Relato de Experiência V de SILENAYS VILLALON BATISTA

TÍTULO: ASSEGURANDO UMA INFÂNCIA FELIZ NA UBS REMÉDIOS

ESPECIALIZANDO: SILENAYS VILLALON BATISTA

ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIEIRA DE MELO

            A infância é a etapa da vida mais importante de um ser humano, desde a etapa do pré-natal necessita de cuidados para favorecer o crescimento e desenvolvimento saudáveis. É um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas, formada a partir da interação entre a herança genética e as influências do ambiente em que a criança se desenvolve. Os distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves consequências para indivíduos e comunidades na idade adulta. Para a promoção da saúde da criança, é essencial compreender suas peculiaridades, bem como as condições ambientais favoráveis e desfavoráveis ao seu desenvolvimento, pois o cuidado cotidiano nas consultas de crescimento e desenvolvimento é o melhor espaço para promover saúde e prevenir agravos das doenças (ALVES, 2008).

            Nossa UBS Remédios do município Brejinho contamos com 32 crianças menores de dois anos, delas 15 menores de um ano e 65 entre dois a nove anos. Esforçamos-nos para uma atenção de qualidade nas consultas de crescimento e desenvolvimento e para que se tornem prioridade para nossa equipe. No mês de agosto, na reunião mensal discutimos e fizemos uma autoavaliação sobre nosso trabalho na saúde da criança e do adolescente das áreas de nossa abrangências. Participaram da reunião: médica, enfermeira, técnica de enfermagem, dentista, auxiliar da dentista, recepcionista, e os três agentes comunitários de saúde. Começamos a reunião discutindo o questionário proposto:

Questionário para Microintervenção

            Após discutirmos cada ponto do questionário e percebermos que nossa equipe conta com várias potencialidades, observamos que realizamos o acompanhamento regular das crianças por meio das puericulturas, desde seu nascimento até os dois anos. Os agentes de saúde informam a enfermeira quando a criança e a mãe já estão em casa para fazer a visita puerperal e teste do pezinho antes do sétimo dia de vida. Por parte da médica, baseado nos protocolos preconizados pelo o Ministério da Saúde, se faz um minucioso exame físico do recém-nascido, sua condição física, suas respostas fisiológicas e reflexos em geral que nos permite estratificar os riscos, sendo também as condições socioeconômicas da família um elemento crucial para uma avaliação adequada.

            Fazemos o cadastramento da criança com os dados essenciais para sua identificação e condições perinatais e pós-natais de interesse como peso ao nascer, complicações pós-parto e a vacinação, as quais são registradas na Caderneta da Criança e no prontuário pessoal. Nosso município conta com uma sala de vacina central, pois na zona rural onde trabalhamos não temos geladeira para sua correta conservação, mas nossa equipe tem a estratégia que a enfermeira semanalmente leva para a UBS as vacinas necessárias, previamente informadas pelos agentes de saúde que ajudam a ter o controle das crianças com atrasos no calendário de vacinal e consultas de crescimento e desenvolvimento.

            Neste mês do agosto dourado, fizemos ações de promoção sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses com a adequada introdução dos alimentos a partir dos seis messes, e complementar até os dois anos. Também uma vez cada três meses fazemos uma consulta de puericultura coletiva onde convidamos a nossa fonoaudióloga do NASF que nos ajuda avaliar as crianças, nesse dia convidamos todas as crianças menores de dois anos com suas mães, fazemos uma palestra sobre a importância da puericultura para o bom desenvolvimento da criança, após fazermos as respectivas mensurações registrando tudo em suas cadernetas. Em seguida, na sala da enfermeira nos reunimos sobre uma manta no chão (Figura 1) e explicamos como devem banhar o bebê, como alimentar, amamentar, observar e estimular os diferentes reflexos de acordo com sua idade. Orientamos sobre a importância de evitar acidentes do lar e os mais comuns em cada idade, orientamos também sobre os danos psicossociais ocasionados á criança pela violência familiar e diminuir sua incidência.

            Esta experiência tem sido muito proveitosa, porque em conjunto todas as mães transmitem suas vivências e inquietudes e assim elevamos os nossos conhecimentos e o das novas mães, que em muitas ocasiões por vergonha não perguntam suas dúvidas nas consultas de puericultura individual. O fortalecimento do trabalho em equipe foi notório após a realização das puericulturas coletivas e observamos que todas as mães levam as crianças para ás consultas de crescimento e desenvolvimento sem atrasos para que sua crianças tenham uma infância feliz. 

Figura 1. (CD coletivo, puericultura, visita domiciliar)

REFERÊNCIAS

ALVES, Cláudia Regina Lindgren. Saúde da criança e do adolescente: crescimento, desenvolvimento e alimentação / Cláudia Regina Lindgren Alves e Zeína Soares Moulin. – – Belo Horizonte: Coopmed, 2008. 111p. : il. color.

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