MICROINTERVENÇÃO V: ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
ESPECIALIZANDO: JORGE AUGUSTO ALVES DE AZEVEDO
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES: RAILMA CARREIRO NOBRE DA SILVA, ARTHUR LEANDRO SANTOS ASSUNÇÃO, ADRIANA PATRICIA FERREIRA DA SILVA, FRANCINALBA MOREIRA RIBEIRO, FRANCISCA FERNANDES DE LIMA E RAIMUNDO NONATO LIMA.
Questionário para Microintervenção
QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?
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X |
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A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?
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X |
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A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?
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X |
A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?
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X |
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Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?
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X |
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No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
Vacinação em dia |
X |
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Crescimento e desenvolvimento |
X |
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Estado nutricional |
X |
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Teste do pezinho |
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X |
Violência familiar |
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X |
Acidentes |
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X |
A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?
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X |
A equipe realiza busca ativa das crianças:
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
Prematuras |
X |
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Com baixo peso |
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X |
Com consulta de puericultura atrasada |
X |
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Com calendário vacinal atrasado |
X |
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A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?
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X |
A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?
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X |
O olhar para a saúde da criança de forma integral exige dos profissionais um maior empenho, tendo em vista que precisam estar atentos a todas as condições relacionadas ao processo saúde-doença infantil. É preciso olhar além de questões clínicas, devemos ver que esse processo acontece de forma sistemática, focando nos contexto social, cultural e econômico no qual está inserido cada família, observando os contextos em relação ambiente, à educação, à relação da criança com os pais e seus laços afetivos, à alimentação, e a outros fatores que possam influenciar na promoção de um ambiente favorável ao crescimento e desenvolvimento da criança, na perspectiva da qualidade de vida, psicossocial e familiar.
Pensando no processo continuo de mudanças e avaliação das atividades desenvolvidas foi estabelecida uma reunião com toda a equipe verde da unidade de saúde de bairro nordeste município de Natal. O ponto inicial da discussão foi responder os questionamentos das tabelas anexadas acima. Se chegou ao entendimento de que a equipe não detinha o ato de registro de situações do cotidiano, tais como vacinação, teste do pezinho, violência familiar, acidentes domésticos e crianças com baixo peso. Foi então discutido entre a equipe qual tema seria a prioridade para promover uma ação em benefício da saúde da criança. Vimos que os questionamentos sobre alimentação infantil estavam pouco referenciado em nossa rotina, não tínhamos registros sobre nutrição e não havia promoção do tema junto as mães do bairro, assim ficou estabelecido “Alimentação e nutrição infantil” como o tema que seria abordado na microintervenção.
Promoção da boa alimentação é uma importante estratégia para a redução da mortalidade infantil e fetal, orientações sobre o aleitamento materno é a estratégia isolada que mais atua na prevenção de mortes infantis, além de melhorar a saúde física e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Atualmente se recomenda o aleitamento materno por dois anos, sendo o alimento exclusivo ofertado as crianças nos primeiros seis meses. Muitos esforços são somados na sociedade de forma geral que estimulam o aumento desta prática, mas apesar disso as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão longe do que seria recomendado, parte desse déficit pela adoção de estilos de vida onde a mulher trabalha e não consegue amamentar e outra seria a forte influência da indústria alimentícia na promoção de alimentos que desestimulam a mãe em permanecer com o aleitamento exclusivo.
A equipe decidiu organizar uma ação com temática voltada para alimentação saudável e estimulo ao aleitamento materno, os membros da equipe foram divididos em três grupos, o primeiro responsável pelo acolhimento e material gráfico, o segundo responsável pelas palestras, orientações alimentares e de amamentação e o terceiro grupo responsável por medir a estatura, pesar as crianças e fazer questionamentos sobre hábitos alimentares, registrando a rotina alimentar das crianças participantes da ação para nossa posterior avaliação.
Outro aspecto relevante nesse processo é o consumo de açúcar e alimentos super processados. O hábito alimentar da criança é muitas vezes definidor dos processos de saúde e doença, pois, quando estiver em desacordo com os padrões alimentares recomendados, refletirá diretamente no crescimento e desenvolvimento adequados. Nesse contexto, a alimentação da criança deve conter todos os nutrientes necessários de acordo com sua faixa etária, tais como: carboidratos/energéticos, proteínas/construtor, gorduras/energético, vitaminas e minerais/reguladores. Pretendemos com a intervenção conseguir orientar e conscientizar as mães de que hábitos alimentares saudáveis são reflexo de boa saúde.
A pretensão da equipe é fazer o levantamento de possíveis casos de desnutrição e obesidade infantil, rastreio de casos de especiais que apresente alguma limitação alimentar de forma global. Grande parte do processo de orientação e conscientização sobre aleitamento materno exclusivo acontece no curso de mensal de gestantes, a intervenção seria mais uma oportunidade de esclarecer as usuárias da unidade e reforçar sobre a importância desse tema.
REFERÊNCIAS:
AMAQ. Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. 2018. Disponível em:< http://amaq.lais.huol.ufrn.br/>Acesso em 12 de Novembro de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentação e Nutrição. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS.
Ponto(s)