CAPÍTULO VI: Controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na Atenção Primária à Saúde
Estudante: Karel Gómez García
Orientador: Cleyton Cesar Souto Silva.
Doenças Crónicas não Transmissíveis: um olhar crítico dessas doenças na UBS Piçarreira.
A situação de saúde no Brasil se caracteriza por uma transição demográfica acelerada e por uma situação epidemiológica de transição das doenças transmissíveis para as doenças cónicas não transmissíveis. Uma população em processo rápido de envelhecimento significa um crescente incremento relativo das condições crônicas, em especial das doenças crônicas, porque elas afetam mais os segmentos de maior idade, de tal modo que 79,1% dos brasileiros de 65 ou mais anos relatam ser portadores de um grupo de doze doenças crônicas. Ademais, 31,3% da população geral, 60 milhões de pessoas, têm essas doenças crônicas. (OPAS, 2012)
As doenças crónicas tem relação evidente com os indicadores de mortalidade, tendo exemplo as doenças cardiovasculares que representavam em torno de 12% das mortes em 1930, responderam, em 2009, por quase 30% de todos os óbitos. (OPAS, 2012)
Esses elementos justificam fazer um analises de como são desenvolvidos os atendimentos dos pacientes com doenças crónicas não transmissíveis na UBS Piçarreira pela equipe da estratégia de saúde da família 010.
Tendo em consideração as recomendações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ/AB), nossa equipe fez uma avaliação dos indicadores, na reunião da equipe, onde foi feita uma leitura detalhada dos elementos que propõe o PMAQ/AB. Encontra se os seguintes com maior dificuldade em nossa UBS: a equipe não possui registro de usuários com diabetes e hipertensão com maior risco/ gravidade; a equipe não possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção; a equipe não tem um programa das consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado; a equipe não tem oferta de ações voltadas à atividade física e ações voltadas à alimentação saudável e a equipe tem dificuldades para acionar a equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS. Outra das dificuldades é a falta de grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso.
Com esses resultados dos analises, a equipe considerou necessário desenvolver ações encaminhadas para a solução deles, pois precisávamos de incrementar a qualidade dos atendimentos dessa turma de pacientes com DCNT. Vamos fazer uma descrição detalhada do processo de trabalho, foram preparados vários instrumentos que garantem o controle desses pacientes, por exemplo o Registro de pacientes com Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial (HAS). Anexo 6 e 7. Foi conformado também o registro de encaminhamentos dos pacientes para serviços especializados. (Anexo 8)
Nessa reunião decidimos como seria a programação de consultas desses pacientes, a equipe determinou que a frequência poderia ser de três em três meses, fazendo um analise da estratificação de riscos e a gravidade da doença de cada paciente, para isso conformou um registro (Anexo 9) para facilitar o controle de comparecimento as consultas, além de poder garantir o aviso para eles pelas Agentes Comunitárias de Saúde quando corresponde a consulta do paciente com DM ou HAS.
É importante dizer que não existe um bom acompanhamento e nem um bom tratamento sem a existência de ações que garantem as modificações nos estilos de vida desses pacientes, além das ações de promoção e educação em saúde e autocuidado para incrementar os conhecimentos. Por isso foi organizado as atividades de HIPERDIA, com o apoio do NASF 03, com a participação da psicóloga, do educador físico, o fisioterapeuta, o nutricionista e a técnica de enfermagem; foi determinado que o dia idôneo seria toda quinta feira de cada semana as 10 horas da manhã, para garantir a participação de um maior número de pacientes, ali seriam efetivadas palestras educativas de nutrição, de estilos de vidas saudáveis, além de verificação de pressão arterial e peso aos participantes, além desenvolver atividades físicas de acordo a capacidade de cada paciente, avaliação do uso dos medicamentos e outras ações.
Com essas ações permitiu a aproximação da equipe do NASF, que como foi explicado tenhamos dificuldades na participação deles de conjunto com a equipe da ESF.
Outra tarefa importante foram os encaminhamentos para o Nutricionista, para avaliar os pacientes obesos de nossa área de abrangência, para isso primeiro o paciente deveria ser avaliado por o médico ou a enfermeira, determinando o Índice de massa corpórea e a circunferência abdominal, para determinar o grau de obesidade que apresentam esses pacientes, foi proposto um registro de pacientes obesos. (Anexo 10)
Outra das ações foi formar um grupo dos pacientes obesos, para administrar palestras da doença Obesidade, suas complicações, os perigos para a vida das pessoas, os fatores de risco, a predisposição para outras doenças, além de reeducação alimentar.
É destaque puder falar, que durante o desenvolvimento do modulo, já tenhamos alguns resultados das ações propostas na reunião da equipe: os registros estão sendo atualizados, os grupos já estão funcionando com a primeira atividade no mês de setembro, e o nutricionista avaliou os primeiros 5 pacientes com obesidade da comunidade.
Outro componente importante é que em cada reunião da equipe efetivada semanalmente se faz uma avaliação do cumprimento das ações ´propostas para solucionar os problemas existentes, onde tem uma participação ativa todos os membros da equipe e dos professionais do NASF e temos o apoio incondicional da diretora da Unidade Básica de Saúde.
Referencias
_____. O cuidado das condições crônicas na Atenção Primária à Saúde: o imperativo da consolidação da Estratégia Saúde da Família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
Anexos
Anexo
Instrumento de controle de Pacientes Hipertensos.
UBS Piçarreira. ESF 010
No. De Ordem |
ACS |
Nome e Sobrenome |
Data de Nascimento |
Data de Diagnostico |
Fatores de Risco Associados |
Medicamentos que consume |
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Anexo
Instrumento de controle de Pacientes com Diabetes Mellitus.
UBS Piçarreira. ESF 010
No. De Ordem |
ACS |
Nome e Sobrenome |
Data de Nascimento |
Data de Diagnostico |
Fatores de Risco Associados |
Medicamentos que consume |
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Anexo
Instrumento de controle de Encaminhamentos a outros serviços.
UBS Piçarreira. ESF 010
No. De Ordem |
ACS |
Nome e Sobrenome |
Data de Nascimento |
Diagnostico |
Data de encaminhamento |
Especialidade ou serviço encaminhado |
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Anexo
Instrumento de controle de Programação de Consultas de
Pacientes Hipertensos.
UBS Piçarreira. ESF 010
ACS |
Nome e Sobrenome |
Fator de risco |
Data Cons. 1 |
Exames solicitados |
DataCons. 2 |
Exames solicitados |
Data Cons. 3 |
Exames solicitados |
Data Cons. 4 |
Exames solicitados |
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Anexo
Instrumento de controle de Pacientes com Obesidade.
UBS Piçarreira. ESF 010
No. De Ordem |
ACS |
Nome e Sobrenome |
Data de Nascimento |
IMC |
Circunferência abdominal |
Grau da Obesidade |
Avaliação pelo médico |
Avaliação pelo Nutricionista |
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Ponto(s)