26 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

TÍTULO: AÇÕES REALIZADAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PARA UM MELHOR CRESCIMENTO DAS CRIANÇAS.

ESPECIALIZANDO: Jorge Luis Campos Legon.

ORIENTADOR: Maria Betânia Morais de Paiva                                                                           

 

A disciplina Atenção Integral à Saúde da Criança tem um papel fundamental para quem atua na Estratégia Saúde da Família (ESF), considerando a atual dimensão e complexidade das políticas públicas e a necessidade de fortalecimento dos eixos temáticos para o cuidado da criança, articulando as ações de saúde em todos os níveis de atenção. Ao término desta leitura, conheceremos as estratégias para melhorar a atenção à saúde da criança.

A saúde da criança está na agenda política do Brasil há várias décadas. Em 1937, durante o Estado Novo, foi instituído o primeiro programa nessa área, com ações para proteção da maternidade, infância e adolescência sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Saúde do Ministério da Educação e Saúde (MES). Em 1975, foi criado o Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil, com ações voltadas para a redução da morbidade e mortalidade da criança e da mulher (BRASIL, 2011a).

Em 1983, foi lançado o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC), com o objetivo de desenvolver ações para melhorar as condições de saúde, a cobertura e a rede pública de serviços. Em 1984, o PAISMC foi desmembrado em: Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) e Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC). As ações do PAISM foram voltadas à saúde da mulher, enquanto o foco do PAISC era a saúde da criança (BRASIL, 2011a; OSIS, 1998).

A atenção básica enfoca os problemas de saúde mais prevalentes de cada grupo social, esta se configura através de ações práticas no acompanhamento à saúde da mulher, do homem, do idoso, do adolescente, bem como a saúde da criança (DESSEN; BIASOLI-ALVES, 2001).

As causas perinatais, a pneumonia e a diarréia associadas à desnutrição são as principais causas de morte no primeiro ano de vida e merecem atenção de destaque. Portanto, o nascimento saudável, a promoção do crescimento, desenvolvimento e alimentação saudáveis, com enfoque prioritário para a vigilância à saúde das crianças de maior risco e o cuidado às doenças prevalentes, são ações que não podem deixar de ser realizadas em toda a sua plenitude (BRASIL, 2005).

   O aleitamento materno é de muita importância tanto para a criança como para a mãe. É muito importante para criar um vínculo mãe filho, além de proteger e nutrir a criança. É uma intervenção sensível, barata e eficaz para reduzir a morbidade e mortalidade infantil e promove a saúde holística da díade mãe-filho. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e após essa idade, as crianças devem receber alimentos complementares, além de leite materno até a idade de dois anos (TAMASIA; VENÂNCIO; SALDIVA, 2015).   

     Existem pontos a considerar quanto ao desenvolvimento das crianças, de acordo com o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB) que foram preciso ser reavaliados em reunião com todos os membros em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) para refletir acerca das recomendações do PMAQ e apreciar o cumprimento das mesmas no âmbito da  equipe de saúde a partir das questões presentes no questionário que se segue:

 

ü  A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento). S/N…………..sim

ü  A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos. S/N…………..sim

ü  A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território. S/N……………….sim

ü  A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento. S/N…………..sim

ü  Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade. S/N…………….sim

 

Outras questões no acompanhamento das crianças:

 

ü  Vacinação em dia…………sim

ü  Acompanhamento do estado nutricional………….sim

ü  Teste do pezinho………….sim

ü  Violência familiar……..sim

ü  Acidentes……………sim

ü  A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)………..sim

 

Busca ativa das crianças:

 

ü  Prematuras……………sim

ü  Com baixo peso……..sim

ü  Com consulta de puericultura atrasada………….sim

ü  Com calendário vacinal atrasado…………………..sim

 

ü  Desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses……………..sim

ü  Ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado……………sim

 

Foram estabelecidas conversas com a participação dos pais e a equipe de saúde, o que foi muito importante, pois favoreceu a ampliação do conhecimento da população, além disso, foram esclarecidas as dúvidas sobre todos os temas avaliados e os pais apresentaram alguns temas sobre a saúde da criança e perguntas, que foram debatidas em conjunto. Os pais falaram sobre experiências durante o crescimento dos filhos permitindo a exposição de ideias e troca de conhecimentos. A reunião resultou ser muito positiva, pois melhorou a interação entre o médico, a equipe básica de saúde e a família com relação à criança. O questionário realizado foi uma iniciativa e um ponto de partida para o desenvolvimento de ações para um cuidado integral da criança, e também orientações para as mulheres grávidas e não grávidas em idade fértil. Foi uma experiência interessante, sobre tudo pela situação das famílias, caracterizadas pela carência de recursos materiais, baixo nível educacional, falta de planejamento familiar e violência. O trabalho de educação em saúde contribui para ampliar o conhecimento e buscar alternativas para transformar a realidade.

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília (DF): Ministério da Saúde/Secretaria de Políticas de Saúde, 2005.

 

DESSEN, M.A.C.; BIASOLI-ALVES, Z.M.M. O estudo da família como base para a promoção da tolerância. In: BIASOLI-ALVES, Z.M.M. et al. Crianças e adolescentes: construindo uma cultura da tolerância. São Paulo: Edusp; p.183-193, 2001.

 

GONCALVES, Ana Katherine da Silveira et al. Impacto da atividade física na qualidade de vida de mulheres de meia idade: estudo de base populacional. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2011, vol.33, n.12, pp.408-413

 

TAMASIA, G.A.;VENÂNCIO, S.I., SALDIVA, S.R.D.M. Situation of breast feeding and complementary feeding in a medium-sized municipality in the Ribeira Valley, São Paulo. RevNutr,Apr , v.28,n.2,p.143-53, 2015.

 

 

 

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