10 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO: Práticas educativas para prevenção e controle da obesidade, na UBS Vila São Bernardo, Luís Gomes, RN.

ESPECIALIZANDO: Dunia Madrigal González.

FACILITADOR: Isaac Alencar Pinto. 

 

       As doenças crônicas não transmissíveis se apresentam no Brasil como um grande enfrentamento da saúde pública. A complexidade de um perfil nutricional que se ver nos dias de hoje, demonstra a relevância de novos objetivos dentro da Atenção à Saúde, incorporando de vez as ações de promoção de saúde, prevenção e tratamento adequado das doenças crônicas não transmissíveis.
      Neste grupo de doenças crônicas não transmissíveis, observa-se a obesidade tanto como uma doença, como também um fator de risco para outras doenças crônicas. A continuidade da obesidade e o sobrepeso está aumentando de um modo significativo. A nova maneira de viver da sociedade tem revelado um padrão alimentar, que junto ao sedentarismo, ocasiona um grande problema a saúde da nossa população. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição define a obesidade como um dos grandes problemas do contexto atual, além da organização do cuidado integral do indivíduo com sobrepeso e obesidade, promovendo uma alimentação equilibrada, vigilância do estado nutricional e uma vida saudável, são as principais metas no sistema de saúde para uma alta qualidade de vida. (BRASIL, 2006).
     A obesidade é caracterizada pelo grande acúmulo de gordura corporal no indivíduo. Pode ser compreendida como um agravo de caráter de diversos fatores que facilita e resulta no acúmulo de gordura. Entre suas causas, estão: fatores biológicos, genéticos, econômicos, sociais, culturais, e maus hábitos alimentares. Para o diagnóstico em adultos, o modo utilizado mais comumente é o de índice de massa corporal (IMC). (OMS, 2000).
      Na Unidade Básica de Saúde Vila São Bernardo, município de Luís Gomes, RN, os membros da equipe vêm realizando o diagnóstico de saúde situacional da nossa área de abrangência, onde percebemos que existe uma alta incidência de pacientes adultos com diagnóstico de obesidade. A equipe trabalha com grupos de hipertensos e diabéticos em consulta de seguimento e realizamos ações de intervenção com os mesmos, mas se deixou de dispor a obesidade e o sobrepeso como fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, tais como hipertensão arterial crônica, diabetes Mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, e dislipidemias, entre outras; tendo como consequência maior, risco de mortes prematuras ou redução da qualidade de vida do indivíduo.
      Foi marcada uma reunião com toda a equipe, em conjunto com os profissionais do NASF. Começamos com o trabalho dos agentes de saúde, identificando e encaminhando a todos os pacientes obesos com fatores de risco associados. Determinamos um dia da semana para avalição antropométrica com cálculo de IMC, aferimento de pressão arterial e teste de glicemia capilar. Criamos dois grupos de pacientes, um deles os obesos com fatores de risco e o outro, os obesos sem fatores de risco, para trabalhar de forma diferenciada, com medidas educativas e preventivas e o outro com controle de doenças.
      Em parceria com o NASF, se realizaram consultas de avaliação integral dos indivíduos, palestras educativas sobre conhecimento da obesidade, como doenças e como fator de risco, e suas principais complicações, para então, desta forma, conscientizar a população sobre os danos e a necessidade de vencer o desafio. Incentivamos aos usuários a prática de exercícios físicos sistematicamente, em conjunto com a educadora física utilizando vários aparelhos de aprendizagem. Foi disponibilizado vários cardápios pela nutricionista com alimentos saudáveis e naturais. Solicitou-se em conjunto com os líderes da comunidade a prefeitura municipal, a necessidade de implementar uma academia ao ar livre para pacientes idosos, já que nossa área não dispõe de um local apropriado para a prática de exercícios e apresentamos a prevalência maior de hipertensos e obesos entre as demais áreas de saúde. 

    Sugere-se, essencialmente, a reorganização dos serviços de saúde no contexto da Atenção Primaria com ênfase na promoção da saúde, baseado em práticas educativas para prevenir a obesidade, identificando as necessidades de intervenção para cada indivíduo. Desta forma, é necessário promover a educação permanente dos agentes comunitários de saúde como estratégias essenciais para a prática na promoção da saúde de forma ativa por meio de ações educativas na comunidade.
       Diante da importância desse tema, é necessária a realização de mais estudos que investiguem a efetividade de intervenções de promoção da saúde voltadas para a população com o intuito de diminuir a prevalência e agravos de doenças crônicas não transmissíveis.

 

 

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