23 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

 

TÍTULO: ATENÇÃO DAS DOENÇAS CRÕNICAS NÃO TRANSMISÍVEL NA UBS

ESPECIALIZANDO: Indira González Boan

ORIENTADOR: Maria Betânia Morais de Paiva

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) constituem as principais causas de morbimortalidade de todo o mundo. Sendo um problema de saúde pública a Hipertensão Arterial Sistêmica (HSA) e o Diabetes Melitus (DM) com consequências devastadoras, com um elevado risco de doenças coronárias e cerebrovasculares. A Atenção Primária em Saúde (APS) é o nível de densidade tecnológica responsável pelo desenvolvimento de ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, constituindo grandes desafios para se alcançar a integralidade na assistência aos usuários com hipertensão e diabetes.

 

Na maioria das vezes, o aparecimento dessas enfermidades ocorre como consequência da adoção de estilos de vida poucos saudáveis por parte da população. Os fatores de risco mais comumente encontrado são: obesidade, sedentarismo, tabagismo, hábitos dietéticos desfavoráveis que somados a predisposição genética pode desencadear as doenças crônicas e degenerativas. Por serem patologias de preocupação do Ministério da Saúde, minha equipe decidiu fazer a microintervenção sobre esse tema tão importante para aumentar a qualidade de vida das pessoas com DCNT e diminuir a sua incidência no território. Então nosso trabalho tem como objetivo prevenir, mediante promoção da saúde e prevenção desses agravos, assim como, prevenir as complicações em pacientes com essas patologias.

 

Em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) a distância dificulta o acesso da população ao serviço de saúde, principalmente, a população idosa. O total de pessoas atendidas em nossa UBS é de 2008 pessoas, distribuídas em 849 famílias. Atualmente, temos um total de 97 hipertensos e 42 diabéticos que são acompanhados pela Equipe de Saúde da Família (ESF) em consultas programadas, além de atendimentos por demanda espontânea.

           

Ao analisar o conjunto de padrões de qualidade a equipe identificou dificuldade no controle dos pacientes com DCNT, vimos a necessidade de efetuar ações no intuito de obter mudanças no estilo de vida da população, promover saúde e prevenção das complicações destas doenças, além disso, diagnosticar novos casos os quais permanecem assintomáticos porem sim diagnostico.

 

A microintervenção foi dirigida ao grupo de pacientes com hipertensão e diabetes, com debate sobre alimentação saudável, estilo de vida, educação, tratamentos, riscos, complicações, etc.

 

Nossa microintervenção foi realizadana ESF- Amarelão , no Município de João Câmara no estado do RN. Participarão da intervenção todos os usuários com HAS e DM moradores na área de abrangência da UBS.

 

A equipe fez uma matriz de intervenção com o objetivo de obter melhor controle das DCNT para sua prevenção.Para o desenvolvimento da micro intervenção foram feitas ações assistenciais e educativas na comunidade e na própriaUBS.

 

Descrição do padrão: Controle das DCNT pela ESF.

 

Descrição da situação problema para o alcance do padrão: Elevadamorbimortalidade das DCNT e fatores de risco na área.

 

Objetivo/meta: Controlar pacientes com DCNT e diminuir a morbimortalidade provocada por essas doenças.

 

Estratégias para alcançar os objetivos e metas: Educação em saúde, organizaçãodo trabalho da ESF.

Atividades a serem desenvolvidas: Atividades educativas de promoção de saúde e prevenção das DCNT na comunidade e UBS. Aferição de Pressão Arterial (PA) e glicemia, cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC).

 

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades: Recurso humano (profissionais da saúde e pacientes), prontuários, esfigmomanômetro, glicômetro, fita métrica, balança, local para palestra.

 

Resultados esperados: Maior conhecimento na população para a percepção dos riscos e diminuir a incidência das DCNT.

 

Dentro das principais dificuldades e limitações enfrentadas com a população hipertensa e diabética identificamos uma quantidade significativa de usuários com o cadastro desatualizado, a deficiência de atividades educativas voltadas para esse grupo, falta de acompanhamento pela dentista, assim como atrasos nas consultas agendadas conforme os protocolos. Essas situações impediam o bom acompanhamento dos pacientes no território. Desse modo, em parceria com a equipe procuramos reorganizar atenção a esse grupo na perspectiva melhorar o controle de pacientes DCNT, seguir os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde e evitar complicações decorrentes desses agravos.Para alcançar nossos objetivos iremos programar reorganizar a agenda com ampliando as ofertas para as consultas programadas e espontâneas e realizar visitas domiciliares de forma sistemáticas para aqueles pacientes que não tenha condições de irem a UBS, fortalecer as atividades coletivas e de educação em saúde. Acreditamos que a incorporação dessas ações no cotidiano de nossas práticas irá contribuir para um melhor avaliação e controle das DCNT no território com impactos reais na qualidade de vida da população.

 

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