TITULO: PROMOVENDO ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS PARA EVITAR DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRASMISSÍVEIS NA ATENSÃO BÁSICA
AUTOR: ISMEL SAUL GARCIA TOLEDO
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES: EQUIPE 142 DA UBS JOAQUIM SALDANHAS
Na minha Unidade Básica de Saúde (UBS), a obesidade e o excesso de peso são problemas de saúde muito freqüentes, porém não são causas de consultas médica freqüente, geralmente os pacientes com sobrepeso ou obesidade procuram apenas ajuda médica só quando outras doenças e complicações já estão presentes neles, as quais poderiam ter sido evitadas com atendimento médico precoce.
Sabendo que na patogênese da obesidade o estilo de vida das pessoas, desempenha um papel importante, principalmente no relacionado com a alimentação e atividade física, nossa equipe de saúde desenvolveu um projeto de intervenção para reduzir as elevadas taxas de obesidade que afetam nossa população.
A intervenção consiste nas seguintes linhas de ações:
1- Atividades de promoção da saúde sobre os seguintes tópicos:
– Aleitamento Materno;
– Alimentação saudável;
– Atividade física e práticas corporais.
Essas atividades são realizadas de forma individual e coletiva, aproveitando todos os espaços disponíveis, como consultas médicas; visitas domiciliares e atividades em grupo, entre outras, nas quais participam ativamente todos os profissionais da equipe básica de saúde. Para esse fim nos apoiamos em a guia alimentar para crianças menores dois anos (Brasil, 2013) e a guia alimentar para a população brasileira (Brasil, 2014), do Ministério da Saúde (MS).
2- Diagnóstico precoce da doença, avaliação do risco cardiovascular e conduta médica.
Para o diagnóstico precoce do excesso de peso e obesidade e a classificação, realizamos a avaliação nutricional de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), a toda a população atendida em consultas agendadas e demanda espontânea. Uma vez confirmado o diagnóstico, é realizada uma avaliação clínica abrangente do paciente, incluindo anamnese, exame físico e exames complementares para classificação e tratamento.
3- Matriciamiento e apoio interdisciplinar.
Todos os pacientes diagnosticados são encaminhados para avaliação por nutrição e outras especialidades se que foram necessárias devido ao seu estado clínico ou risco cardiovascular.
Este é um exemplo de como nossa equipe básica de saúde trabalha com doenças crônicas não transmissíveis, priorizando ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, sem esquecer os demais aspectos da atenção à saúde. No entanto, existem dificuldades e desafios a serem superados para alcançar os resultados esperados, um deles, por exemplo, é a falta de acesso à maioria da nossa população aos espaços para atividade física, práticas corporais e outras formas de exercício do corpo com segurança e sob supervisão profissional, outro exemplo dos desafios que enfrentam na luta para mudar o estilo de vida da nossa população é a estimulação constante na mídia para o consumo de produtos alimentares de baixo poder nutritivo e alto teor calórico, e em vez disso faltam incentivos para consumir alimentos saudáveis. Claro que são problemas cuja solução está além de nossas possibilidades, porém devido ao seu efeito negativo não podemos deixar de ter em conta e fazer tudo o que está ao nosso alcance até a sua solução.
Recentemente nossa equipe de saúde se reuniu para realizar uma avaliação dos resultados obtidos até o momento em relação às doenças crônicas não transmissíveis, com base no questionário utilizado pelo Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade (PMAQ). Cujos resultados nós expomos abaixo.
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Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?
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X |
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X |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?
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7 |
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7 |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?
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X |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?
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X |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?
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X |
Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?
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X |
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X |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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X |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?
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X |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?
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X |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?
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X |
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Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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X |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?
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X |
A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?
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X |
EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
X |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
X |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
X |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
X |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
X |
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Encaminha para serviço especializado |
X |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
X |
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Fonte: Brasil, 2017.
A análise mostrou que a nossa equipe básica, tem melhorado em várias questões, comparando com os resultados da última avaliação do PMAQ, porém ainda temos algumas questões com resultados negativos e que precisam ser resolvidos.
REFEÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável. Guia alimentar para crianças menores de dois anos. 2. ed. Brasília, 2013.
——. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília, 2014.
——. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Programa de Melhora do Acesso e a Qualidade (PMAQ). Instrumento de Avaliação Externa para as Equipes de Atenção Básica, Saúde Bucal e NASF (Saúde da Família ou Parametrizada). Terceiro ciclo. Brasília: 2017. 47-49 p.
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