26 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: CONTROLE DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS NA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE.

ESPECIALIZANDO: Islaydy López Hernández

ORIENTADOR: Maria Betânia Morais de Piva

COLABORADORES: Cayo Martins, Denice Vicente, Relva, Silvana, Lucia

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são a causa principal de mortalidade, incapacidade, além de serem responsáveis por impactos econômicos para famílias e comunidades, e para a sociedade geral na maioria dos países de nosso continente, incluindo o Brasil.

Diabetes Mellitus (DM), ou diabetes, assim como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma DCNT. Diabetes e hipertensão estão em constante associação devido à frequência em que ocorrem e por serem consideradas  problemas de saúde pública no Brasil e no Mundo. Estas doenças apresentam aspectos em comum como origem, fatores de risco, complicações e formas de tratamento. As duas são as doenças com maior incidência e prevalência na Unidade Básica de Saúde (UBS).

Nessa direção A microintervenção do módulo de “Controle das Doenças Crônicas Não  Transmissíveis na “Atenção Primária à Saúde” deve se nortear pelas prioridades do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ.Novamente, vamos fazer algumas perguntas e refletir sobre elas. Para isto, fomos norteados pelo questionário que se segue:

 

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

x

 

x

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

A primeira consulta começa no primer dia que que identifica –se que o paciente está com HTA , não precisa esperar por uma consulta agendada.

 

O paciente que detecta-se com Diabetes Mellitus não precisa agendar consulta para ser tratado e levar acompanhamento

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

 

x

 

x

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

x

 

x

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

x

 

x

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

x

 

x

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

x

 

x

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

x

 

x

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

x

 

x

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

x

 

x

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

x

 

x

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

x

 

x

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

x

 

x

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

x

 

x

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

x

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

x. A equipe faze fala educativa, encaminha para Nutricionista. Fazem acompanhamento para identificações de riscos de doenças crônicas secundárias.

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

x

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

x

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Encaminha para serviço especializado

x

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

x

 

 

As intervenções sobre a população que não apresenta doenças, mas com fatores de risco para adoecer, precisam ser dirigidas com a finalidade de dar suporte e apoio às mudanças de estilo de vida e das “escolhas” determinadas socialmente. Podem ser estruturadas a populações ou a indivíduos, a partir da estratificação de risco, para que a Rede de Atenção à Saúde (RAS) e dos outros setores possa ofertar a atenção correta às distintas necessidades das pessoas, com custo-efetividade e qualidade assistencial. Essas medidas precisam ser efetivas, seguras e aceitas pelos indivíduos e seu custo deve ser possível tanto para os serviços de saúde como para as pessoas em termos emocionais, físicos ou sociais (ROSE, 2010).

A equipe quando identifica um paciente com uma doença crônica, no momento faz a primeira consulta de avaliação, indica exames para confirmar o diagnóstico, se precisar medicamentos na hora são indicados, avalia fatores de risco, vulnerabilidade, incorporamos o paciente em programas de educação saudável com a finalidade de trabalhar a dieta e estilos de vida, no caso da necessidade de perda de peso em função da obesidade, pode se implementar ações com a família e comunidade, encaminhamos o paciente a consulta com psicologia, nutricionista e agendamos consultas para avaliação e controle da doença. Todas as ações são feitas com o objetivo de melhorar o estado de ânimo do paciente e evitar a aparição de complicações ou descompensarão da doença.

Tivemos dificuldades na identificação precoce de pacientes com doenças crônicas porque muitos deles tinham sintomas há muito tempo e não frequentavam às consultas do médico ou enfermagem, então muitos já tinham outras doenças secundárias associadas como complicações cardíacas, perda da visão, transtorno no metabolismo dos lipídeos sem tratamento ou acompanhamento.

Com a realização da microintervenção com a finalidade de prevenção e controle das DCNT nas comunidades atendidas pelo ESF12 foram elaboradas intervenções comunitárias com as famílias de pessoas saudáveis e doentes; ações para modificar os hábitos dietéticos; encorajamento dos pacientes com DM e HAS para tomar os remédios adequados; realizar o acompanhamento na UBS com regularidade e já conseguimos observar muitas mudanças na atenção, avaliação e acompanhamento de pacientes que chegam ao serviço com diagnóstico de HAS ou DM. Melhoramos no agendamento das consultas de pacientes, mudou a forma de acesso para as consultas com nutricionista do Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF). Organizamos o processo de trabalho da equipe na perspectiva de promoção da prática de atividades físicas, assim como fortalecer a modificação no estilo de vida desfavorável, pois essas ações são feitas com o objetivo de promover saúde e o bem estar do paciente.

REFERÊNCIA:

ROSE, 2010 G. Estratégias da medicina preventiva. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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