TÍTULO: “O desafio das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na minha Unidade de Saúde“
ESPECIALIZANDO: Flávia Nathália de Góes Chaves
ORIENTADOR: Isaac Alencar Pinto
As doenças crônicas não transmissíveis apresentam enorme importância e prevalência no contexto de Saúde Pública. São doenças relacionadas a múltiplos fatores, sejam esses genéticos e ambientais e, muitas vezes, podem surgir em decorrência da outra, exatamente por esse conceito multifatorial. Geralmente apresentam início insidioso e progressivo, podendo apresentar períodos de agudização ou descompensação e sequelas irreversíveis a longo prazo. Todavia, por essas mesmas características, são, em sua maioria, doenças passíveis de rastreio e controle. Dentre as mais prevalentes pode-se citar a Hipertensão Arterial Sistêmica, o Diabetes Mellitus, a Asma e a Obesidade (BRASIL, 2013).
A Estratégia de Saúde da Família pode e deve atuar na atenção aos indivíduos portadores de doença crônica ao proporcionar um cuidado continuado e pela possibilidade de melhorias com o uso de tecnologias leves e estímulo à mudança do estilo de vida (BRASIL, 2013).
Dessa forma, em reunião de equipe, respodemos o questionário proposto, com base no Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ (Imagens 20 e 21).
Imagem 20: Questionário sobre Controle das doenças crônicas não transmissíveis na Atenção Primária à Saúde (parte 1) – Equipe 96 da USF Felipe Camarão III.
Imagem 21: Questionário sobre Controle das doenças crônicas não transmissíveis na Atenção Primária à Saúde (parte 2) – Equipe 96 da USF Felipe Camarão III.
A atenção à saúde das pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis no território de nossa equipe é realizada por meio do cuidado programado e continuado. Porém, ao respondermos o questionário supracitado, nos deparamos com algumas deficiências em nosso manejo e acompanhamento desses pacientes, principalmente nos portadores de uma das doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes em nosso território: a Diabetes Mellitus (DM) Não possuíamos até o momento, quaisquer registro dos usuários avaliados por meio do exame do pé diabético.
Dessa forma, em seguinte reunião de equipe, formulamos uma tabela de registro completa a qual evidenciará dados importantes de controle do paciente diabético, tais como seu tempo de doença, medicações em uso, presença ou não de comorbidades. Além disso, constará informações imprescindíveis quanto à avaliação dos pés e risco de maior gravidade da doença de base, tais como se há presença de lesões (úlceras, traumas) e/ou infecções (onicomicose, infecção secundária de lesão de pele), além do registro de perda ou não de sensibilidade ao exame, visando assim estratificar o risco e melhor gerenciar o cuidado (Imagens 22 e 23).
Imagem 22: Registro de controle dos pacientes portadores de pé diabético da Equipe 96 – USF Felipe Camarão III (parte 01/02).
Imagem 23: Registro de controle dos pacientes portadores de pé diabético da Equipe 96 – USF Felipe Camarão III (parte 02/02).
Consideramos ainda ser fundamental o registro de encaminhamentos aos serviços especializados daqueles casos de difícil controle ou refratários ao tratamento instituído a nível primário, visando assim, garantir a continuação do cuidado e o uso atualizado e consciente da rede de atendimento do SUS.
Portanto, com a melhoria desses registros, buscamos aprofundar o nosso próprio conhecimento a respeito das particularidades da população por nós assistida. Por conseguinte acreditamos que conseguiremos otimizar e potencializar o atendimento, tornando-o mais resolutivo e reduzindo os riscos de um inadequado acompanhamento destes usuários.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
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