11 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

 

TÍTULO: CRESCIMENTO DAS CRIANÇAS DA COMUNIDADE.

ESPECIALIZANDO: Indira González Boan

ORIENTADOR: Maria Betânia Morais de Paiva

COLABORADORES: RayanaMaiara, Denuzia Kelly Barbosa, Maria Margarida da Silva.

            A  Puericultura  e pediatria preventiva, compõe uma série de técnicas, normas e procedimentos empregados para  um  desenvolvimento  saudável  das crianças em  seus  aspetos  físico,  fisiológico  e  social,  desde  o momento de sua conceição até a puberdade. Ela sofreu mudanças significativas nos últimos anos, que nem todos os pediatras têm sabido incorporar  a  sua prática de  consultório.  Até   meados  do  século passado havia muitos mitos e tabus sobre os cuidados das crianças, agora a ciência esta mais avançada e os professionais estão qualificados na abordagem a criança (BRASIL, 2013).

No Brasil foi estabelecida A Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança (PNAISC). O documento reúne o conjunto  de ações programáticas  e estratégicas para garantir o  pleno desenvolvimento  da criança  em todas  as etapas do ciclo da vida, considerando diferentes culturas e realidades, com foco na promoção de saúde,  prevenção  de doenças e agravos,assistência e reabilitação a saúde, e defesa dos direitos das crianças desde a gestação até os 9 anos de idade (BRASIL,2015).

Minha equipe de Atenção Básica realiza, durante o primeiro ano de vida da criança,consultas mensais sendo no mínimo sete consultas de acompanhamento. E, no mínimo, uma consulta odontológica no primeiro ano de vida da criança e outra no segundo ano (BASIL, 2013).

Os profissionais da atenção básica possuem um relevante papel para garantir o desenvolvimento e estado saudável das crianças.  A reflexão realizada com base no instrumento de Autoavaliação de Melhoria do Acesso e Qualidade(AMAQ) foi o pontode partida utilizado para desenvolver a minha microintervençãoa o refletir sobre o acompanhamento das crianças da Equipe de Saúde da Família(ESF) do amarelão. Por isso minha equipe fez uma reunião para discutir e avaliar as ações preconizadas pelo Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB). Nesta reunião, discutimos sobre todas as ações realizadas pela Unidade Básica de Saúde (UBS):

– Consulta de puericultura das crianças de até dois anos, todas as terças-feiras, no expediente da manhã, segundo protocolos voltados para atenção à saúde das crianças, preconizando uma avaliação integral com ênfase no crescimento, alimentação, desenvolvimento psicomotor, vacinação e ambiente familiar;

– Manutenção de cadastro atualizado das crianças até dois anos do território, uma vez que, todos os meses, cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) leva essa informação, com o objetivo que nenhuma criança fique sem acompanhamento pela equipe;

– Preenchimento da Caderneta de Saúde das crianças, distribuída de forma gratuita pelo Ministério da Saúde, documento importante utilizado em cada acompanhamento para anotar todos os detalhes do desenvolvimento e evolução na infância;

– Manutenção de prontuário (ficha espelho) para o registro das informações equivalentes na Caderneta.

– Registro da Vacinação em dia, uma vez que contamos com o apoio do trabalho da técnica em enfermagem. A profissional tem anotações de todas as vacinas e, em caso de atraso, o ACS é acionado para contatar a família da criança.

– Registro do Crescimento e Desenvolvimento(CD) de todas as crianças que abrangem nossa equipe, o qual nos permite conhecer e avaliar de acordo com a idade e tomar medidas oportunas para prevenir e diagnosticar doenças.

– Avaliação do estado nutricional, elemento importante para orientar de forma corretaas mães sobre alimentação do filho de acordo com a idade. Além disso, contamos com o apoio da Nutricionista do Núcleo Ampliado em Saúde da Criança (NASF) para os casos de maior preocupação.

– Registro de Teste de pezinho de cada criança, como parte da Triagem Pré-natal. O objetivo é triar uma gama de patologias e assim fazer o diagnóstico e tratamento precoce para prevenir as sequelas, sobretudoneurológicas.   

 

Com a microintervenção se pretende elevar os conhecimentos sobre o desenvolvimento adequado das crianças no aspecto físico e psicossocial, orientar sobre a vacinação nos primeiros anos de vida, promover o aleitamento materno até os seis (06) meses, dá início ao desmame das crianças após esta idade, orientar sobre a importância de evitar acidentes do lar ressaltando os mais comuns em cada idade,orientar sobre os danos psicossociais ocasionados á criança pela violência familiar e diminuir sua incidência.

            Na minha UBS existem 89 crianças menores de 2 anos registradas e  no período avaliado realizaram-se 245 consultas de Puericultura.

            Nossa equipe tem a experiência de realizar ações assistenciais e educativas que ensinam a importância do atendimento às crianças desde a etapa pré-natal.  As ações foram dirigidas as grávidas, mães, pais e demais familiares das crianças até dois anos.  Foram programadas visitas aos domicílios das grávidas e crianças nessa faixa etária, palestras no posto, assistência educativa com os ACS,desenvolvendo temas como aleitamento materno, higiene, prevenção de acidentes, triagem neonatal, vacinas, identificação de processos de agravos, importância da consulta de puericultura. A equipe também programou visitas nas escolas da área, para falara respeito dostemas mencionados com objetivo de ofertar um suporte aos professores através do Programa Saúde na Escola (PSE).

Com a realização do microintervenção aumentou o nível de conhecimentos das pessoas da comunidade   sobre a  importância   da frequência regular às consultas de puericultura e foi reforçado os cuidados com a saúde da criança, assim como, incrementou- se a  assistência  as  consultas programadas  e diminui a incidência  das infeções respiratórias e diarreicas nas crianças

                 
                 
                 

Através desse movimento coletivo com foco na saúde da criança ocorreu uma qualificação da equipe para o melhor acompanhamento das crianças no território, além do incremento das atividades educativas para a população assistida. Sabe-se que ainda falta muito por fazer, com o PSE as crianças de mais idade são avaliadas nas instituições de ensino, entretanto é preciso avançar e incluir a família na abordagem à criança, pois, a interação com ambiente familiar é necessário para uma avaliação mais integral.

 REFERÊNCIAS

 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, nº 33).

 BRASIL. Portaria GM nº 1130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 2015; 5 ago.

 

 

 

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