11 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA NA EQUIPE DE ESF II, DO MUNICÍPIO DE SERRA DO MEL-RN.

 

ESPECIALIZANDO: ERILÇO ACACIO FIDELIS PEREIRA DOS SANTOS

 

ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO

 

COLABORADORES: EVANICE DA COSTA VIRGÍLIO (ACS)

                                   FRANCISCO GILLIARDI DA SILVA (ACS)

                                   LUCILÉIA GALDINO DA SILVA OLIVEIRA (ACS)

                                   LUCIMARA LEÔNCIO DA SILVA (ACS)

                                   MARCIA ADINEIDE FREIRE DE MOURA (ACS)

                                   MARCILENE NOGUEIRA DE LUCENA SILVA (ACS)

                                   MARIA CRISTIANA LEITE (TÉCNICA DE ENFERMAGEM)

 

          A equipe da Estratégia de Saúde da Família II (ESF II), do Município de Serra do Mel-RN, foi convocada para participar da reunião de rotina da mesma, que correu às 08:00 horas, do dia 31 de julho de 2018, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Serra do Mel (SINDIMEL). O Enfermeiro da equipe não compareceu a reunião, pois está afastado para tratamento de saúde, inicialmente por um período de três meses.

          Entre as atividades desenvolvidas durante a referida reunião, foi realizada a primeira etapa da microintervenção do Módulo 8: Atenção à saúde da criança: crescimento e desenvolvimento, do Programa de Educação Permanente em Saúde da Família (PEPSUS), do Programa Mais Médicos (PMM), que consistiu em responder ao Questionário para a Microintervenção, com o objetivo de verificar se a equipe de ESF II realiza as ações preconizadas para o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica – PMAQ/AB, na atenção à saúde da criança, no nosso território de atuação.

          As atividades voltadas para a atenção à saúde das crianças, da nossa área de abrangência, são realizadas principalmente pelo enfermeiro e pelos agentes comunitários de saúde (ACS) da equipe, que encaminham para o médico as intercorrências encontradas durante as ações mencionadas.

          A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento), possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território e utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento, mas não utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos, nem existe espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na nossa unidade.

          Faz registros da vacinação em dia, Crescimento e Desenvolvimento, estado nutricional e teste do pezinho, mas não faz registro sobre a violência familiar, acidentes, nem acompanhamento dos casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outros serviços (CRAS e Conselho Tutelar).

          Efetua busca ativa das crianças prematuras, com baixo peso, com consulta de puericultura atrasada e com calendário vacinal atrasado, entretanto, não desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses, como também não desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança.

          Após respondermos ao Questionário para a Microintervenção, chegamos à conclusão que a equipe não executava nenhuma atividade considerada exitosa na atenção à saúde da criança, que pudéssemos divulgar.

          Entre as ações preconizadas para o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica – PMAQ/AB, que não são realizadas pela equipe atualmente, resolvemos promover o aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses, no território de atuação da equipe de ESF II.

          O aleitamento materno exclusivo deve ser estimulado até os 6 meses de vida, pois traz muitos benefícios para o bebê, para a mãe e também para a toda família.  Para o bebê, fornece nutrição adequada, reduz o risco de doenças e consequentemente das internações hospitalares, assim como, diminui a morbimortalidade infantil. Para a mãe promove a rápida regressão do tamanho útero, diminui o risco de hemorragia uterina pós-parto, reduz o peso adquirido durante a gravidez, diminui o risco de câncer de mama e de ovário e favorece a contracepção. Para a família, aumenta vínculo entre a mãe, o bebê e a família, promove economia financeira, além de ser muito prático, pois já está pronto para ser consumido, podendo ser ordenhado e congelado para ser oferecido mais tarde ao bebê na ausência da mãe.

          Com o objetivo de evitar a interrupção da amamentação exclusiva antes do sexto mês de vida, serão feitas palestras estimulando a amamentação, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da ESF II, para as gestantes, nos dias das consultas de pré-natal, e para as mães, nos dias das consultas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD). Essas informações também serão divulgadas para toda comunidade através dos grupos de WhatsApp da ESF II, que já existem em todas as agrovilas da nossa área de atuação.

          Além disso, no dia da realização da visita puerperal, que já é feita rotineiramente, pela equipe, nos primeiros sete dias após o parto, serão executadas também as ações do 5º Dia de Saúde Integral, da mãe e do bebê, entre as quais, serão reforçadas as orientações sobre amamentação, inclusive sobre as técnicas da ordenha manual do leite, que permitirá que o leite materno possa ser ofertado para o bebê quando a mãe estiver ausente e que também está indicada para aliviar mamas muito cheias, manter a produção de leite quando o bebê não suga bem e aumentar o volume de leite (ROCHA; MAGALHÃES; SILVA, 2017).

          Com relação às potencialidades, podemos assinalar o compromisso dos profissionais da equipe de ESF II em realizar as ações para garantir a aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.

          Entre as fragilidades, podemos registrar a redução da equipe, devido ao afastamento do enfermeiro para tratamento de saúde, que ocorrerá inicialmente por um período de três meses, ao final do qual não sabemos se o mesmo retornará a equipe. Também podemos citar a forte cultura da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo, existente atualmente no nosso território de atuação, que ocorre principalmente pela adição da alimentação suplementar como, por exemplo, o leite em pó integral.

          Com a execução dessas ações voltadas para a promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses, esperamos garantir, para a população do nosso território de atuação, os benefícios advindos dessa prática, assegurar a continuidade do cuidado para as crianças e fortalecer o vinculo entre a equipe de ESF II e a população adscrita.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ROCHA, N. S. P. D.; MAGALHÃES, M. L.; SILVA, J. A. Módulo 8: Atenção à saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Unidade 2: O crescimento e desenvolvimento na Unidade Básica de Saúde. Programa de Educação Permanente em Saúde da Família (PEPSUS): 2017.

 

ROCHA, N. S. P. D.; MAGALHÃES, M. L.; SILVA, J. A. Módulo 8: Atenção à saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Unidade 3: Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança. Programa de Educação Permanente em Saúde da Família (PEPSUS): 2017.

 

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