O CUIDADO EM ADQUIRIR DOENÇAS CRÔNICAS
ESPECIALIZANDO: KARLLA KARYNA TEOTONIO FOLLI
ORIENTADORA: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES: ACS ANTONIO EVANDRO
ACS ANTONIO JOSÉ
ACS ANTONIA MADALENA
ACS ANTONIA VIANA
ENFERMEIRA ISADORA
O adoecer tem diferentes significados para cada usuário. A manifestação do sofrimento também varia de usuário para usuário, pois apresentam diferentes capacidades de lidar com os problemas sejam eles físicos, mentais ou sociais. Acolher é o início de um projeto terapêutico, mas também o início ou continuidade de uma relação de vínculo. É preciso manter os sentidos atentos, olhar também os sinais não verbais, para captar, o que se apresenta para além da demanda referida. Um usuário agitado que agora se mostra apático desproporcionalmente ao sintoma que se refere, ou uma pessoa com cefaléia frequente que esconde um caso de violência domiciliar são exemplos do que um olhar atento e acolhedor pode captar (BRASIL,2012).
Escutar a avaliação que os usuários fazem da sua situação é uma atitude de respeito e de apoio à construção de mais autonomia. Em outras palavras, a avaliação de risco e vulnerabilidade deve ser preferencialmente, um processo dialógico, não unilateral. Isso contribui para o autocuidado, assim como para a solidariedade entre os usuários (BRASIL,2012).
Faz parte do processo de trabalho da equipe “na primeira escuta do usuário”:
• Avaliar a necessidade de cuidados imediatos
• Prestar ou facilitar os primeiros cuidados.
• Identificar as vulnerabilidades individuais ou coletivas
• Classificar o risco para definir as prioridades de cuidado
• Organizar a disposição dos pacientes no serviço, de modo a acomodar os que necessitam de observação, ou administração de medicação, ou que estejam esperando remoção para outro serviço, ou que sejam suspeitos de portar doenças infectocontagiosas de transmissão aérea como meningite, por exemplo.
• Encaminhar o usuário para o cuidado de acordo com sua classificação (BRASIL,2012).
Estamos vivendo em meio ao caos, onde temos critério para melhores condições em saúde, porém, deixando sempre para o último lugar, o que não deveria acontecer. O respeito com a própria saúde está sendo negligenciada, hoje em dia a população tem mais facilidade em cuidados primários de saúde, porém, sempre deixando para no ultimo caso, muitos procuram a Unidade Básica de Saúde (UBS) quando o caos em sua saúde já está instalado, alguns podendo ser revertido, outros já não mais.
Nessa direção, temos as doenças adquiridas decorrentes alimentações inadequada e da ausência da prática de exercícios. Foi então realizado este questionário para que possamos destrinchar com maior clareza, duas das principais Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) prevalente no território, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM).
A HAS apresenta alta morbimortalidade, com perda importante da qualidade de vida, o que reforça a importância do diagnóstico precoce. O diagnóstico não requer tecnologia sofisticada e a doença pode ser tratada e controlada com mudanças no estilo de vida, com medicamentos de baixo custo e de poucos efeitos colaterais, comprovadamente eficazes e de fácil aplicabilidade na atenção básica (BRASIL, 2013).
O DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de obesidade vem atingindo crianças observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes (BRASIL, 2013).
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Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?
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SIM |
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SIM |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?
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5 |
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5 |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?
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SIM |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?
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SIM |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?
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SIM |
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Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?
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SIM |
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SIM |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?
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SIM |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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SIM |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?
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SIM |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?
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NÃO |
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NÃO |
A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção? |
SIM |
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SIM |
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Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? |
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SIM |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários? |
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SIM |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus? |
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NÃO |
EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
SIM |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
SIM |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
SIM |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
SIM |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
SIM |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
SIM |
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Encaminha para serviço especializado |
SIM |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
SIM |
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Os profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS) têm importância primordial nas estratégias de prevenção, diagnóstico, monitorização e controle da HAS. Devem também, ter sempre em foco o princípio fundamental da prática centrada na pessoa e, consequentemente, envolver usuários e cuidadores, em nível individual e coletivo, na definição e implementação de estratégias de controle à hipertensão (BRASIL, 2013).
O questionário foi realizado de forma unânime por toda equipe e as reflexões foram bastante positivas e constatamos que teremos muitos ações a se implementar, porém algumas atividades já fazem parte da rotina de nossa equipe: a questão do fundo de olho em pacientes com DM, quando julgamos necessário e tendo em vista o quadro clínico apresentado pelos pacientes, encaminhamos para o oftalmologista, garantindo assim a integralidade do cuidado em outro ponto de atenção, visto que em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS), não consta com este profissional e nem com equipamento necessário.
Nossa unidade básica de saúde (UBS), possui 2 (duas) estratégia de saúde da família, uma equipe zona urbana e outra zona rural; este trabalho é realizado pela equipe zona rural, muitos pacientes acompanhados por nossa equipe, mesmo com a dificuldade em acesso à unidade básica ou a ida rotineira do médico a zona rural, estão sempre em dias com suas receitas e tomada de medicamento, porém, negligenciavam em respeito a alimentação e prática de exercícios, contudo, outros pacientes negligentes em “tudo” em respeito a saúde e a tomada de medicamento.
Foi então realizada uma busca ativa de todos os pacientes que são portadores de diabetes e hipertensão, para avaliação médica e atualização dos livros da equipe, no qual é registrado o nome do paciente e o tratamento realizado, se está em dias com a avaliação médica, e assim, podemos avaliar e qualificar a priorização de cada paciente.
A UBS conta com o apoio matricial da equipe do Núcleo Ampliado em Saúde da Família, que com apoio a secretaria de saúde deste município, promovem ações, todas as sextas pela manhã, na praça da cidade direcionadas para pessoas que são portadores de tais doenças, e, para as que queiram ter um melhor cuidado com sua saúde.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Acolhimento e demanda espontânea: Queixas mais comum na Atenção Básica. volume 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
Ponto(s)