17 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA LUIZA VANESSA DA SILVA, EM MOSSORÓ, RN.

 

ESPECIALIZANDO: ISVAN FELIPE GUTIERREZ NAVAS

ORIENTADOR: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA

COLABORADORES: ENFERMEIRA, AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, DENTISTA E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM.

 

 

Esse capítulo traz o relato de experiência realizado sobre a microintervenção em saúde da criança, sobre a determinação dos requisitos mínimos do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ/AB) coletados  em reunião com a equipe de saúde e colocando em foco a atividade de educação em saúde para os pais, gestantes e puérperas.

Assim, foi realizada uma reunião com o objetivo de avaliar os serviços em saúde da criança que são prestados pela Equipe de Saúde da Família (ESF). A princípio, a equipe ficou intrigada com a realização, mas ao final acabou colaborando para a coleta dessas informações.

         Sobre os requisitos do PMAQ/AB, a Unidade de Saúde Luísa Vanessa da Silva atende aos seguintes requisitos:

  • A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (Crescimento/Desenvolvimento- (CD);
  • A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos;
  • possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território;
  • utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento;
  • Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade;
  • Vacinação em dia; acompanhamento do estado nutricional;
  • Teste do pezinho;
  • Violência familiar;
  • Acidentes;
  • A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar);
  • Realiza busca ativa de crianças prematuras, com baixo peso, com consulta de puericultura atrasada, com calendário vacinal atrasado;
  • desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses e estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado.

Assim, o atendimento em saúde da criança ocorre através de consultas do acompanhamento do CD, que envolve todos os critérios acima, bem como a busca ativa de puérperas e crianças que não comparecem à unidade.

Como dificuldade apresentou-se poucas ações de promoção do aleitamento materno exclusivo, a qual deve ser realizada em forma de intervenção educativa para as gestantes e puérperas da Unidade. Assim, será necessário desenvolver com a equipe uma intervenção em saúde para orientações no grupo de gestantes e em consultas de pré-natal sobre o aleitamento materno.

O Ministério da Saúde (2015), enfatiza que para ocorrer a promoção do aleitamento materno exclusivo é preciso contar com o apoio dos serviços e profissionais de saúde, através de ações educativas dirigidas à mulher e à criança, através do pré-natal ou de grupos de gestantes, para ressaltar a importância do aleitamento materno por dois anos ou mais, e exclusivo nos primeiros seis meses. E assim, enfatizar que o leite materno protege o bebê de infecções e alergias, enumerando as demais vantagens da amamentação para o bebê e a mãe.

Muniz (2010), enfatiza a importância de um bom pré-natal e o incentivo ao aleitamento exclusivo, pois a criança que é amamentada fica mais resistente a doenças, dificilmente necessita atendimento médico, remédios e hospitalizações.

Segundo Nick (2011), há uma relação positiva entre o aleitamento materno e o desenvolvimento da criança, pois estudos sobre a importância do aleitamento nos seis primeiros meses de vida, mostram que a amamentação exclusiva supre todas as necessidades nutricionais para o crescimento e desenvolvimento da criança.

Lelis (2012), complementa que o incentivo ao aleitamento materno só terá bons resultados se os profissionais de saúde tiverem um olhar acolhedor e humanizado, levando em conta os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher entre outros.

É preciso despertar nas gestantes, o interesse para o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, com o apoio da equipe de saúde da família e chamar a atenção das autoridades pertinentes ao assunto e gestores de saúde para que passem a ver o aleitamento como uma prioridade na saúde da criança e da mãe.

Como potencialidades, foi evidenciado que a ESF Luisa Vanessa da Silva se mostrou interessada e sugeriu uma capacitação dos profissionais para atender melhor e com acolhimento as gestantes e puérperas da Unidade.

Com a continuidade dessa intervenção, espera-se que a equipe da ESF seja capacitada com treinamento em 100% para o aleitamento materno e que durante a intervenção, 100% das mães e gestantes que assistirem a palestra possam compreender a importância do aleitamento materno.

 

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

 

LELIS, De Leon Silva Costa. Aleitamento Materno exclusivo à criança até os seis meses de idade: avanços e desafios. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva. Conselheiro Lafaiete, 2012.

 

MUNIZ, Marden Daniel. Benefícios do aleitamento materno para a puérpera e o neonato: A atuação da equipe de saúde da família. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva. Formiga, 2010.

 

NICK, Marcela Scapellato. A importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis  meses  de  vida  para  a  promoção  da  saúde  da  criança. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva. Teófilo Otoni, 2011.

 

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