CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SANTA ROSA
ESPECIALIZANDA: LIUDA SALAZAR HERMOSILLA
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da criança, propiciando o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, de hábitos de vida saudáveis, vacinação, prevenção de problemas e agravos a saúde e cuidados em tempo oportuno. A Caderneta de Saúde da Criança-Passaporte da Cidadania a todas as crianças nascidas no território nacional é um importante instrumento de registro e orientações que auxilia nesse acompanhamento. Seu uso adequado é importante para estreitar e manter o vínculo da criança e da família com os serviços de saúde (BRASIL, 2001).
A equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Rosa faz visitas puerperais e aos recém-nascidos até nos primeiros 15 dias de vida e realiza orientações às gestantes sobre a importância de fazer o teste do pezinho, teste do ouvido, teste da linguinha e teste do olhinho no Recém-Nascido (RN), destacando a importância da captação precoce, além de atividades educativas, imunização, puericultura, entre outros. No caso de RN prematuros, de baixo peso, crianças desnutridas e apresentando patologias agudas ou crônicas, este calendário poderá sofrer alterações, a critério da equipe de saúde e deverá ser priorizado o acompanhamento pelo pediatra.
Na primeira consulta de puericultura, as crianças são inscritas no livro de crescimento e desenvolvimento, destacando-se a importância da captação e garantia de acesso, principalmente dos RN de risco e crianças desnutridas.
A equipe realiza ainda orientação e acompanhamento sobre aleitamento materno; promove e participa de avaliações periódicas e dos grupos educativos; realiza visita domiciliar, quando necessário; preenche o cartão da criança com medidas antropométricas e anota no gráfico de crescimento, ensinando as mães como interpretá-lo e informando sobre a importância do registro; afere sinais vitais; realiza imunizações; executa atividades definidas pelo enfermeiro; inscreve as crianças no programa e agenda-as conforme calendário e atendimento proposto; orienta os responsáveis pela criança em relação a prescrição médica e de enfermagem.
Além disso, faz parte das ações da equipe sistematizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças de zero a cinco anos, realizado pelas unidades de saúde; implantar novo calendário de atendimento à criança sadia, envolvendo atendimento intercalado entre pediatra, enfermeira e grupo educativo, possibilitando o acesso das crianças aos serviços de saúde; instrumentalizar a equipe de saúde para realização do controle de crescimento e desenvolvimento, definindo suas atribuições; capacitar equipe para identificar e captar precocemente crianças de risco (RN de risco e desnutridas) para acompanhamento na unidade de saúde.
O bem-estar da criança por meio da promoção e recuperação da saúde tem sido, há muito tempo, prioridade da assistência à saúde das populações. Nesse sentido, o Brasil vem buscando desenvolver estratégias em defesa dos direitos infantis e maternos, quanto ao combate à desnutrição e ao analfabetismo e da erradicação de doenças que causam a morte de milhões de crianças, anualmente.
Nesse sentido, para o crescimento saudável são necessários cuidados básicos com a finalidade de prevenir, promover e recuperar a saúde da criança. Tais cuidados devem ser garantidos na atenção básica à saúde por meio de ações práticas, habilidades e conhecimentos, sendo a Unidade de Saúde da Família (USF), a porta de entrada desse sistema. Sob tal contexto, com o objetivo de acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança, o Ministério da Saúde instituiu as linhas de cuidado para a operacionalização de uma assistência integral, oferecendo atendimento nos três níveis de atenção, por meio de ações preventivas que estimulem a autonomia e a corresponsabilidade dos usuários, bem como a detecção precoce de agravos (BRASIL, 2012).
O foco das ações é a saúde, em vez da doença, buscando visualizar a criança inserida no contexto familiar, sob todos os aspectos que determinam sua saúde e assim, reduzir as taxas de morbidade e mortalidade por causas evitáveis. Nesse sentido, a atenção básica promove o acompanhamento sistemático das crianças menores de cinco anos e busca desenvolver o vínculo com as famílias, acolhimento, corresponsabilidade e alto grau de resolutividade dos serviços. Além disso, o planejamento das ações é direcionado aos principais problemas da população, a partir do conhecimento de sua realidade (BRASIL, 2005).
Para realizar um debate de crescimento e desenvolvimento das crianças, nossa equipe fez uma reunião, na sala da recepção da UBS, com o objetivo de melhorar o atendimento as crianças. Os participantes da reunião foram a médica, a enfermeira, a técnica em enfermagem, a dentista, a técnica de saúde bucal e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
A partir da reunião, a equipe realizou uma microintervenção para melhorar a assistência à criança, na qual fizemos uma atividade com as gestantes e as puérperas, enfatizando a importância de se preencher as cadernetas das crianças; das vacinas para evitar doenças; do crescimento e alimentação; higiene bucal e íntima; das mães conversarem com seus filhos (as) para um bom desenvolvimento psicológico.
Ao terminar o encontro, as gestantes e as puérperas ficaram satisfeitas com as orientações dadas pela equipe e consequentemente seus filhos terão melhor saúde e qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil: fundamentos e orientações para profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
______. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
______. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Ponto(s)