RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: A LINHA DE CUIDADO EM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
ESPECIALIZANDO: NAYARA KETLEN FREITAS DOS SANTOS
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
A sexta microintervenção aconteceu na UBS Pedro Felix dos Santos, ESF Pururuca, município de Lagarto, Sergipe, com cerca de 3656 pacientes cadastrados e de 614 famílias. Trata-se de uma população basicamente de classe baixa, que precisa constantemente de apoio na Unidade de Saúde, principalmente no que diz respeito a doenças crônicas não transmissíveis, objeto de estudo desta intervenção.
Preconizou-se por proceder em dois momentos, sendo que, no primeiro, houve um maior enfoque nas práticas com relação a doenças crônicas junto a equipe, principalmente HAS Hipertensão Arterial Sistêmica e DM Diabetes Melitus; e no segundo momento, objetivamos abordar quais práticas poderiam ser executadas para melhorar a atenção a estes pacientes, principalmente aqueles com maior escore na escala na estratificação de risco.
Iniciando a avaliação da equipe é importante mencionar que todas as perguntas estarão ligadas tanto ao Diabetes Mellitus quanto a Hipertensão Arterial. Assim sendo, a equipe de saúde da UBS realiza consulta regularmente tanto para pessoas com hipertensão ou diabetes mellitus, com um tempo de espera de um a dois dias, para a primeira consulta. São utilizados, como padrão de atendimento, os Protocolos do Ministério da Saúde para estratificação de risco dos hipertensos e diabéticos.
Outra característica do trabalho da equipe de saúde é a avaliação das co-morbidades ou fatores de risco cardiovasculares nos usuários hipertensos pela equipe de saúde. De modo que existe na Unidade de Saúde um cadastro dos pacientes diabéticos de maior gravidade, através de planilha, como também dos pacientes hipertensos de maior gravidade, principalmente aqueles que possuem mais de três fatores de risco associados.
Outra ação importante realizada pela equipe de saúde é o acompanhamento dos usuários com diagnostico de doença cardíaca e que também são diagnosticadas com Hipertensão Arterial, como também são programadas consultas e acompanhamentos dos pacientes de maior risco.
Na realidade, não existe até o momento uma relação específica dos pacientes de maior gravidade (mas a equipe tem conhecimento) e os ACS fazem visitas domiciliares constantemente.
Existe, pela equipe de saúde da UBS, a coordenação e o referenciamento dos pacientes que precisam de atendimento em outros pontos mais especializados, todavia não existe um controle específico dos usuários com hipertensão ou diabetes que necessitam ser encaminhados para outros centros.
No caso dos pacientes com Diabetes e Hipertensão com risco altíssimo sempre é marcado consultas para acompanhamento pelo menos a cada 30 dias. É realizada nos pacientes diabéticos a verificação do exame de pé diabético, todavia não é realizado o exame de fundo de olho, pois estes casos são referenciados para centros maiores onde haja oftalmologista.
No que diz respeito ao paciente vítima de obesidade, sempre são verificados peso e altura e se for identificado que o usuário está com IMC acima do normal ou abaixo, ele é encaminhado para consulta. Também são realizadas ações voltadas a promoção de atividade física, alimentação saudável. Em casos de necessidade de apoio matricial é acionado o NASF, em outros casos o CRAS, ou até mesmo o CAPS.
Enfim, após estas verificações selecionamos um dia específico para verificarmos quais seriam as medidas que seriam implantadas no intuito de melhorar a atenção a doenças crônicas, dentre elas selecionou-se a necessidade de implantação de uma planilha específica de acompanhamento de pacientes com doenças crônicas com estratificação de risco.
No que diz respeito a potencialidade da microintervenção elenca-se a disposição da equipe em desenvolver o trabalho junto a estes pacientes. E, em relação às dificuldades, a adesão por parte dos pacientes ao tratamento tanto da Diabetes como da Hipertensão Arterial Sistêmica.
Ponto(s)