TÍTULO: ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇAÕ PRIMÁRIA NA UBS CENTRO UM, NOVA CRUZ.
ESPECIALIZANDO: Isabel Zayas Ferrer
ORIENTADOR: Maria Betânia Morais De Paiva
Um grande desafio atual para as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) é a atenção em saúde para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Estas condições são muito prevalentes, multifatoriais com coexistência de determinantes biológicos e socioculturais e sua abordagem, para ser efetiva, necessariamente envolve as diversas categorias profissionais das equipes de saúde e exige o protagonismo dos indivíduos, suas famílias e comunidade. (1)
Na minha Unidade Básica de Saúde (UBS) foi feita uma reunião com a equipe e o tema discutido foi atenção às DCNT na atenção primária. Para isso foi respondido um questionário com as prioridades do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) sobre esse tema.
Nossa equipe realiza consulta para pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e/ou Diabetes Mellitus (DM) e cada semana temos um dia dedicado a consulta para esses pacientes com atendimento médico e de enfermagem. O tempo de espera para a primeira consulta de pessoas com HAS e/ou DM na unidade de saúde pode variar segundo o paciente. Se tiver alguma condição de risco ou gravidade, a consulta é imediata. Se não tiver, então a consulta é agendada em até máximosete dias. A equipe também utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão e avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos o que fornece um melhor atendimento.
Além disso, a equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade. Os dados foram recolhidos pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
No |
Micro-área/ Prontua-rio |
Nome e Sobre-nome |
SUS |
Idade |
Tipo de DM |
Comorbida-desclínicas |
Presença de úlceras |
Data da última consulta |
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A equipe também utiliza fichas de cadastro e acompanhamento de pessoas com HAS e ou DM; realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial e programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado.
Ademais a equipe possui registro dos usuários com HAS com maior risco/gravidade. Esse registro foi preenchido com a colaboração de toda a equipe.
No |
Micro-área/ Prontua-rio |
Nome e Sobre-nome |
SUS |
Idade |
Tipo de HAS |
Comorbida-des clínicas |
Doença cardiaca |
Data da última consulta |
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Com relação à fila de espera e acompanhamento dos usuários com HAS e/ou DM que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção, a equipe realizar a acompanhamento e monitoramento de parte desses casos e os demais pacientes é encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e ela é a responsável de coordenar isso.
A equipe não possui o registro completo dos usuários com HAS e/ou DM de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção. Muitas vezes os encaminhamentos são feitos por outros especialistas e coordenados pelos níveis secundários sem informar à UBS nem à SMS.
A equipe programa as consultas e exames de pessoas com DM em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado em coordenação com a SMS; às vezes demora por causa de falta de recursos, mas são remarcados quando não for possível nesse momento. A equipe também realiza exame do pé diabético periodicamente aos usuários e exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus.
Em relação às pessoas com obesidade a equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) de todos os usuários atendidos. Após a identificação dos usuários com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2); eles são encaminhados à consulta com o nutricionista do Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF) para ofertar ações voltadas à alimentação saudável; são indicados os exames necessários e é agendada sua próxima consulta na UBS para seu acompanhamento. Se alguns desses pacientes precisa uma consulta no serviço especializado sua referência é coordenada pela equipe e pela SMS.
Em nossa UBS são realizadas várias ações na atenção à saúde das pessoas vivendo com DCNT em nosso território; por exemplo: ofertamos palestras sobre hábitos e estilos de vida saudáveis; ofertamos ações voltadas à atividade física como caminhadas pela saúde com a participação da equipe; coordenamos um grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder pesoe realizamos palestras sobre o cuidado geral que as famílias com esse tipo de pacientes precisam ter.
Depois de responder o questionário e realizada a microintervenção, a equipe aprendeu que ainda temos que trabalhar mais na atenção às pessoas com DCNT em nossa população, pois o acompanhamento fornecido não é suficiente. Temos vários pacientes com presença de obesidade sem avaliação adequada pela equipe, assim como pacientes que recusam de cumprir com as indicações necessárias.
Nossa UBS conta com várias potencialidades como a presença de NASF e de vários especialistas no municípiopara avaliar os pacientes que precisam de um acompanhamento pela atenção secundária. Além disso, contamos com a presença de um hospital municipal que fornece atendimento aos casos de urgência referidos pela equipe.
Foi identificado como uma grande dificuldade para fazer o trabalho, a presença de duas microáreas descobertas sem ACS, o que dificulta a coleção dos dados necessários, assim como o acompanhamento adequado desses pacientes.
Observamos como mudou a idéia da equipe sobre todas as ações que podem ser feitas na atenção primária para fornecer um adequado atendimento aos pacientes com DCNT.
REFERÊNCIAS