MICROINTERVENÇÃO VI: O DESAFIO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA MINHA UNIDADE DE SAÚDE.
ESPECIALIZANDO: JORGE AUGUSTO ALVES DE AZEVEDO
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES: RAILMA CARREIRO NOBRE DA SILVA, ARTHUR LEANDRO SANTOS ASSUNÇÃO, ADRIANA PATRICIA FERREIRA DA SILVA, FRANCINALBA MOREIRA RIBEIRO, FRANCISCA FERNANDES DE LIMA E RAIMUNDO NONATO LIMA.
Questionário para microintervenção
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Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?
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X |
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X |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?
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10 |
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10 |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?
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X |
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X |
A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?
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X |
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X |
A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?
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X |
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X |
Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?
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X |
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X |
A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?
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X |
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X |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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X |
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X |
A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?
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X |
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X |
Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?
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X |
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X |
A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?
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X |
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X |
Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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X |
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X |
A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?
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X |
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X |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?
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X |
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X |
EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
X |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
X |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
X |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
X |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Encaminha para serviço especializado |
X |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
X |
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É um constante desafio o acompanhamento da população que sofre com doenças crônicas não transmissíveis, são consideradas um sério problema de saúde pública na atualidade, constituem uma epidemia em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Dentre as doenças crônicas mais prevalentes estão as afecções cardiovasculares, como a hipertensão arterial sistêmica, as neoplasias, as doenças respiratórias crônicas e o diabetes mellitus, além das doenças mentais, neurológicas, oftalmológicas, otológicas, osteomusculares e articulares, assim exigem contínua atenção e um conjunto de esforços para efetivação de políticas públicas e da sociedade em geral para resolução e combate a essa problemática.
Dentre as patologias citadas anteriormente ressalta-se a HAS e o DM por serem importantes fatores de risco para a morbimortalidade cardiovascular, o desafio do sistema público de saúde é garantir o acompanhamento sistemático da população portadora desses agravos, atuando no desenvolvimento de ações referentes à promoção e prevenção dessas doenças. Atualmente existe uma defasagem entre aos dados epidemiológicos e os números relativos ao registro de pacientes com hipertensão e diabetes, demonstrando assim uma baixa efetividade das ações de controle, promoção e cuidados continuados dessas enfermidades no âmbito da Atenção Básica, necessitando de um acompanhamento mais intenso das atividades realizadas por parte dos gestores e dos profissionais de saúde nessa área.
O Diabetes Mellitus (DM) é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo e se constitui em um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI. Nos anos 2000, havia 151 milhões de pessoas com DM em todo o mundo. Em 2015, o número total de pessoas com diabetes já chegou a 415 milhões, o que corresponde a uma prevalência de 8,8%. Além das taxas crescentes de mortalidade, o DM preocupa devido ao custo econômico associado à doença. Se a epidemia global de DM continuar aumentando, haverá, muito provavelmente, um crescimento maciço das despesas de saúde nos próximos anos. Atualmente, cerca de 12% das despesas globais em saúde já são atribuídas ao cuidado das pessoas com diabetes e suas complicações. (LACERDA, 2018, p.01)
No Brasil, aproximadamente 17 milhões de pessoas são portadoras de hipertensão arterial (HA), sendo 35% constituídas de indivíduos com 40 anos e/ou mais. Estimativas da Organização Mundial de Saúde inferem que o número de portadores da HA em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativa de alcançar 350 milhões de pessoas em 2025. (ASSIS, 2012, p.02)
Inicialmente foi realizada uma reunião com toda a equipe da área verde da unidade de saúde de bairro nordeste município do Natal, respondemos todos os questionamentos das tabelas anexas acima. Foi constatado que vários pontos que padeciam de melhora, a maioria diz respeito ao registro e organização de informações sobre usuários hipertensos e diabéticos atendidos pela unidade, não existe atualmente formulários de registro para acompanhamento dos casos mais graves, nem dos pacientes que apresentam comorbidades. A unidade ainda não realizou o Hiperdia esse ano, foi então pensada uma intervenção para atualizar as informações de usuários hipertensos e diabéticos, bem como reorganizar o fluxo de trabalha especialmente com esses usuários, tal intervenção receberá o nome de “Super Hiperdia”.
O ponto inicial foi formular uma ficha de registro única contendo o maior número de informações de saúde possíveis, com registro de agravos, medicações em uso, visitas aos especialistas, tempo de tratamento, ultimas mudanças no tratamento, controle de PA e glicemia, índices antropométricos. Posteriormente fazer a análise dessas informações e contatar os usuários que precisem de uma abordagem médica, avaliativa e alterações medicamentosas mais urgentes.
A intervenção foi pensada nos seguintes moldes; a ação vai acontecer no mês de Dezembro, foi dividido o grupo de trabalho em três subgrupos, o primeiro com a função de formular o material gráfico e de ornamentação do evento, o segundo subgrupo teria que preparar as palestras e as dinâmicas a serem realizadas no evento e o terceiro subgrupo teria a responsabilidade de atualizar os dados dos usuários participantes através de um formulário único com informações gerais, discutidos e definidos por todos os participantes da equipe em reunião.
Diante do exposto, reconhece-se que importantes iniciativas devem ser implantadas para melhorar o atendimento a portadores de HAS e DM, como atualização do aporte de medicamentos, triagem qualificada de doentes, otimização do acompanhamento de usuários diagnosticados. Destaca-se a necessidade de promover ações de capacitação dos profissionais objetivando um atendimento qualificado e vinculação aos hipertensos ou diabéticos sob sua responsabilidade sanitária. Além disso, tais atividades devem envolver a equipe multiprofissional, despertando em cada trabalhador em saúde o interesse e a participação no tratamento, monitoramento e avaliação dos usuários, além de assegurar o fortalecimento da Atenção Básica.
REFERENCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão e diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Ponto(s)