Relato de Experiência VI de DAIANA LOUISE ANDRADE SILVA

MICROINTERVENÇAO VI

O DESAFIO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UNIDADE DE SAÚDE MARIA DANTAS DE CARVALHO EM CRISTINÁPOLIS-SERGIPE.

ALUNA: DAIANA LOUISE ANDRADE SILVA

ORIENTADORA: JULIANA FERREIRA LEMOS.

          Para a realização da microintervenção a respeito do controle das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na atenção básica a equipe 07 da unidade básica de saúde Maria Dantas de Carvalho, do centro de Cristinápolis-SE realizou uma reunião com todos os membros da equipe no dia 11/09/2018 e juntos discutimos sobre nossa atual atuação em relação ao manejo dos pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis e a ações operacionais em frente ao combate dos novos casos e da diminuição dos casos de risco já identificados. A equipe em comum acordo e após discussão respondeu o questionário disposto no módulo, este segue em anexo abaixo.

          Realizamos a atenção a saúde desses usuários com o seguimento semanal destinando as terças feiras de atendimento aos pacientes do programa HIPER-DIA, são realizadas primeiras consultas sobre a demanda de agendamento prévio e consultas de seguimento desses pacientes já identificados, é confeccionado registro dos pacientes portadores de diabetes melitus e ou hipertensão arterial pelo agente de saúde para mantermos um controle do número de casos e realizar um seguimento regular e direcionado assim como busca ativa quando necessário. A equipe não dispõe de ficha de cadastro especifica para os pacientes de maior risco/gravidade, diante de tais casos é realizado agendamento com periodicidade menor, conforme cada caso, solicitado controle dos sinais vitais como pressão arterial e glicemia capilar diária dos pacientes para seguimento mais de perto, o paciente é orientado realizar o controle na unidade básica com a técnica de enfermagem que foi capacitada  a identificar as alterações que necessitem de retorno a consulta medica precocemente, pacientes que faltam ao controle ou a consulta agendada são identificados e é solicitado ao agente de saúde realizar a busca ativa dos mesmos.

          A unidade de saúde dispõe de atendimento de cardiologista na mesma unidade e nossa referência a essa especialidade é de fácil acesso, porém enfrentamos dificuldade em relação a referência com a endocrinologia via secretaria de saúde do município, a maioria dos casos, as consultas não são liberadas quando solicitadas e há uma fila de espera longa, para minimizar essa problemática foi realizada uma ação através da Coordenadora da atenção Básica do município no dia 15/09/2018, em Cristinápolis, denominada Mutirão da independência contra o Diabetes pelo médico endocrinologista, Dr. Raimundo Sotero, de Aracaju, que esteve presente no município junto com seus alunos, estudantes de medicina, e realizou atendimentos aos pacientes com desordens endocrinológicas identificadas pelos médicos de todas as equipes do município para minimizar a demanda reprimida desses pacientes na nossa comunidade.

          Em relação ao enfrentamento da obesidade, a equipe sempre realiza aferição antropométrica do peso e altura antes de todas as consultas e quando identificado IMC>ou =30 kg/m2 o paciente é cadastrado no registro de paciente com obesidade e são realizadas medidas de seguimento como acompanhamento regular médico, encaminhamento para a avaliação da nutricionista do município do NASF que mantem contato de referência e contra referência com a equipe de saúde da família, e também para a avaliação da educadora física que realiza programas de ação de grupos de apoio para pacientes obesos e realização regular de práticas de atividade física com esse grupo de usuários. Assim como temos essas profissionais no município para o apoio ao combate da obesidade, também realizamos o encaminhamento para os pacientes hipertensos e diabéticos, principalmente os de tais morbidades descompensadas, para o seguimento e implementação mais efetiva das mudanças de hábito de vida como parte fundamental do tratamento e controle das doenças crônicas não transmissíveis, DCNT.

          Com toda a discussão sobre o tema na última reunião do dia 11/09/2018 a equipe de saúde considera nossa atuação muito atuante e organizada no controle das DCNT, porém o número de casos é muito elevado e o controle é um grande desafio no nosso cotidiano pelas dificuldades econômicas que por vezes limita os pacientes ao acesso a melhores instrumentos, medicações e exames específicos necessários para o maior controle e também pela dificuldade de compreensão dos usuários da importância na adesão ao tratamento e as mudanças de hábitos de vida mesmo com toda nossa orientação e educação em saúde sempre usadas como um dos principais serviços proporcionados pela equipe, que mesmo com toda dificuldade segue disposta a proporcionar sempre novas medidas práticas e eficazes para esse enfrentamento.

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