7 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

AVALIAÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE IRMA ANA DIAS

 

ESPECIALIZANDA: LUDMILA ALMENARES GONZALEZ

ORIENTADORA: DANIELE VIERA DANTAS

COLABORADORES: SANTANA ROSARIO DOS SANTOS, NARAJANE FARIAS DOS SANTOS, FRANCISCA MARIA DOS SANTOS

 

Em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS), semelhantemente as demais UBS do Brasil, existem um significativo número de pacientes com Doenças Crônicas Não Transmissíveis como Hipertensão Arterial (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM). Algum deles com complicações secundárias produto da obesidade por maus hábitos alimentares ou baixo poder aquisitivo que impede boa alimentação; consumo excessivo de álcool; tabagismo; sedentarismo e fatores genéticos.

Por isso, toda a equipe decidiu reunir-se para avaliar e discutir as ações preconizadas pelo Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica de Saúde (PMAQ-AB) com o objetivo de melhorar o atendimento, seguimento e tratamento dos pacientes com HAS e DM.

Minha equipe tem destinada as primeiras duas horas de cada expediente para o atendimento dessas pessoas com doenças crônicas. Os pacientes que precisam da primeira consulta não têm que esperar para atendimento, uma vez que são avaliados no mesmo dia. Eles estão dentro das prioridades.

Em cada consulta, são utilizados os protocolos para estratificação de riscos preconizados pelo Ministério da Saúde, com o objetivo do maior controle e correto tratamento e seguimento. Além disso, avalia-se a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovasculares.

A UBS conta com registro dos pacientes diabéticos e hipertensos com maior risco e gravidade para realizar ações e evitar as complicações e a morte e faz uso de ficha de cadastro para um melhor acompanhamento e controle. Além disso, a unidade realiza acompanhamento dos usuários com doenças cardíacas associadas a HAS como preconizado pelo Ministério de Saúde e programa consultas e exames de acordo com a estratificação e a gestão de cuidado.

Quanto aos pacientes com DM, em cada consulta, realiza-se o exame do pé diabético para evitar e tratar de forma oportuna a complicação vascular, porém não fazemos o exame de fundo de olho por ausência de oftalmoscópio na UBS sendo os usuários encaminhados para o oftalmologista uma vez ao ano.

A avaliação antropométrica dos usuários atendidos é realizada em cada consulta e, logo que se diagnostica obesidade, inicia-se o acompanhamento na UBS em conjunto com o Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF). Dentre as ações para prevenção e combate a obesidade, reforça-se a prática de exercícios físicos e orientações sobre alimentação saudável, além da oferta grupo de educação em saúde para aquelas pessoas que querem perder peso. 

Quando necessário, a equipe encaminha, em parceria com a Secretaria de Saúde, esses usuários para consultas e exames em outros pontos de atenção de acordo com as prioridades e conta também com registro dos usuários com HAS e DM de maior risco e gravidades encaminhados para outros serviços de saúde.

Na avaliação da Atenção aos pacientes com Doenças Crônicas Não Transmissíveis, em nossa UBS, encontramos como potencialidades a existência de grupo de HIPERDIA que nos permite fazer ações diferenciadas para diminuir os fatores de risco, reforçar a importância da modificação do estilo de vida e do tratamento continuado. Atualmente existe grupo de Atividades Físicas, grupo de Tabagismo e a proposta de criação do grupo de Combate a Obesidade. Todas as atividades são realizadas em conjunto com o NASF e com periodicidade de uma vez por semana. Além disso, todos os dias, na UBS, antes de dar início ao expediente, fazemos palestras sobre diferentes temas de promoção da saúde e prevenção de agravos.

Como fragilidades foram encontradas: desconhecimento por parte de muitos pacientes da própria doença devido ao baixo nível educacional e cultural; ausência de oftalmoscópio para realizar o exame de fundo de olho; necessidade de aprimorar a busca ativa dos pacientes com fatores de risco para a detecção precoce das doenças e controle oportuno e demora das consultas de especialidades.

Portanto, decidimos fazer uma micro intervenção em conjunto com o NASF, com um grupo de hipertensos e diabéticos onde discutimos sobre a modificação dos estilos de vida, a importância da dieta saudável, tratamento medicamentoso, pratica sistemática de exercícios físicos; as complicações. Também a equipe fez visitas domiciliares aos pacientes com HAS e DM que não podem-se locomover até a Unidade para receber as orientações de como fazer um bom controle da doença e a prevenção das complicações.

Conclui-se que a equipe ganhou em conhecimento e ferramentas para melhorar o atendimento, acompanhamento, tratamento e reabilitação dos usuários com Doenças Crônicas Não Transmissíveis e investir em educação permanente.


 

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