de vida, como a importância de uma atividade física, de uma alimentação adequada e a perda de hábitos que não fazem bem a saúde, como o fumo e álcool. A equipe de saúde fala com o paciente de forma detalhada e compreensível sobre a doença, o tratamento e possíveis efeitos adversos dos medicamentos e a necessidade de ajustes posológicos com o passar do tempo.

O rastreamento de cada paciente é feito pela equipe de saúde através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Todos os pacientes que utilizam a unidade básica de saúde são orientados sobre os fatores de risco da DM e HAS, e cada ACS verifica o comparecimento dos usuários à consulta médica e a equipe de saúde elabora mensalmente em reuniões, estratégias que ajudem a favorecer a adesão do paciente ao tratamento, em forma de palestras, com a contribuição dos profissionais do NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), principalmente as nutricionistas. A prefeitura do município proporciona diariamente o programa de ginástica na praça, voltado principalmente a idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, mas que atende  toda a população.

Existe certa dificuldade na realidade local quanto a demora para liberação de exames complementares pois algumas solicitações de exames não tem critério, ocorrendo a congestão nos atendimentos especializados, pois percebe-se muitas vezes um exagero de encaminhamentos. Existe o uso indiscriminado de psicotrópicos, uso inadequado de medicamentos, pois sabe-se que, em alguns casos, há dispensação de medicamentos sem consulta previa.

É preciso organizar a participação de toda a equipe no tratamento do doente, visto que o controle e estratificação de risco é bastante precário ou não existe. Necessita-se avaliar melhor o cuidado prestado e o planejamento cotidiano das ações. As equipes precisam estar capacitadas para que possam melhorar em orientações e encaminhamentos aos serviços de referência, identificando e evitando a presença de complicações e sequelas.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35)

 

 

QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO

Em relação às pessoas com Hipertensão Arterial

Em relação às pessoas com Diabetes Mellitus

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

X

 

X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

Livre Demanda

 

 

Livre Demanda

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

X

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

X

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

X

 

X

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

X

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

 

X

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

X

 

X

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

X

 

X

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

X

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

X

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

X

 

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

 

X

Oferta ações voltadas à  atividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

X

 

 

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