18 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 TEMA  – Controle de doenças crônicas não transmissíveis na UBS Genésio da Silva

ESPECIALIZANDA: DRA. ANELLY ARENCIBIA CABRERA

ORIENTADOR:ROMANNINY HEVILLYN SILVA COSTA ALMINO

 

Relato de Experiência

Um grande desafio atual para as equipes de Atenção Básica é a Atenção em Saúde para as doenças crônicas

            Nesse contexto, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo diretrizes, metodologias e instrumentos de apoio às equipes de Saúde e realizando um esforço para que se organize a Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas. Esta rede visa qualificar o cuidado integral, unindo e ampliando as estratégias de promoção da saúde, de prevenção do desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações, e de tratamento e recuperação (BRASIL, 2014.)

De acordo com o exposto, no presente mês foi realizada uma reunião com a equipe Estratégia de Saúde da Família (ESF) Genésio da Silva,nossa área apresenta um número considerável de pacientes com diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) descompensada.

Foi imprescindível desenvolver uma matriz de intervenção que o intuito de melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Para realizar este processo foi respondido o questionário . Tal questionário possuía 22 questões envolvendo o cuidado realizado para a pessoa com hipertensão, diabetes e obesidade. Sendo assim, durante o mês de setembro durante a reunião mensal da equipe de saúde o questionário foi respondido e encontra-se, em anexo.

 Nesse momento, fizemos uma análise real das ações preconizadas, de modo a servir como ponto de partida para o desenvolvimento do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).

 

 

 

 

Frente a essas dificuldades, realizamos a seguinte matriz de intervenção

 

Quadro 01 – Matriz de Intervenção

Descrição do padrão:Hiperdia

Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: Prevalência de pacientes com diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) descompensada

Objetivo/meta: Realizar busca ativa de pacientes diabéticos e hipertensos sem diagnóstico,além de acompanhar e controlar os pacientes já diagnosticados.

 Estratégias para alcançar os objetivos e metas

Educaçãoemsaúde

Atividades a serem desenvolvidos (detalhamento da execução).

Palestrasna unidade; aferição da pressão arterial; verificação de glicemia capilar; cálculo do índice de massa corporal (IMC); mensuração da circunferência abdominal; revisão de prontuário.

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades

Aparelho para medir pressão arterial; glicosímetro; fita métrica; balança; transporte; medicamentos; prontuário dos pacientes.

Resultados esperados

Acompanhamento regular; evitar complicações; melhorar os valores de pressão arterial e glicemia; diagnosticar mais casos de pacientes hipertensos e diabéticos.

Responsáveis

Equipe de saúde da família

Prazos

6 meses

Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados

Valores normais de glicemia e pressão arterial;; aumento do número de pacientes diagnosticados com HAS e/ou DM

 

A microintervenção foi organizada da seguinte forma: os Agentes de Saúde encaminharam um grupo de pacientes para a unidade com o objetivo para avaliação. A avaliação incluía: aferição da pressão Arterial, glicemia, medição da circunferência abdominal e cálculo do índice de massa corporal (IMC).

Ao desenvolver as atividades estabelecidas na matriz de intervenção foi possível realizar a busca ativa de novos pacientes ainda não identificados e acompanhados pela equipe, conhecer as principais causas que determinam a descompensação das doenças crônicas e os principais fatores de risco da nossa comunidade.

No primeiro momento, ao lado da enfermeira Janette, realizamos uma palestra sobre os riscos da descompensação do DM e da HAS, incluindo elementos como a mudança de hábitos de vida, onde havia um grande número de pacientes. Muitos relatam sobre as dificuldades que encontram em tomar os remédios indicados e se alimentarem corretamente.

É importante salientar que a área do São Silvestre é predominante de pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica. Muitos sobrevivem com o valor que recebem do programa de transferência de renda, Bolsa Família, e têm dificuldades de comprar alimentos.

Foram escutadas cada uma das dúvidas sobre a hipertensão arterial e diabetes e de certa forma conseguimos saber as principais dificuldades que eles tinham e entender os motivos pelos quais a equipe recebia inúmeros casos de pacientes descompensados, apesar do comparecimento às consultas regularmente.

               Em seguinda, os pacientes foram para a sala de triagem onde, os técnicos de enfermagem realizaram aferição da pressão arterial, glicemia e dados antropométricos, incluindo altura, peso e circunferência abdominal.

Durante a consulta médica, foram classificados os pacientes com HAS e/ou DM descompensada, calculado o IMC, instituída a terapêutica adequada e fornecidas orientações. A equipe pôde constatar os dados alarmantes de DM e/ou HAS descompensada, necessitando de mais ações que abordem os fatores de risco modificáveis.

Uma das nossas dificuldades foi a marcação de exames pelo sistema único de saúde-SUS. Esperamos que nos próximos 6 meses esses pacientes consigam compensar essas doenças crônicas e adquirir um estilo de vida mais saudável.

               Nossa ação é destinada a melhorar o estilo de vida desses pacientes  mediante  palestras educativas, orientações, promovendo atividade física, dicas de alimentação saudável, monitoramento do peso e exames laboratoriais, para que possam ter uma evolução adequada dessas doença.

               Pretendemos ainda aumentar o número de pacientes participantes de nossas atividades e identificar mais pacientes subdiagnosticados com DM e HAS.

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

 

Anexo 01 – Questionário de atividades desenvolvidas pela UBS no controle das doenças crônicas não transmissíveis.

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

X

 

X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

7

 

7

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

X

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

X

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

X

 

 

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

X

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

X

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

 

X

 

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

X

 

X

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

X

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

X

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

X

 

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Oferta ações voltadas àatividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

X

 

 

 

 

 

 

                                                                                        

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