23 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CONTROLE DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA COMUNIDADE DE PLANÍCIE DAS  MANGUEIRAS NATAL/RN

 

Especializando: Aline Silva de Deus Mocitaiba  

Orientadora: Maria Helena Pires Araújo Barbosa         

 

Nesta microintenveção abordaremos sobre doenças crônicas não transmissíveis na unidade de Planície das Mangueiras Natal/RN. Inicialmente reunimos toda equipe composta pelos ACS (agentes comunitários de saúde), técnicos de enfermagem. Na área não há enfermeiro, por esse motivo esteve ausente.

Foi apresentado questionário sobre situação de hipertensos e diabéticos de nossa área e foi bastante proveitosa a avaliação, pois a partir do reconhecimento dos problemas vivenciados na comunidade é possível agir com objetivo de melhorar a qualidade e sobrevida dos pacientes.

Grande parte dos usuários que frequentam a unidade são pacientes portadores de doenças cardiovasculares que tem como principal causa a hipertensão arterial sistêmica, sendo ainda são uma das principais causas de mortalidade na população geral. Apesar de não ser conhecimento de toda população o diagnóstico dessa comorbidade cerca 50% dos indivíduos que desconhecem diagnóstico, além de poucos destes pacientes possuirem controle pressórico adequado de acordo com a nova diretriz de hipertensão 2018.

Sabe-se que há uma prevalência acentuada de hipertensos, porém um descontrole muito grande dessa doença crônica não transmissível. Alguns pacientes desconhecem a doença e outros com diagnóstico não tem controle da mesma ou por não fazer adesão medicamentosa adequada, ou não fazer dieta e atividade física, além de em alguns casos o descontrole se dá pelo não ajuste de doses de medicação. Assim como hipertensão há também o diabetes, doença de alta prevalência na população, principalmente do diabetes tipo 2, que tem como fator de risco a obesidade, sedentarismo. O diabetes também está relacionado ao elevado risco de doenças cardiovasculares e também aos maiores índices de internamentos pelas complicações relacionadas a doença como: amputações, retinopatia e nefropatia diabética, além de doenças cerebrovasculares.

Observamos quando se fala em doenças cardiovasculares também não podemos deixar de falar em diabetes, visto que a maior parte da população que visita nossa unidade são portadores de hipertensão e diabetes. Esse levantamento para realização da microintervenção foi importante, visto que podemos ter maior visibilidade e controle dos pacientes de nossa área com maior necessidade de intervenção imediata, prioritária em relação a outros com mesma comorbidade, porém controlada. Isto para que esses pacientes potencialmente graves tenham melhor acompanhamento, maior visibilidade e melhor assistência médica.

Foi aplicado o questionário orientado para realização da microinternvenção e o observado durante o interrogatório sobre mapeamanto desses pacientes foi que a não há registo definindo a estratificação da doença e nem a gravidade da doença.  Há atendimento de hipertensos e diabéticos, realizados todas as quintas feiras, pela amanhã, onde os pacientes são direcionados ao preparo, onde são aferida as pressões e os pacientes são direcionados para atendimento médico. Da mesma forma os pacientes com diabetes passam pelo mesmo procedimento até serem conduzidos para avaliação. Não havia até então uma relação de pacientes hipertensos e diabéticos potencialmente graves ou descontrolado e vimos que há uma necessidade de manter informação atualizada sobre esses pacientes. Para esses pacientes crônicos normalmente as consultas são marcadas por demanda espontânea ou 3 a 5 dias se paciente não estiver assintomático. Temos um dia para que haja renovação das receitas, porém se por acaso haja necessidade extrema esse paciente passam pela triagem, onde será encaminhado para avaliação para ajuste de medicação ou encaminhamento para urgência. De acordo com os agentes de saúde as fichas para controle dessas doenças já existiu, mas há algum tempo e não utilizam mais. A equipe considerou importante o retorno desse formulário, visto que facilita melhor controle desses pacientes além de fazer a estratificação de risco. Sabendo dessa deficiência criei uma tabela que será distribuída para os ACS com objetivo de facilitar a informação dos pacientes de nossa área e fazer melhor monitoramento dos mesmos. Os exames desses pacientes são feitos periodicamente com algumas limitações durante as consultas médica. São solicitados exames como hemograma completo, glicemia de jejum, colesterol total e frações, uréia e creatinina, EAS, sódio, potássio, HbA1c, eletrocardiograma, além de fundoscopia para pacientes em estágios mais avançados de hipertensão ou hipertenso de longa data, além dos pacientes diabéticos. Algumas consultas são programadas para ajuste de dose de medicação, para trazer exames e orientações sobre dieta, atividade física e apoio nutricional do NASF.

Na unidade não tem sido feito o exame do pé diabético pela ausência do monofilamento, já solicitado por mim, porém até o momento sem posição se chegará a unidade. Esse é um exame essencial para paciente diabético, visto que podemos detectar perda de sensibilidade e consequentemente risco de desenvolver ulceração nos pés. Todo paciente hipertenso e diabético é feito antropometria, verificando IMC e registrado em prontuário. Com isso podemos intervir sobre orientação das dietas, atividade física. Um ponto importante é que a equipe do NASF é muito eficiente e sempre trabalho muito interligada com eles. Quando identifico algum caso de obesidade minha conduta inicial é solicitar exames e encaminhar ao serviço de nutrição do NASF, além inserir esse paciente aos grupos de atividade física que são realizados toda semana na unidade, visando encorajar esse paciente a realização da prática de atividade física. Esse grupo visa encorajar aos pacientes na perda de peso e funciona 3 dias na semana.

Foi criada uma tabela para melhor controle dos pacientes da área. Pacientes hipertensos e diabéticos controlados, os que aderem a medicação e o tipo de medicação que fazem uso.tabela para controle de hipertensos e diabéticos

questionário 1

questionário

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