22 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 TITULO: Implementação das ações promoção de saúde e prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis na ESF. 

  ESPECIALIZANDO: LEYMIS RAMIREZ MONTANO

  ORIENRADOR: CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA.

            As doenças crônicas compõem o conjunto de condições crônicas que em geral, estão relacionadas a causas múltiplas, são caracterizadas por início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração. Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar incapacidades. Requerem intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura. (BRASIL, 2013)

            Nas últimas décadas, são observadas no Brasil diversas transformações sociodemográficas e econômicas que ocasionaram relevantes mudanças no estilo de vida da população e convergiram para uma dieta mais rica em gorduras, açúcares, alimentos refinados, reduzida em carboidratos complexos e fibras, como também a um declínio progressivo da atividade física e aumento do etilismo e tabagismo. Esses fatores associados, contribuíram para modificações relevantes no perfil nutricional, epidemiológico e no patrão de morbimortalidade da população, com aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (Brasil 2012)

            No Brasil as DCNT são causa de 72% das mortes e 75% dos gastos com atenção à saúde no SUS. Isso configura mudança na carga de doença, sendo um novo desafio para os gestores de saúde, pelo seu forte impacto na qualidade de vida dos indivíduos afetados, maior possibilidade de morte prematura e efeitos econômicos adversos para as famílias, comunidades e sociedade em geral. (Brasil 2011)

             Diante do exposto foi feita a discussão do questionário oferecido pela plataforma do curso, na reunião da equipe na segunda feira dia 3 de setembro, onde se concluiu o seguinte:

           A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus. O tempo de espera para a primeira consulta dos pacientes diabéticos e hipertensos é o mínimo, não existe uma quantidade certa de dias determinada devido a que está em dependência do quadro clinico do paciente, a rapidez na realização dos exames complementários mais é colocados na agenda com prioridade, tentando chegar ao diagnóstico definitivo e colocar o tratamento oportuno evitando complicações maiores. A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão além de avaliar a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos e diabéticos, mas não pesemos registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade nem de paciente hipertensos. Temos ficha de cadastro e acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmico e diabetes mellitus a qual e atualizada diariamente nas visitas dos ACS. A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, nos programamos as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por nos na gestão do cuidado. Nossa equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção. Em nossa equipe existe um livro de encaminhamento donde se registra todos os pacientes que são encaminhados a outros serviços de saúde, mas não posemos registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção. Nas consultas e visitas a pacientes com diabetes mellitus o enfermeiro e eu como a doutora da equipe fazemos exame em busca do pé diabético. Faz um tempo atrás que todos os pacientes com diabetes mellitus eram encaminhados para oftalmologia para fazer fundo de olho, neste momento este exame fica muito complicado já que faz algum tempo que não temos oftalmólogo pelo SUS e muitas vezes os pacientes não tem dinheiro para pagar a consulta.

             Em quanto a obesidade podemos afirmar com toda certeza que nossa equipe faz acompanhamento deste grupo de usuário e nós apoiamos no NASF, em as consultas se calcula IMC e quando um paciente tem (IMC≥ 30 kg/m2) buscamos as possíveis causas da obesidade, solicitando exames complementários é encaminhado para consulta com nutricionista ou de ser preciso para outras especialidades como endocrinologista, cardiologista. As segundas feiras além das demandas espontâneas é o dia de atender os pacientes com doenças crônicas e na sala de espera da consulta a nutricionista, o enfermeiro ou eu como medica fazemos palestras sobre alimentação saudável, os benefícios da prática de exercício. A equipe em conjunto com a nutricionista e a professional de educação física temos um grupo de pessoa que querem perder peso mais na realidade nem todas as vezes funciona devido á insistência por parte dos integrantes.

             Uma experiência que para nós é muito boa e queremos compartilhar com vocês é que todas os meses temos ações de saúde voltadas a pacientes com doenças crônica especificamente com diabetes e hipertensão arterial, cada mês se faz em uma  microárea diferente , onde o ACS dessa microárea cita os pacientes com doenças crônicas que não assistem a consulta sistematicamente, o por motivo de sua situação física o idade não assistem a consulta,  esta ação é em conjunto com o NASF onde além das consultas medicas, se faz teste de glicemia, solicitação de exames complementários, fica já agendada a consulta para reavaliação ou avaliação dos exames complementares com a data e horário, palestras sobre alimentação saudável pela nutricionista, palestras de saúde bucal pelos professionais de odontologia, a professional de educação física aproveita para inserir a todos os pacientes que desejam pertencer no grupo de pacientes com hipertensão e diabetes que faz exercício com ela pelas manhãs. Achamos muito bom estas ações porque são uma maneira de troca de experiências entre os usuários e os professionais de saúde assim como esclarecimento de dúvidas que possam existir.

              Com esta microintervenção a equipe toda concordou uma vez mais que a ESF trabalhando junto com o NASF é uma fortaleza, além pudemos apreciar que temos ainda muito por fazer começando por alguns registros que não tínhamos para responder o questionário e que depois da reunião que fizemos quedaram feito pela importância dos mesmos, elevando o nível de controle e qualidade no atendimento a pacientes com doenças crônicas, e cumprindo com as indicações do PMAQ que são imprescindível para uma boa atenção na Atenção Básica de Saúde.

           Referências bibliográficas:

        -BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Relatório sobre saúde no mundo 2001.Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Genebra: OMS,2001.

      -BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação Geral de SM. Saúde no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília, 2004.

      -BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde/ DAPE. Saúde mental no SUS: acesso ao tratamento e mudança no modelo de atenção. Relatório de gestão 2003-2006. Brasília, 2007.

     -WAIMAN M. A. P.et. al. Assistência de enfermagem ás pessoas com transtornos mentais e ás família na Atenção Básica. Revista Escola da Enfermagem da UPS, São Paulo jun.2012).

 

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