22 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CAPÍTULO IV: DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA PARAIBA.                                   

ESPECIALIZANDO:  ALEJANDRO ROSABAL PEREZ

ORIENTADOR:  MARIA HELENA PIRES

      As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam a principal causa de mortalidade no mundo. Elas são caracterizadas por sua longa duração, sua progressividade e incurabilidade, e podem requerer tratamento e controle por um número extenso e indeterminado de anos. Entre as doenças crônicas não transmissíveis, incluem-se doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, vários tipos de câncer e diabetes. Devido à importante carga que representam, tanto em termos de mortalidade e morbidade como da estreita relação causal que eles têm com certos fatores de risco evitáveis, bem como o grande peso em termos de mortalidade e morbidade, a forte prevalência e a longa duração implicam consequências econômicas importantes. Os custos envolvem múltiplas dimensões: gastos privados e públicos, diretos e indiretos.

       A UBS da Paraíba tem um total de 836 usuários com diagnóstico de DCNT. Desses,  92 indivíduos não tem seguimento adequado já que não comparecem à consulta e por consequência não realizam o tratamento médico. Diante deste cenário foi agendada uma reunião com toda a equipe de trabalho: médico, enfermeira, técnica de enfermagem, dentista, assistente bucal, agentes comunitários e atendente.

       Durante a reunião foi realizada uma introdução sobre as DCN. Ao final dessa primeira etapa, o médico conduziu a análise das ações desenvolvidas pela equipe da atenção básica por meio de um questionário norteado pelo Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ – AB), conforme pode ser visto no quadro X.[Office1] 

Quadro X[Office2] : Controle das DCNT na UBS da Paraíba

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

           X

 

 

 

          X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

 

 

 

        

           1

 

 

 

 

 

         1

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

 

 

           X

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

 

 

          X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

 

 

        X

 

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

 

 

           X

 

 

 

 

         X

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

 

 

 

            X

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

 

           X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

 

           X

 

 

 

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

 

 

 

 

           X

 

 

 

 

 

         X

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

 

 

 

           X

 

 

 

 

 

         X

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

 

 

 

         X

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

 

 

         X

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

 

         X

 

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

 

           X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

 

           X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

 

 

X

 

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

X

 

 

       Após a discussão promovida a partir desse questionário, a enfermeira deu uma ampla explicação sobre todas as ações que devem ser realizadas para o bom atendimento destes usuários. Em nossa UBS existem atividades com usuários com diagnóstico de DCNT e nossa equipe realiza uma série de atividades (encontros grupais, palestras educativas), onde eles são orientados em relação à doença, como tratar os sintomas e como realizar alguns testes que eles têm que fazer para controlar sua doença. Ressalte-se que na nossa UBS existe um caderno de controle com todos os indivíduos que vivem com DCNT que são preenchidos informações acerca do tratamento farmacológico desses usuários.

       Nessa reunião, o número de indivíduos que não acompanharam e não receberam tratamento médico adequado foi identificado como deficiência, por isso, planejamos trabalhar com eles de maneira mais direta e, se não comparecerem à UBS, o médico, enfermeira, e agente comunitário que frequenta a área vão a fazer uma visita domiciliar para comunicar novamente a importância de seu acompanhamento.

       A reunião foi muito proveitosa já que todos os integrantes da equipe aprenderam um pouco mais sobre os cuidados das DCNT na atenção primária, e fundamentalmente quando o tratamento farmacológico deve ser iniciado. Espera-se que com a conclusão dessas microintervenções que os usuários participem da consulta e, assim, possam realizar o acompanhamento médico que precisam para um melhor controle da doença.


 [Office1]Inserir o número do quadro conforme aparição no texto 1, 2, 3…

 [Office2]Inserir o número do quadro conforme aparição no texto 1, 2, 3… Olhar se há quadro em capítulos anteriores

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