29 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CAPÍTULO VI: O DESAFIO DA PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DAS DOENÇAS CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE (APS): RELATO DE EXPERIÊNCIA

ESPECIALIZANDO: Larissa Bezerra Da Silva

ORIENTADORA: Maria Betânia Morais De Paiva

COLABORADORES: Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Técnica de Enfermagem        

           Segundo Malta et. al. 2017, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são responsáveis por aproximadamente 70% de todas as mortes no mundo, correspondendo a 38 milhões de mortes anuais. Dessas, 16 milhões ocorrem em menores de 70 anos de idade e quase 28 milhões, nos países de baixa e média renda. Ciente que também são responsáveis pela redução da qualidade de vida e aumento de outras comorbidades, a importância do controle, prevenção e acompanhamento dessas afecções tornam-se relevantes.

            Durante reunião de equipe com cinco agentes comunitários de saúde (ACS), enfermeira e técnica de saúde, foram respondidas questões presentes no questionário da microintervenção norteado pelas recomendações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ/AB, que se segue:

 

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

X

 

 

 

X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

 

 

 

Cinco dias

 

 

 

 

Cinco dias

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

 

 

 

X

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

 

 

X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

X

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

 

 

 

X

 

 

 

 

X

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

 

X

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

 

 

X

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

X

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

 

 

 

X

 

 

 

 

X

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

 

 

 

 

X

 

 

 

 

 

X

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

X

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

 

 

 

X

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

 

 

X

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

 

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

 

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Oferta ações voltadas à atividade física

 

X

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

 

X

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

 

 

 

 

X

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

 

X

 

            Diante disso, na nossa equipe são adotadas medidas preventivas como: solicitação de exames de rastreio para nefropatia, neuropatia e retinopatia diabética; microalbuminúria 24h; exame dos pés para verificar alteração de sensibilidade e encaminhamento para realização de fundoscopia pelo oftalmologista, respectivamente; início de insulina para pacientes não controlados apenas com uso de hipoglicemiantes orais; registros em ficha espelho; garantia na facilidade do acesso à consulta e retorno para diagnóstico e controle das afecções crônicas.

            Somando-se a isso, realizamos o encaminhamento de usuários obesos com IMC maior ou igual a 40kg/mpara o ambulatório de obesidade, situado na policlínica da Esperança e de tabagistas para o ambulatório de tabagismo que ocorre na UBS do bairro de Pirangi conjunto, a fim de reduzir outras comorbidades e complicações preveníveis.

            Além disso, para facilitar o controle e a comparação dos exames solicitados periodicamente, foi proposta pela equipe a confecção de uma ficha espelho (Anexo 1) para resultados dos exames, a ser utilizada em cada prontuário, anexado na ficha de evolução do paciente.

            Como também, no intuito de realizar busca ativa desses pacientes, foi solicitado aos agentes comunitários de saúde a relação dos usuários diabéticos, insulinos dependentes e hipertensos crônicos, com a finalidade de solicitar os exames laboratoriais de rastreio e rotina, além de ajustar as medicações em uso, já que muitos pacientes estavam sem acompanhamento há, aproximadamente, dois anos.  

            Espera-se que com essas medidas um aumento no número de: pacientes acompanhados pela estratégia de saúde e família (ESF), acesso a medicamentos, estímulo e orientação para adoção de medidas modificáveis, como por exemplo, alimentação saudável, atividade física regular, cessar tabagismo e alcoolismo, visando diminuir a taxa das complicações preveníveis.

            Como dificuldade no processo de cuidado ao usuário com DCNT destaca-se a o baixo poder econômico, uma vez que muitos estão desempregados, não possuem renda fixa e com isso relataram dificuldade em realizar uma dieta equilibrada de frutas, verduras e cereais. Desta forma, optando pelos alimentos ricos em carboidratos refinados.

            Além disso, relataram não terem condições para adquirir tênis para realização adequada de atividade física, como também a falta de segurança no bairro para usufruir dos poucos espaços públicos para realização de caminhadas.

 

Anexo

 Anexo 1 – ficha espelho 

 REFERÊNCIA 

MALTA, Deborah Carvalho et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. Rev. Saúde Pública, v. 51, n. suppl 1, p. -, 2017.

 

 

 

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