15 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA.

ESPECIALIZANDO: FERNANDA CARVALHO FRANCO

ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO

   O Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) é um programa do governo federal que tem como objetivo incentivar gestores a realizarem melhorias nos serviços de saúde que são oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), por meio das equipes de Atenção Básica, aos usuários destes serviços. A meta é atingir um padrão de qualidade a nível nacional através de estratégias que visam, entre outras coisas, qualificar essas equipes e acompanhar seu trabalho.
   Dentre as ações preconizados pelo PMAQ, no que tange a atenção à saúde da criança, na equipe da qual faço parte, praticamente todas são realizadas. Destaco aqui o atendimento em puericultura de crianças até dois anos e o uso de protocolos voltados para a atenção destes pacientes, utilização da caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento, promoção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e estímulo a alimentação saudável após este período.
   Com a introdução do prontuário eletrônico, também passamos a ter um espelho das cadernetas de saúde da criança, pois neste instrumento, para os pacientes em puericultura, é requerido todas as informações desde o nascimento. Possuímos também o registro do estado vacinal, crescimento e desenvolvimento, estado nutricional, teste do pezinho, assim como registro de casos de violência familiar.
Das ações previstas no PMAQ, não possuímos o cadastramento atualizado de crianças até dois anos, registro dos casos de acidente e busca ativa de crianças prematuras e com baixo peso.

   Quero destacar aqui uma experiência exitosa que temos construído em nossa equipe há aproximadamente 6 meses. Tal experiência se deu a partir da observação de que não ocorria em nossa área a assistência do binômio mãe-recém-nascido na primeira semana pós parto, conforme é preconizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2012).
   De fato, a primeira consulta deste binômio ocorria apenas com trinta dias ou mais após o parto. Assim perdíamos o momento ideal para o desenvolvimento de ações fundamentais como: incentivo ao aleitamento materno exclusivo, orientações sobre vacinação das crianças de acordo com o Plano Nacional de Imunização, verificação dos testes de triagem neonatal e orientação sobre a coleta do teste do pezinho, esclarecimento de possíveis dúvidas que a família possa ter, entre outras medidas.
   Diante disso, começamos a reforçar durante as consultas de pré-natal a importância da assistência a puérpera e seu recém nascido na primeira semana pós parto. Além de insistirmos nesta orientação, flexibilizamos a marcação das consultas para este grupo populacional específico.
   O que temos observado agora é que por volta do segundo ou terceiro dia pós parto a puérpera, ou algum familiar, nos procura na unidade para a marcação da primeira consulta para mãe e seu recém- nascido. Neste momento já conseguimos verificar junto a puérpera ou ao familiar se há alguma demanda mais urgente para o binômio, como por exemplo dificuldades no aleitamento materno, sinais de depressão pós parto, situações de vulnerabilidade etc.
   Caso haja, verificamos a possibilidade de um encaixe naquele mesmo dia para se fazer avaliações e orientações direcionadas àquela demanda. A partir disso realizamos a marcação da primeira consulta ainda dentro da primeira semana pós parto. Dessa forma, aquele cenário que tínhamos há seis meses tem mudado positivamente.

 

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