22 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Minha equipe, aperfeiçoando a linha de cuidado em saúde da criança.

ESPECIALIZANDO: KATIA PENA INFANTE

ORIENTADOR: CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA.

          Dentro da atenção básica, a puericultura surge como ferramenta oportuna no acompanhamento integral do crescimento e desenvolvimento infantil, voltando-se para os aspectos de prevenção, proteção e promoção da saúde, de modo que a criança alcance a vida adulta sem influências desfavoráveis trazidas da infância ( GAUTERIO,et 2012).

          No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD) faz parte da avaliação integral à saúde da criança, sendo parte integrante da puericultura, a qual envolve a avaliação do peso, altura, desenvolvimento neuropsicomotor, vacinação e intercorrências, o estado nutricional, bem como orientações à mãe/família/cuidador sobre os cuidados com a criança (alimentação, higiene, vacinação e estimulação) em todo atendimento, não deixando também de registrar todos os procedimentos no cartão da criança (GAUTERIO, et 2012).

          Grande parte dos problemas de saúde da criança pode ser enfrentada por meio de ações voltadas para a atenção básica de saúde, a exemplo de monitoramento do CD, imunização, hidratação oral e aleitamento materno, que geram mudanças epidemiológicas e impacto nos indicadores de saúde e na mortalidade infantil (VIEIRA, et al 2017).

          Para a realização da microintervenção do módulo de “Atenção à Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento” fiz uma reunião com minha equipe, tivemos em consideração as recomendações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ/AB , subdimensão : atenção integral à saúde, padrão 4.18 do AMAQ : A equipe de Atenção Básica acompanha o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de dois anos da sua área de abrangência, respondemos o questionário(anexo VIII) recomendado pelo o instrutivo da microintervenção .

          Ao responder o questionário foi exposto que a equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos de nossa área de abrangência, utilizando os protocolos.   Utilizamos a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento, a qual é preenchida e atualizada em todas as consultas de puericultura, de igual forma preenchemos o prontuário que fica na unidade, sendo um espelho das cadernetas.  Há registros da Vacinação, crescimento e desenvolvimento, intercorrências, do estado nutricional, com preenchimento correto das curvas de peso e estatura, suplementação profilática e controle de carências nutricionais como a anemia ferropriva e a deficiência de vitamina A, além do Teste do pezinho.

          A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço. Nas consultas orientamos a mãe sobre os cuidados com a criança, higiene, imunizações, estimulação e aspectos psicoafetivos e alimentação (promovemos o aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses, e também a equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança). A equipe identifica as crianças de famílias beneficiárias do Programa Bolsa-Família para o acompanhamento das condicionalidades de saúde do programa.

          Na reunião foi reconhecido que desde que iniciamos a primeira microintervenção, com o monitoramento do indicador do terceiro ciclo do PMAQ, Percentual de recém-nascidos atendidos na primeira semana de vida, a partir dos instrumentos elaborados para seu acompanhamento que avaliamos sistematicamente em nossas reuniões, conseguimos uma melhor atenção à saúde de puérperas e recém-nascidos na primeira semana de vida, identificamos e acompanhamos em tempo oportuno os recém-nascidos de nossa área, identificando as crianças Prematuras e Com baixo peso, também aproveitamos essa oportunidade para estimular a assistência nas subsequentes consultas de puericultura nos primeiros dois anos de vida, além  de que desde o pré-natal também ló incentivamos .

          Como potencialidades em responder este questionário, nos permitiu refletir que temos crianças menores de dois anos faltosas à consulta, com calendário vacinal atrasado e que a equipe não realiza sua busca ativa, ou qual ate agora não é analisado com sistematicidade nas reuniões da equipe e não constávamos com um instrumento que permite se seu acompanhamento. Os ACS possuem cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território, mas o mesmo não e utilizado pela equipe, só para enviar a informação para o departamento e-SUS da secretaria da saúde.

           Pelo que elaboramos em conjunto um instrumento (ANEXO VII), que vai nos permitir um melhor acompanhamento, e identificação das crianças com consultas e calendário vacinal atrasado e seu monitoramento sistemático. O instrumento foi impresso e entregue a todos os ACS para o controle das crianças menores de dois anos de seu micro área, e a técnica de enfermagem tem o instrumento com o cadastro das crianças menores de dois anos da área de abrangência da equipe toda, ou qual vai ser atualizado o dia de cada consulta de puericultura e conciliado e avaliado toda segunda feira nas reuniões de equipe.

          Esta microintervenção nos permitiu identificar as dificuldades da equipe com a atenção às crianças menores de dois anos, a elaboração de um instrumento para seu monitoramento, continuar aperfeiçoando o processo de trabalho, sendo uma fortaleza a experiência e resultados da implementação da microintervenção um. Já temos um maior controle para o acompanhamento a saúde dessas crianças.  Com sua continuidade vamos a garantir, com a participação da equipe toda, a longitudinalidade do cuidado, atendimento sistemático e oportuno, e o cuidado integral da saúde dessas crianças e maior vinculo com suas famílias.

REFERÊNCIAS

  •           GAUTERIO, Daiane Porto; IRALA, Denise de Azevedo; CEZAR-VAZ, Marta Regina. Puericultura em Enfermagem: perfil e principais problemas encontrados em crianças menores de um ano. Rev. bras. enferm.,  Brasília ,  v. 65, n. 3, p. 508-513,  June  2012 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000300017&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Aug.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672012000300017.
  •           VIEIRA, Graciete Oliveira et al . Fatores associados ao uso da Caderneta de Saúde da Criança em uma cidade de grande porte do nordeste brasileiro, 2009. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 22, n. 6, p. 1943-1954,  June  2017 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017002601943&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Aug.  2018.   http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017226.07752016

 

 

                                     ANEXO VII

                           UBS  MARÍA TADEU AGUIAR

           ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: EQUIPE 02

    Acompanhamento das crianças menores de dois anos.

 

  Dra. Katia Pena Infante.

 

 

No.

 

 

 Nomes e sobrenomes

 

 

Data  de nascimento

                    

 

ACS

 

 

Vacinação

(pendente)

           

 Puericultura no primeiro ano de vida

 

 

  Puericultura no segundo ano de vida

 

Riscos e Observações

1ª semana

 1º

 

 4º

 

 9º

 12º

 18º

 24º

 

1.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

10.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

                                                                                       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                          

                                                                         

 

                                                                       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                         

                                                                Anexo VIII

                                                Questionário para Microintervenção

 

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?

 

X

 

A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?

 

X

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?

 

X

 

A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

 

X

 

Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?

 

X

 

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

X

 

Crescimento e desenvolvimento

X

 

Estado nutricional

X

 

Teste do pezinho

X

 

Violência familiar

X

 

Acidentes

X

 

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

 

 

 

A equipe realiza busca ativa das crianças:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

X

 

Com baixo peso

X

 

Com consulta de puericultura atrasada

 

X

Com calendário vacinal atrasado

 

X

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?

 

X

 

A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?

 

X

 

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