21 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: ATENÇÃO Á SAÚDE DA CRIANÇA, UMA RESPONSABILIDADE DA EQUIPE.

ESPECIALIZANDO: KARIELLIS COLUMBIE PEREZ.

FACILITADOR: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA.

            Para começar a falar de saúde da criança, temos que refletir sobre a quantidade de crianças que morrem no Brasil, sendo que o 68,6% das mortes de criança menores de um ano acontecem no período neonatal, ou seja, até 27 dias de vida), um número expressivo dessas mortes são   por causas evitáveis pelas ações dos serviços de saúde tais como, a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido (RN), o que mostra que apenas essas ações não são suficientes.

O nascimento de um bebê, em especial quando se trata do primeiro filho, pode ser considerado como um evento propício ao surgimento de problemas na família que podem afetar o modo como os pais se relacionam com seu filho. Nesse aspecto, temos também outras situações como a depressão pós-parto que pode constituir um problema que afeta não apenas a mãe, mas também o bebê e até mesmo, o próprio pai, por isso espera-se garantir uma visita domiciliar primeiramente do agente de saúde ao binômio  mãe e recém -nascido no contexto da família, para orientação de todos sobre o cuidado de ambos, bem como, para ofertar as ações programadas para a primeira semana de saúde na Atenção Primária à Saúde (APS).

Foi realizada durante a ultima reunião da equipe uma discussão sobre saúde da criança, que ações poderiam ser elaboradas pela equipe para melhorar nosso atendimento, para isso fizemos a análise de algumas questões do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ/AB).

Respondendo o questionário percebemos que a equipe não dá a devida atenção ao programa, não temos espelho das cadernetas de saúde da criança ou outra ficha com informações equivalentes na unidade, não contamos com um registro para violência familiar, estado nutricional, nem acidentes, não procuramos os lactentes com atrasos nas consultas. Em quase dois anos trabalhando com a equipe fizemos apenas uma ação de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses e para à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança, daí nossas dificuldades no programa saúde da criança. Outra dificuldade está na condução da puericultura que só é feita pela enfermeira, a médica não realiza acompanhamento do CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO (CD), só quando a criança tem alguma doença.

Temos dificuldades sim, mas também a equipe tem potencialidades que merecem ser destacadas: se realiza visita domiciliar ao lactante e família na primeira semana pelo ACS, ele é o encarregado de nos dizer as dificuldades e problemáticas encontradas na casa, além, de estimular a presença do pai sempre que possível no crescimento do bebé, apoiar o aleitamento materno, alertar para o calendário das imunizações, alertar para necessidade de coleta de sangue para o teste do pezinho. Nessa visita já fica agendada a visita domiciliar realizada em parceria pelo médico e enfermeira onde reafirmamos as informações já repassadas pelo ACS. Durante a visita é explicado detalhadamente aos pais como são realizadas as consultas de CD e a data da primeira consulta de seu filho. Outra potencialidade da equipe é que contamos com consulta de pediatria, sempre que necessário a pediatra esta disponível para nos ajudar.

No final da reunião a equipe concordou em realizar algumas atividades, como, realização do espelho das cadernetas de saúde da criança com informações equivalentes, realizar um registro do estado nutricional, ficar atenta para os sinais de violência familiar e acidentes, além de desenvolver mais ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses e de estímulo para a introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses de idade.

Esta microintervenção foi muito importante, pois percebemos com ajuda do PMAQ que ainda tínhamos muito trabalho pela frente, mais já estamos elaborando estratégia para enfrentar as dificuldades detectadas e estamos confiantes de que virão resultados excelentes. 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 1.

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?

 

X

 

A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?

 

X

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?

 

X

 

A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

 

X

 

Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?

 

 

X

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

X

 

Crescimento e desenvolvimento

X

 

Estado nutricional

 

X

Teste do pezinho

X

 

Violência familiar

 

X

Acidentes

 

X

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

 

X

 

A equipe realiza busca ativa das crianças:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

X

 

Com baixo peso

X

 

Com consulta de puericultura atrasada

 

X

Com calendário vacinal atrasado

X

 

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?

 

 

X

A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?

 

X

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Da Criança: Crescimento e Desenvolvimento. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, n° 33)

 

 

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