A Inclusão dos Excluídos – Política Nacional de Saúde Mental
A Política Nacional de Saúde Mental compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país com o objetivo de organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em Saúde Mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, incluindo aquelas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas (álcool, cocaína, crack e outras drogas. (MINISTERIO DA SAÚDE 2017)
Para expandir e qualificar a RAPS, foi destinado pelo governo federal um adicional de mais de R$ 320 milhões por ano, totalizando R$ 1,6 bilhão. A RAPS foi ampliada e passa a contar com hospitais psiquiátricos especializados, hospitais-dia, unidades ambulatoriais e CAPS IV AD, além dos antigos serviços já existentes, com o objetivo de ofertar uma variedade de cuidados, que possam dar conta das diferentes necessidades dos pacientes. As ações foram construídas conjuntamente entre os gestores do SUS e cerca de 70 entidades, todas conhecedoras da realidade da saúde mental no país. (MINISTERIO DA SAÚDE 2017)
AOrganização Mundial da Saúde aponta que o número de casos de depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015: são 322 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria mulheres. No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população). (OMS, 2015).
O (CAPS Centros de Atenção Psicossocial) é uma rede substitutiva dos hospitais psiquiátricos do país (sendo uma rede extra-hospitalar), no qual seu objetivo é oferecer atendimento à população de forma humanizada, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.(Santos, F. F 2015)
Utilizando o PMAQ: Área: Saúde Mental: 7.1 INDICADOR: Proporção de atendimentos em Saúde Mental, exceto de usuários de álcool e drogas. Para desenvolvimento da microintervenção fizemos a matriz de intervenção, a partir dos itens do AMAQ: 4.36. A equipe identifica as pessoas com sofrimento psíquico e transtorno mental no seu território e faz o acompanhamento delas por meio de atividades individuais e/ou grupais. Assume a coordenação do cuidado e desenvolve ações que incluem acolhimento, tratamento e acompanhamento destes casos, com ou sem o cuidado compartilhado com o Nasf, e/ou outros pontos da rede de atenção psicossocial, quando necessário. Realiza atendimentos agendados ou de livre demanda, dentro e fora do espaço físico da UBS e nas visitas domiciliares.
A Unidade básica de saúde tem o apoio do médico psiquiatra, dando suporte uma vez ao mês para os pacientes com necessidade de avaliação, trabalhamos de forma conjunta com a equipe de enfermagem, psicólogas e educadoras, para um melhor acolhimento com estes pacientes.
Todo paciente com suspeita de alterações psíquicas e transtorno mental e obrigatório passarem pelas consultas medicas e psicológicas para o melhor acompanhamento, diagnostico e seguimento do caso.
Na primeira etapa foi realizada uma reunião mensal com a equipe, onde avaliamos os pacientes em uso de medicamentos controlados, uma planilha foi elaborada para melhor distribuição e controle desses medicamentos.
Na segunda etapa, foi escolhido pela equipe, para avaliação de estudo o caso de uma paciente diagnosticada com depressão, que faz uso regular de OXALATO DE ESCITALOPRAM 15 MG diário, durante o tratamento a melhoria do quadro clinico foi notável.
A paciente e usuária frequente da UBS, para consultas de rotina e renovação de receita, atualmente faz uso de antidepressivos orais.
Durante a visita realizada pelo PSF, a paciente coopera de forma continua com o medico, se relaciona de forma ativa com toda a equipe, quando necessita de cuidados e atenção a UBS junto com a equipe NASF soluciona os problemas.
Durante as consultas realizada pelo profissional do NASF, de acordo com a psicóloga responsável, a grande maioria dos pacientes diagnosticados fazem controle e seguimento regular nas consultas.
O ACS tem um papel fundamental pelo acompanhamento e rastreio dos pacientes que não retornam nas consultas agendadas, as visitas destes profissionais ao domicilio destes pacientes são frequentes.
A construção do registro PMAQ foi realizado de forma mais simplificada, evitando a exposição, para que não sofra represália por partes de outros pacientes, pois o preconceito ainda é visível em nosso dia a dia, e nossa maior barreira é trabalhar com a prevenção, visto que muitos profissionais não são capacitados para trabalhar com pacientes com transtornos psiquiátricos.
No momento em que os familiares receberam apoio e orientações adequadas, compartilharam seus problemas e dificuldades, foi notado comprometimento com o cuidado ao seu familiar adoecido.
É importante, então, promover espaços de atenção e cuidado à família na UBS, inserindo-a no processo de reabilitação, responsabilizando-a pelo cuidado de seu familiar e dando crédito à sua ação cuidadora. A partir dessa microintervenção, será possível ter um melhor controle dos pacientes da área com problemas de saúde mental e acompanha-los mais rotineiramente.
Ponto(s)