AÇÃO EDUCATIVA PARA MELHORIA DA ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
DISCENTE: MIRELVYS RODRIGUEZ PILETA
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) mais comuns na população e causam grande quantidade de mortes e morbidade nos pacientes.
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Nova Aparecida, no município de Santana do Matos, temos um total de 232 pacientes com 20 anos ou mais que tem acompanhamento por HAS. Destes usuários, apenas 134 (58%) tem realização de estratificação de risco cardiovascular por critérios clínicos; 58 (25%) estão com atraso nas consultas agendadas; 136 (59%) estão com exames complementares em dia; 174 (75%) têm tido orientações sobre prática de atividade física regular, nutricionais para alimentação saudável e avaliação da saúde bucal. Com relação a estes índices estamos realizando ações como palestras sobre a importância do acompanhamento e comparecimento as consultas agendadas e identificação de usuários que sofrem da doença e não tem acompanhamento.
Quanto a DM, temos 86 pacientes que corresponde a 73% nos indicadores de cobertura. Destes usuários, 40 (47%) tem estratificação de risco cardiovascular identificado; 28 (33%) estão com atraso das consultas agendadas em mais de sete dias; 59 (69%) têm exames complementares periódicos em dia e exame físico dos pés nos últimos três meses; 28 (33%) foram avaliados quanto a palpação dos pulsos tibial posterior e pedioso e medida de sensibilidade dos pés nos últimos três meses; 58 (67%) foram orientados quando a prática de atividade física regular e nutrição. Aumentaremos estes indicadores trabalhando em conjunto com ações de prevenção de agravos, promoção e educação em saúde a todos os usuários.
Minha UBS caracteriza-se pela realização de atividades de orientação de hábitos alimentares, ações para o controle do peso corporal e de estímulo a prática regular da atividade física, entre outras. Temos uma particularidade que somente realizamos atendimentos a esses usuários uma vez por semana, entretanto neste dia a equipe trabalha em dois turnos, manhã e tarde. O atendimento da HAS e o DM é realizado pela enfermeira, médico clinico geral e odontólogo, com ajuda da técnica em enfermagem e do auxiliar de saúde bucal. Os usuários sempre saem com a próxima consulta agendada e existe um protocolo de atendimento para os usuários que foi feito pela Secretaria Municipal de Saúde com base no Ministério de Saúde.
Tendo em vista as caraterísticas comuns de cada doença, a UBS marcou um dia do mês para realizar ações especificamente para HAS e DM. Neste dia, realizamos imunizações, ações encaminhadas ao diagnóstico e tratamento de problemas de saúde bucal, diagnóstico e tratamento do alcoolismo, sedentarismo, tabagismo, entre outras.
A UBS utiliza protocolos para regular o acesso dos usuários a outros níveis do sistema de saúde e todos os atendimentos são registrados no prontuário clinico. Não temos prontuários e arquivos específicos para o preenchimento dos dados dos hipertensos e diabéticos, isto é uma das principais causas para o desconhecimento, por parte do médico e da enfermeira, de usuários faltosos, atraso vacinal e os precisam renovar suas receitas para obter seus medicamentos. A unidade possui o programa de HIPERDIA e o responsável pelo cadastramento é o ACS. Duas vezes por mês são feitas atividades de prevenção de agravos, promoção e educação em saúde, estas atividades são realizadas no âmbito da UBS, nas escolas e na associação de bairros. Nelas realizamos palestras educativas e damos orientações sobre doenças, complicações, importância de não suspender o tratamento e de um estilo de vida saudável.
Uma grade dificuldade é a não existência de profissionais encarregados ao planejamento, gestão e coordenação das ações a esses usuários, não temos profissionais que se dedicam à avaliação e monitoramento, o que influencia na obtenção de bons indicadores, porém o principal objetivo é que nossa equipe tenha conhecimento das ações de controle para garantir um serviço de saúde de qualidade.
Outra fragilidade percebida é a necessidade de aumentar atividades para prevenção de agravos, promoção e educação em saúde e rastreamento das doenças, a fim de realizar diagnóstico precoce e implantar tratamento oportuno.
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