TÍTULO: ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA ATENÇAÕ PRIMÁRIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CENTRO UM, NOVA CRUZ.
ESPECIALIZANDO: ISABEL ZAYAS FERRER
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
A taxa de mortalidade infantil referente às crianças menores de um ano caiu de modo considerável nas últimas décadas no Brasil. Graças às ações de diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e a outros fatores. (1)
Além disso, 68,6% das mortes de crianças com menos de um ano acontecem no período neonatal em até 27 dias de vida, sendo a maioria no primeiro dia de vida. Assim, um número expressivo de mortes por causas evitáveis por ações dos serviços de saúde – tais como a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido (RN) – faz parte da realidade social e sanitária de nosso País. (1)
Inúmeras ações, programas e políticas foram criadas, desde a década de 1980, com o objetivo de intervir nesta realidade a partir da mudança do modelo tecnoassistencial, representada pela ampliação do acesso aos serviços de saúde, pela desfragmentação da assistência e pela mudança na forma como o cuidado às gestantes e aos recém-nascidos estava sendo realizado. Apesar da ênfase na gestante, tais iniciativas abrangiam o binômio materno-infantil. (1)
Nessa direção, foi realizada uma microintervenção na nossa unidade de saúdee uma análise na reunião da equipe para saber se são feitas todas as ações preconizadas peloPrograma de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB). Na nossa Unidade Básica de Saúde (UBS)a equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos; utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos; possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território feito pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS); utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento e há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade; embora às vezes, serviço não tenha os insumos necessários para realizar essas fichas espelho e as mesmas, sejam feitas de forma manual.
No acompanhamento feito pela equipe às crianças do território, temos registro de vacinação (em dia ou não); Crescimento e Desenvolvimento (CD) (adequado ou não); estado nutricional de cada criança; teste do pezinho (data de recolhida, resultado); presença ou não de violência familiar assim como, de acidentes. Além disso, a equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço como Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e Conselho Tutelar.
A equipe também realiza busca ativa das crianças prematuras, com baixo peso, com consulta de puericultura atrasada e com calendário vacinal atrasado. Também desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses e ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança.
O acompanhamento à saúde da criança é feito por toda a equipe, principalmente, pelo médico e a enfermeira de acordo com o calendário de consultas preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), com a exceção de algumas crianças que necessitam de maior atenção e são vistas com maior frequência.
Em todas as consultas de rotina médica ou de enfermagem, o profissional de saúde avalia e orienta através das seguintes ações que fazem parte do cotidiano do serviço: anamnese e exame físico–peso; comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos); alimentação; vacinas; prevenção de acidentes; identificação de problemas ou sinais de perigo segundo idade, vulnerabilidade familiar e de políticas de atenção, além de outros cuidados para uma boa saúde e quando retornar à UBS de forma imediata ou agendada. Todos esses dados são registrados na caderneta da saúde da criança e no seu prontuário de forma manual.
Além disso, a equipe realiza várias atividades de atendimento a saúde da criança tais como: consultas de CD coletivo; palestras sobre vários temas: aleitamento materno, benefícios para a mãe e para o bebê; prevenção de acidentes, as quais eu considero exitosas, pois ampliou o conhecimento da população.
Ademais, são feitas referências a outras especialidades nos casos de crianças que precisam de um acompanhamento pela atenção secundária, sempre continuando seu acompanhamento na UBS.
Também foi elaborada pela equipe uma planilha para o registro das crianças da nossa área.
Micro-área Prontuário |
Nome e sobrenome |
Nome da mãe |
Data de nascimento |
Vacinação em dia |
Comorbi-dades clínicas |
Risco de acidentes |
Violência familiar |
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Contamos com várias potencialidades em nosso município, por exemplo: temos a presença do Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF) localizado em nossa UBS; temos um especialista em pediatria para avaliar os casos que precisam de acompanhamento pela atenção secundária,assim como, a presença de um hospital para avaliar os casos que apresentam alguma urgência. Também contamos com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Encontramos como dificuldade a presença de duas microáreas descobertas sem ACS, o que dificulta a coleta dos dados necessários assim como,o acompanhamento às crianças.
Após a microintervenção observamos quais são as ações que ainda precisam ser feitas para dar um acompanhamento adequado às crianças de nossa área. Também aprendemos quais são as nossas vulnerabilidades e como podemos trabalhar para melhorará-las.
REFERÊNCIAS