TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE.
ESPECIALIZANDO: Jefferson Endrisse.
ORIENTADORA: Maria Betânia Morais de Paiva.
Atualmente o uso excessivo de alimentos industrializados vem acarretando sérios problemas a saúde da população. A procura por alimentos de fácil preparo que contêm em sua composição altos níveis de sódio, gorduras saturadas, açúcares e corantes desencadeiam doenças crônicas comuns em nosso meio, dentre elas, o Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), levando também em consideração a predisposição genética, que contribui para esse processo, essas doenças já fazem parte do nosso cotidiano na Unidade Básica de Saúde (UBS).
Apesar dessas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) fazerem parte da rotina, a equipe não conta com nenhuma atividade exitosa para, promoção, a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos, deste modo, realizamos uma análise norteada pelas prioridades do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ- AB por meio de reunião com a equipe, incluindo o Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF).
Ao identificarmos as falhas como a ausência de protocolos para estratificação de risco, registros dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção, fichas e programação de consultas e exames a estes usuários, decidimos desde então, nos organizar para criar uma estratégia ágil e eficaz para transformar essa realidade. Inicialmente contamos com a ajuda das Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de cada micro área com a função de coletar dados e os organizar em uma planilha, em seguida a equipe classifica os pacientes com maior risco de gravidade e finalmente, agenda as consultas na Unidade Básica de Saúde (UBS), porém como trata de um trabalho extenso seguiremos coletando dados repassados. Diante da necessidade de registros em fichas, foram criados cartões para acompanhamento, a cada consulta do usuário é anotado data, Pressão Arterial (PA), hemoglucoteste (HGT), conduta/medicação, dose e intervenção. Desse modo estaremos investigando a fundo da evolução de cada paciente, organização das consultas programadas em uma agenda e contamos também com ajuda do fisioterapeuta e da nutricionista do NASF.
Com a ajuda do NASF foi realizada uma atividade chamada “Pesando mais Saúde” para as pessoas de risco, principalmente aos obesos, voltada a alimentação saudável. No primeiro momento, foi realizado avaliação antropométrica dos usuários, em seguida a palestra educacional e após, as orientações médicas. De forma geral, consideramos essa atividade exitosa, pois os pacientes vão regularmente a unidade acompanhar seu peso e pedir orientações aos profissionais, onde são debatidos assuntos como: o uso excessivo de sal que aumenta o risco de eventos cardiovasculares e de hipertensão, a implicação do fumo para doenças respiratórias, álcool e os males da inatividade física, percebemos interesse das demais pessoas da área de abrangência participar das atividades educativas.
Em relação a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica ou diabetes que necessitam de consultas e exames são tidos como prioridade, sempre marcados com antecedência pela equipe, no caso atendimento imediato são atendidos como prioridade e seguem sendo acompanhados pelas Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e posteriormente repassados a equipe para intervir.
Pode-se concluir que ao realizar esse trabalho na prevenção e promoção das DCNT no território onde temos um contato mais próximo com paciente, teremos a oportunidade de acompanhá-lo e poderemos reduzir significativamente as filas do Sistema único de Saúde (SUS) para consultas com especialistas, exames especializados e até cirurgias, visando à implementação de estratégias e atuando ativamente nesta temática dentro da realidade local.
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