Título: Atenção à Saúde da Criança na UBS Santa Clara. Vitoria de Jari. Estado Amapá.
Especializando: Katiuska Rosales Rodriguez.
Orientador: Cleyton Cesar Souto Silva.
Tendo em conta que a atenção nas crianças é um aspecto muito importante de nossa UBS, pois um bom desenvolvimento nos traz como consequência uma vida de boa qualidade para a vida adulta. Nossa equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos, avaliando seu crescimento e desenvolvimento e utiliza protocolos voltados para a atenção a criança menores de dois anos. A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos, utiliza caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento. Nos acompanhamentos das crianças do território temos em conta a vacinação em dia, crescimento e desenvolvimento, estado nutricional, teste de pezinho, violência familiar, acidentes, se acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outros serviços como o CRAS e o Conselho Tutelar.
Nosso trabalho tem vários focos sempre na pesquisa ativa de prematuros, baixo peso, meninos com consulta de puericultura atrasada, com calendário vacinal atrasado e desenvolvemos ações de promoção do aleitamento exclusivo para crianças até seis meses, ações de estímulo a introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança.
A atenção em saúde infantil se há convertido num foco importante para se ter muita atenção e preocupação, pois nestes meses do ano atual tivemos duas mortes de lactantes por afogamento.
A maioria dos casos de morte por afogamento ocorre em água (90 % em agua doce e o resto no mar). O afogamento normalmente é causado por falta de experiência com a água e descuido. A criança nota que não tem mais condições de manter sua cabeça acima da superfície, se consome mais oxigênio, poucos segundos depois, a taxa de dióxido de carbono no sangue chega a níveis preocupantes, o cérebro força os pulmões a respirarem, e eles recebem uma dose de água. Rapidamente o corpo reage a essa entrada de agua gerando uma contração involuntária das cordas da laringe, bloqueando a entrada dos pulmões esse fenômeno é chamado de laringoespasmo. (MINILUA, 2011)
Por isso nos primeiros momentos de afogamento, a pessoa não recebe uma grande dose de água nos pulmões. em 10% dos casos da morte na água, as vitimas morrem de algo chamado: afogamento seco, onde o laringoespasmo persiste até que o corpo sofre uma parada cardíaca, fazendo com que a vítima morra praticamente sem nenhuma água nos pulmões. Em outros casos, a vitima sofre uma parada cardíaca, devido as alterações químicas causadas pela água no sangue e nos pulmões. A partir desse momento não existe mais oxigênio circulando, pois o sangue não se move e o cérebro começa a sofrer os efeitos disso. Em media, seis minutos após o coração parar de bater e o cérebro morre.(MINILUA, 2011)
É preciso falar muito com os pais, pois desde quando a criança começa a gatinhar, deve-se ter atenção redobrada, pois muitos acidentes são evitáveis com a vigilância as crianças. Contamos com um rio na cidade muito fundo, e quase a maioria da população mora na beira do rio Jari, propício para os acidentes principalmente por afogamento.
O objetivo fundamental deste trabalho nos permitiu diminuir a mortalidade infantil. A importância é oferecer aos pais palestras de como atuar quando a criança se esta afogando, que permita dar os primeiros socorros ate que se chegue á unidade mista, centro medico que se encontra muito distante da comunidade.
Para se fazer este trabalho tivemos que reunir-nos com toda a equipe uma vez por semana depois do horário laboral. Onde avaliamos a qualidade da atenção na saúde da criança, e se detectaram muitos problemas de acidentes de casa e fora da casa, fundamentalmente acidente por afogamento no rio Jari.
A maioria da população mora na beira do rio, nestes meses do ano já tem acontecido muitos afogamentos, e 2 mortes por causa da mesma, o que aumentou a mortalidade infantil no município.
Pactuamos com a secretaria da saúde, prefeitura, bombeiros e com os responsáveis das escolas e da praça onde se realizam atividades populares para que nos apoiem em nossas atividades. Preferentemente agora como estamos no mês da férias escolares, pretendemos fazer as maiorias das atividades demonstrativas na praça, sendo responsáveis os bombeiros e a médica.
No horário das 19 horas, realizamos as atividades demonstrativas de como atuar ante uma pessoa afogada, dando mais ênfases nos lactantes. Tem-se demostrado que umas das causas de afogamentos nas crianças é o grande descuido dos pais, onde se reforça essas orientações nas consultas na UBS e nas visitas domiciliares.
Pactuamos com o psicólogo do NASF e fazemos uma maior atividade preventiva em famílias cadastradas de alto risco, e nas áreas da beira do rio Jari. Na sala de espera se fazem palestras antes de começar a atividades habituais, sendo os responsáveis das atividades a médica, a enfermeira e o psicólogo.
Os que aprendemos com esta microintervenção foi que a população por morar na beira do rio, não sabe como atuar diante de um afogamento e tem que esperar que cheguem os bombeiros e a ambulância que muitas vezes não está disponível. Reforçåmos os conhecimentos de nossa equipe para no atuar ante uma pessoa afogada, e realizamos muitas atividades praticas.
As mudanças encontradas foram que a população se conscientizou ante os cuidados com as crianças, como uma população de alto risco para acidentes. Ainda, desafortunadamente temos famílias que não estão muito conscientizadas com isto, pensamos que requere de mais tempo.
Nas visitas domiciliarias temos que detectar famílias de alto risco, onde se encontram um número alto de crianças morando na casa, detectar se moram na família consumidores de álcool ou outras drogas, pacientes bem idosos sozinhos com crianças, presença de parentes com alterações psiquiátricas ou psicológicas.
Referências Bibliográficas:
AMARAL, J. J. F. AIDPI para o ensino médico: manual de apoio. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 2004. 179p. Disponível em: <http://www.opas.org.br/aidpi/ home/manual.html>. Acesso em: maio 2012.
Minilua. A terrível realidade do afogamento.2011. 2p. Disponível em <http://Minilua.com/terrivel realidade–afogamento.html>. Acesso em: agosto 2018.
Ponto(s)