TÍTULO: “Atenção à Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento”
ESPECIALIZANDO: Flávia Nathália de Góes Chaves
ORIENTADOR: Isaac Alencar Pinto
COLABORADORES: Dra. Larissa Bezerra (Médica Mais Médicos da Equipe 98)
A análise e o seguimento do crescimento e desenvolvimento infantil se insere na avaliação integral à Saúde da Criança, preconizado pelo Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ/AB. Dessa forma, propicia o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, de hábitos de vida saudáveis, vacinação em dia, prevenção de agravos à saúde, dentre tantos outros benefícios em curto, médio e longo prazo. Para isso, promover, desde realização do planejamento familiar, de uma adequada assistência ao pré-natal, ao parto e ao puerpério, às medidas de promoção à saúde nos primeiros anos de vida são situações fundamentais para a obtenção de crescimento infantil adequado (BRASIL, 2002).
Com base nesta concepção, em uma de nossas reuniões de equipe da Estratégia de Saúde da Família, respondemos o relatório a seguir referente a nossa atuação quanto às ações preconizadas para o PMAQ/AB (Imagem 17).
Imagem 17: Análise da atuação em Saúde da Criança pela Equipe 96 da USF Felipe Camarão III – 1° semestre/2018
Ao analisarmos nossas respostas, verificamos que a nossa atuação quanto à Atenção à Saúde da Criança tem sido realizada, basicamente, nas consultas (médicas e de enfermagem) destinadas semanalmente à puericultura. Durante estas consultas, fazemos avaliação antropométrica da criança e o preenchimento adequado da carderneta infantil, incluindo a construção das curvas de perímetro cefálico x idade, peso x idade, estatura x idade e índice de massa corporal (IMC) x idade, além de avaliação da caderneta de vacinação e da pesquisa dos marcadores clássicos de desenvolvimento neuropsicomotor.
Ainda, averiguamos e instruímos as mães quanto à importância e efetividade do aleitamento materno exclusivo até os primeiros 6 meses de vida da criança, a suplementação maternal com Sulfato Ferroso, 40mg/dia, até 3 meses pós-parto, com continuação desta suplementação, em dose adequada, para a criança, a partir destes mesmos 3 meses até os seus 2 anos de vida.
Porém, até o momento, não havíamos realizado quaisquer ação que envolvesse o chamado “CD coletivo” (avaliação coletiva do crescimento e desenvolvimento infantil), o qual, na nossa visão como equipe, trata-se de uma ação bastante exitosa e que nos propiciaria maior controle do nosso território. Este aspecto foi por nós avaliado como uma potencialidade, observada ao respondermos o questionário supracitado. Já a dificuldade estava em como colocar tal ação em prática.
Por este motivo, juntamente com a Equipe 98, cuja médica responsável é Dra. Larissa Bezerra, no dia 17/08/2018, realizamos a avaliação antropométrica das crianças de zero a 5 anos, com consequente preenchimento das curvas nas respectivas cadernetas, bem como orientação nutricional, encaminhamento ao especialista em casos de alterações importantes no crescimento e desenvolvimento, bem como renovação das receitas de Sulfato Ferroso profilático para a faixa etária na qual este é indicado.
Aproveitamos o período de campanha contra a poliomielite e o sarampo, a qual vem propiciando a maior visita das mães com suas crianças às Unidades de Saúde, para conversarmos, medirmos, atualizarmos a caderneta da criança e ainda para apresentar, como mais uma ação educativa, um vídeo sobre o aleitamento materno e a ordenha adequada do leite materno, sendo este disponibilizado no módulo 8 (Atenção à Saúde da Criança) de nosso curso de especialização médica em Saúde da Família do PEPSUS. Dessa forma, as mães otimizaram sua ida à USF e conseguimos atingir um número maior de participantes (imagens 18 e 19).
Imagem 18: Ação “Puericultura Coletiva” – Equipes 96 e 98 da USF Felipe Camarão III, 17/08/2018.
Imagem 19: Ação “Puericultura Coletiva”, apresentação de vídeo educativo sobre aleitamento materno e ordenha – Equipes 96 e 98 da USF Felipe Camarão III, 17/08/2018
Apesar disso, consideramos que o número de participantes (25 crianças ao todo) foi muito abaixo do esperado, visto que tratava-se de uma ação envolvendo duas equipe da ESF, com um número de crianças que potecialmente poderiam ter participado bem maior que o encontrado durante a ação. Acreditamos que o motivo para este número reduzido se deve ao pouco interesse e participação dos agentes comunitários de saúde nesta atividade, problemática a ser ressaltada em próxima reunião de equipe.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
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