Crescimento e desenvolvimento das crianças na unidade de saúde da família Dr. José Fernandes Araújo.
ESPECIALIZANDO: MANUEL EDEL SALINA FERNÁNDEZ
ORIENTADORA: ROMANNINY HEVILLYN SILVA COSTA
A atenção à criança inclui ações que visam à promoção de saúde e a prevenção de doenças, dentre outras. Por isso, temos de realizar ações para que haja uma criança saudável.
Na minha na Unidade de Saúde da Família Dr. José Fernandes Araújo, situada em Rosário Do Catete-SE fazemos reuniões mensais para avaliarmos e discutirmos os indicadores do mês para o seguimento adequado ao trabalho dos profissionais.
Já desde o pré-natal falamos com a futura mãe e o futuro pai sobre a importância das consultas da criança de acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento.Desenvolvemos a puericultura na primeira semana de vida em todas as crianças do nosso território e fazemos busca ativa daquelas que possam ter acompanhamento com pediatras no setor privado.
Realizamos o exame físico completo, avaliamos o crescimento, o desenvolvimento, analisamos se o recém-nascido foi vacinado na maternidade ao alta hospitalar; sempre procurando possíveis alterações, fatores de risco da mãe e da criança. Preenchemos corretamente a caderneta de saúde da criança. Damos orientações sobre como é a técnica para amamentar, orientamos sobre aleitamento materno exclusivo até os seis meses, explicamos os sinais de perigo ou alarme e o que fazer nesses casos, importância de cumprir com o calendário das vacinas e esclarecemos dúvidas.
Usamos no nosso trabalho, os protocolos de saúde da criança implementados no Brasil.
Contamos com uma ficha onde registramos as crianças até os dois anos de idade segundo a micro área e o agente comunitário de saúde, o endereço, nome da mãe e outras informações de nosso interesse. Essa ficha é atualizada todos os meses em nossa reunião com a equipe. A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento, a qual é preenchida de forma correta para que outros profissionais possam ver o seguimento e assim possam ter condutas apropriadas.
Há um ano, na unidade não utilizavam cadernetas espelhos para o acompanhamento das crianças pois pensavam que não era importante. Mas chegamos a um acordo de ter as mesmas, pois em caso de extravio por parte das mães da caderneta original a informação ficaria registrada na caderneta espelho.
De forma geral, contamos com os registros de vacinas, crescimento e desenvolvimento, estado nutricional, teste do pezinho, acidentes e violência intrafamiliar para fornecer um acompanhamento adequado e poder intervir de forma integral nessas questões.
Nossa unidade de saúde tem uma sala de vacinas com o registro atualizado das vacinas das crianças. Os agentes comunitários de saúde-ACS sempre estão revisando o calendário vacinal daquelas que pertencem ao seu território adstrito. O calendário de vacinas é supervisionado mês por mês para evitar atrasos.
Como o crescimento e desenvolvimento são importantes na saúde da criança, fazemos uma revisão da idade, do peso e a altura das crianças. Assim, poderemos avaliar o estado nutricional das crianças e se for o caso tomar as medidas no momento correto.
O desenvolvimento é avaliado nas consultas de criança onde os pais relatam o que o filho está realizando ou não desde a última consulta. Nessa consulta é explicado em uma linguagem clara sem aspectos técnicos o que a criança poderá fazer nos próximos meses até chegar a próxima puericultura. Sendo assim, qualquer alteração vai ser notificada pela família a nossa equipe de saúde onde serão tomadas as medidas pertinentes.
O teste do pezinho é feito nas crianças após o nascimento, entre o quinto e sétimo dia, e explicamos às mães no pré-natal a importância de fazer o mesmo, pois serve para diagnosticar enfermidades que podem ser tratadas precocemente e evitar as complicações que elas trazem. Incluem-se a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, as hemoglobinopatias como a anemia falciforme, a hiperplasia adrenal congênita, a fibrose cística e a deficiência de biotinidase. Possuímos uma planilha para monitoramento das crianças que realizaram o teste do pezinho.
Em todos os cenários sempre falamos sobre as lesões não intencionais as quais são evitáveis. Ao fazermos visitas domiciliares identificamos os possíveis lugares propensos a ocorrer os acidentes. As orientações sempre são de acordo com a idade da criança e que medidas podem adotar para prevenir os mesmos.
Até o momento, na unidade onde atuo não temos tido casos de violência familiar. Não obstante, temos os mecanismos para acompanhar os casos como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Conselhos Tutelares. Contamos com uma planilha onde serão registrados os casos que tenham apresentado violência intrafamiliar.
Explicamos quão relevante é o aleitamento materno exclusivo, a importância do mesmo, qual conteúdo nutricional tem e como ele tem um papel fundamental na prevenção de doenças.
Desenvolvemos atividades educativas com as mães que tem crianças com 6 ou mais meses para um aprendizado correto sobre alimentação além de incentivar a troca de experiências.
Nossa equipe continua em cada reunião relembrando a importância da alimentação das crianças maiores de 6 meses para evitar as deficiências de ferro, a desnutrição e outras.
Através do fortalecimento desse vinculo obteremos uma aproximação maior das famílias com a equipe de saúde, logrando visitas domiciliares com maior qualidade, melhora na assiduidade das consultas agendadas, dentre outras. Outro ponto importante, é lograr que as agentes de saúde identifiquem nas visitas domiciliares as necessidades individuais e os fatores de risco, tornando-se efetiva a busca ativa crianças e sua família não cadastradas sejam integradas à unidade de saúde.
Nas reuniões tem que ocorrer espaços para discutirmos sobre a conscientização do papel de cada profissional neste processo. Além disso sugerimos aos gestores municipais um maior incentivo na educação permanente e continuada dos mesmos a fim de garantir o desenvolvimento de estratégias onde toda a equipe de saúde possa estar promovendo a participação da família em toda a atenção à criança, através do compartilhamento de informações acerca dos cuidados e problemas de saúde, assim como das propostas e ações necessárias para a qualificação e humanização na assistência às crianças em nosso território municipal, e não apenas em nossa comunidade adstrita.
São grandes as problemáticas e muito diversas as ações que as Equipes de Saúde podem estar desenvolvendo para a melhoria na assistência na Atenção à Saúde da Criança, mas acredito que partindo da conscientização e preparo dos profissionais de saúde na busca ativa e no acolhimento da criança e sua família à Unidade de Saúde, através da educação permanente, bem como a elaboração de ações efetivas a partir da realidade da própria comunidade, no tocante ao perfil de saúde do público alvo conseguiremos melhorar a assistência onde obteremos um bom crescimento e desenvolvimento das crianças do nosso território.
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