RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: O CONTROLE DASDOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM TOBIAS BERRETO (SE)
ESPECIALIZANDO: RAFAEL SANDRIN
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
Do total de óbitos que ocorrem no mundo, em média 60% são relacionados a doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil foi criado um sistema de cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus que são atendidos na rede pública de saúde. Tanto o diabetes quanto a hipertensão são os principais fatores das doenças cardiovasculares e primeira causa de hospitalização no sistema público. O ministério da saúde elaborou várias ações e programas estratégicos com intuito de reduzir o número de hospitalizações e ajudar no acompanhamento e tratamento das doenças através da rede de atenção básica (BRASIL, 2014).
No município de Tobias Barreto também foi implantado através do Sistema Único de Saúde (SUS) o programa HIPERDIA (Controle e Tratamento da Hipertensão e do Diabetes). Mensalmente, há um dia agendado para o atendimento e acompanhamento dos Hipertensos e Diabéticos de cinco povoados do município, porém atende-se diariamente a livre demanda. Através deste acompanhamento é gerado informações dos pacientes ao CadSUS para que possa haver aquisição e distribuição de medicamentos de forma regular a todos os pacientes cadastrados.
Existem alguns determinantes que fazem o paciente não aderir ao tratamento anti-hipertensivo: a falta de conhecimento sobre a doença ou falta de motivação para tratar uma doença assintomática e crônica; o baixo nível socioeconômico; os aspectos culturais e crenças erradas adquiridas em comunidade e baixa autoestima; o relacionamento inadequado com a equipe de saúde; e a interferência nos hábitos de vida durante o tratamento.
Cada paciente possui uma ficha cadastral e, em cada consulta, são orientados pela equipe de saúde sobre os benefícios dos tratamentos incluindo mudanças em hábitos de vida, como a importância de uma atividade física, de uma alimentação adequada e a perda de hábitos que não fazem bem a saúde, como o fumo e álcool. A equipe de saúde fala com o paciente de forma detalhada e compreensível sobre a doença, o tratamento e possíveis efeitos adversos dos medicamentos e a necessidade de ajustes posológicos com o passar do tempo.
O rastreamento de cada paciente é feito pela equipe de saúde através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Todos os pacientes que utilizam a unidade básica de saúde são orientados sobre os fatores de risco da DM e HAS, e cada ACS verifica o comparecimento dos usuários à consulta médica e a equipe de saúde elabora mensalmente em reuniões, estratégias que ajudem a favorecer a adesão do paciente ao tratamento, em forma de palestras, com a contribuição dos profissionais do NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), principalmente as nutricionistas. A prefeitura do município proporciona diariamente o programa de ginástica na praça, voltado principalmente a idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, mas que atende toda a população.
Existe certa dificuldade na realidade local quanto a demora para liberação de exames complementares pois algumas solicitações de exames não tem critério, ocorrendo a congestão nos atendimentos especializados, pois percebe-se muitas vezes um exagero de encaminhamentos. Existe o uso indiscriminado de psicotrópicos, uso inadequado de medicamentos, pois sabe-se que, em alguns casos, há dispensação de medicamentos sem consulta previa.
É preciso organizar a participação de toda a equipe no tratamento do doente, visto que o controle e estratificação de risco é bastante precário ou não existe. Necessita-se avaliar melhor o cuidado prestado e o planejamento cotidiano das ações. As equipes precisam estar capacitadas para que possam melhorar em orientações e encaminhamentos aos serviços de referência, identificando e evitando a presença de complicações e sequelas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35)
QUESTIONÁRIO PARA MICROINTERVENÇÃO |
Em relação às pessoas com Hipertensão Arterial |
Em relação às pessoas com Diabetes Mellitus |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus? |
X |
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X |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde? |
Livre Demanda |
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Livre Demanda |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão? |
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X |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos? |
X |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade? |
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X |
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Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus? |
X |
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X |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial? |
X |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
X |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade? |
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X |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção? |
X |
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X |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção? |
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X |
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X |
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Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
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X |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários? |
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X |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus? |
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X |
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EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
X |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
X |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
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X |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
X |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
X |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Encaminha para serviço especializado |
X |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
X |
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Ponto(s)