Título: A atenção à saúde a criança, com foco no crescimento e desenvolvimento, na UBS Paulo Amaral município Estância, estado Sergipe.
Especializando: Yuralmis Cruz Gonzalez
Orientadora: Maria Helen Pires Araújo Barbosa
Os primeiros anos de vida da criança é uma das fases mais críticas na vida, pois os recém-nascidos e as crianças são particularmente vulneráveis às diversas doenças, muitas das quais podem ser efetivamente prevenidas ou tratadas. A atenção à saúde da criança pressupõe ações de promoção a saúde, prevenção de agravos e de assistência a criança, tendo como compromisso promover qualidade de vida para que a criança possa ter um crescimento e desenvolvimento saudável.
A taxa de mortalidade infantil tem reduzido nos últimos anos no Brasil, resultado de diversas políticas de saúde, como a ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), que contribuiu para a melhoria do acesso a saúde e outros programas com ações voltadas para a saúde da criança, no entanto, esta fase da vida continua sendo um período muito negligenciado para a prestação de cuidados de saúde de qualidade.
Neste contexto, a equipe implementou um conjunto de iniciativas que envolvem mudanças no modelo de cuidado a gravidez, ao parto/nascimento e a atenção integral a saúde da criança, com foco nos primeiros três anos de vida e em especial no período neonatal. Estas iniciativas baseiam-se na articulação dos pontos de atenção em rede no momento do parto, qualificação técnica das equipes de atenção primária, melhoria da ambiência dos serviços de saúde e a ampliação de serviços e profissionais, para estimular a humanização do parto e do nascimento.
Nós temos conhecimento da importância do uso correto da caderneta de saúde da criança porque esta deve servir de roteiro e passaporte para o seguimento da criança em toda a sua linha de cuidado. Além disso apoiamos o aleitamento materno, imunizações, acompanhamento cuidadoso do crescimento e desenvolvimento da criança pela equipe de saúde , com um olhar biopsicossocial não só para a criança, mas também para as condições de contexto de saúde a de vida de sua família.
Neste relato de experiências, vamos aprofundar em como nossa equipe de saúde realiza a atenção a saúde da criança, seu crescimento e desenvolvimento, como orientamos as mães em termos de nutrição correta, a importância da imunização, cuidados para evitar acidentes e doenças crônicas não transmissíveis, já que todos esses aspetos são muito importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças, nosso objetivo é criar consciência porque com isso eles melhoram sua qualidade de vida e saúde.
A equipe de saúde agendou uma reunião para tratar do assunto em questão. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) falaram sobre o número de crianças de 0-12 anos que eles acompanham e nos contarem sobre as condições em que vivem, os riscos a que estão expostos. Eles falaram também sobre a medição do peso corporal que realizam nas casas dos usuários, e aqueles que já estão com consultas agendadas de puericultura.
A enfermeira fez uma palestra sobre os aspectos mais importantes que devemos levar em conta na atenção a esses usuários e eu falei sobre a implementação de um plano de ação com o qual vamos trabalhar. Esse plano inclui desde visitas domiciliares, palestras educativas para mães e agendamento de consultas de puericultura. Decidimos que a enfermeira realizará consultas de 0 a 2 anos e eu de 2 a 12 anos de idade. Nós concordamos que no caso de crianças menores de 2 anos de idade que estejam doente, as consultas serão feitas por mim. Além disso, toda a equipe acompanhará essas crianças em seu crescimento e desenvolvimento.
Como expliquei anteriormente, nossa equipe realiza consultas de puericultura até os dois anos de idade, usamos protocolos voltados para atenção a crianças com menos de 2 anos, nossa equipe tem cadastramento atualizado de crianças de até dois anos do território, usamos a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento, temos espelho de cadernetas de saúde da criança na unidade, tudo isso facilita o nosso trabalho e podemos fazer um correto acompanhamento de nossas crianças.
As vacinas estão em dia na nossa unidade, avaliamos o crescimento e desenvolvimento de nossas crianças, não temos crianças com baixo peso e o teste do pezinho é realizado em período oportuno. Não temos conhecimento sobre casos de violência familiar nem acidentes. E se ocorrer violência familiar, temos um Conselho Tutelar. Fazemos busca ativa de crianças prematuras, com baixo peso, com calendário vacinal atrasado. Ademais, fazemos ações de promoção para aleitamento materno exclusivo até seis meses e indicamos quando introduzir alimentos adequados após dos seis meses.
Com a nossa microintervenção aprendemos muito sobre a nossa população infantil e observamos que existem dificuldades a serem resolvidas, como a realização de busca ativa, pois a população é bastante grande. Verificamos também que ainda existem barreiras a serem enfrentadas muitas vezes devido ao desconhecimento da população sobre essas questões, mas apesar de tudo sabemos que não existe da impossível quando trabalhamos com dedicação. Penso que com esta microintervenção todos nós ganhamos porque todos aprendemos. Foi um ótimo ensinamento e tenho certeza de que, com a continuidade do nosso trabalho em equipe, nossas crianças alcançarão uma melhor qualidade de vida e de saúde. Além disso a equipe também foi beneficiada porque nós aprendemos a enfrentar os problemas que podem aparecer no nosso dia a dia.
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